O enterro e a fantasma

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No dia seguinte, foi um desafio para Catra acordar.
Pudera né, passou a noite em claro pensando sobre o assassinato de dona Casta e claro, não menos importante, aquela "mutante" não saía da sua cabeça e não é no modo romântico não, longe disso.
Ela só... estava impressionada.
Sim, Catra admitia que estava impressionada por ver que há pessoas "mutadas" hoje em dia.
Será que ela escapou de algum experimento científico em que lhe atribuíram poderes e colocou na cabeça que estava morta? Ou uma mutação genética diferenciada?
E como diabos ela entrou na Biblioteca?
Catra sentiu um arrepio pela espinha. Se ela morava mesmo na Biblioteca, então a Escola a estava acobertando...

Suspirou coçando os olhos, tinha que deixar essa teorias malucas de lado e ir a Escola.

- Catrina, Julieta preparou seu café - ela ouve a voz de Cíntia do lado de fora.

Catra resmunga algo enquanto limpa seu Skate, ainda estava cedo, então ela poderia andar de Skate por aí antes de abrirem o portão da Escola e comprar um lanche leve como misto e energético pra ver se acorda de uma vez, nem a pau que ela tomaria café da manhã em família depois de ontem.
Não podia negar que estava ansiosa para ir a Escola, afinal seria hoje que ela tentaria roubar as chaves de Sombria, só a megera tinha a posse das chaves da Biblioteca.
E aí... bom, ela entraria e se trancaria lá sem ninguém pra lhe encher o saco, incluindo a "mutante".

Vestiu a blusa branca do uniforme e colocou por cima um moletom escuro com o desenho de uma guitarra com dentes afiados.
Uma guitarra canibal como ela diria, sua mãe criticava dizendo que aquilo era demoníaco enquanto Beto como sempre partia em sua defesa afirmando que aquilo era moda e que na idade dela ele também teve blusas dark.
Catra como sempre, só ouvia.

Vestiu a calça legging preta que marcava bem seu corpo com correntes no lugar do cinto, como o moleton era grande era difícil notar as mesmas na sua cintura, pôs seu All Star preto e desgastado, preparou a playlist colocando os fones de ouvido e um boné no seu cabelo volumoso e cacheado.
Se olhou no espelho vendo se estava tudo em ordem, logo colocou seus inseparáveis colares e sua pulseira-relógio.
Se perfumou e desceu as escadas apressadamente rezando para que não lhe notassem.

- Querida, você... - Catra parou abruptamente quando Cíntia se esbarrou nela.
Cíntia lhe analisou e fez aquela famosa careta que Catra conhecia muito bem quando ela não gostava de algo.

- Catra, que roupas são essas?

A jovem revirou os olhos suspirando e olhou impaciente para a mulher a sua frente.

- Não sei pra quê a surpresa, não é a primeira vez que vou vestida assim - retrucou contornando a mulher.

- E você vai assim, especialmente hoje? - a voz da mulher estava incrédulo.
Catra franziu a testa, do que diabos ela estava falando?
Qual era o problema de ser hoje?
Mas antes que ela pudesse perguntar, sentiu o cheiro de Beto atrás de si, sim, ela memorizou o cheiro deles.

Se afastou imediatamente ao perceber a aproximação do moreno que o olhou confuso.
- Catrina? Bom dia - comprimentou.

Catra não pôde deixar de perceber que ele estava vestido formalmente como se tivesse uma grande reunião de empresa esta manhã, mas estava cedo e ele sempre demora para ir ao trabalho durante a manhã.

- Você já está pronto? - Cíntia perguntou se derretendo toda enquanto se aproximava do marido com um sorriso no rosto.

Catra sentiu vontade de vomitar, se Cíntia soubesse...

- Estou amor - lhe deu um selinho e olhou para Catra - você está pronta também?

- Eu acho melhor.., não, espera - Cíntia se desprendeu dos braços de Beto e encarou seriamente a morena a sua frente - Catrina, pelo lugar que nós vamos, acho melhor você se trocar.

O crime de Bright MoonOnde histórias criam vida. Descubra agora