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A semana foi passando e o convívio entre Sarah e Juliette só aumentava. Elas já estavam em um nível de sintonia em que uma completava as frases da outra; elas entendiam expressões faciais e até pensamentos sem precisar falar nada. Os outros participantes do BBB estavam preocupados com suas chances de vencer aquela prova, exceto por Caio e Rodolffo, que tinham essa cumplicidade desde o primeiro dia de confinamento.

O difícil mesmo, na opinião de Sarah, eram as noites. Para manter as aparências, elas passaram a dividir a mesma cama de solteira, já que as de casal estavam todas ocupadas. Isso implicava em dormir de conchinha praticamente todas as noites e estava cada vez mais impossível não tocar em Juliette. Uma noite, em específico, a coisa ficou mais complicada ainda...

— Sarah... — murmurou Juliette, despertando Sarah subitamente.

Sarah estava colada nas costas de Juliette, reproduzindo a posição em que dormiam desde o primeiro dia do combinado. Ela demorou um pouco para recobrar os sentidos e percebeu que Juliette se mexia sutilmente, como se estivesse tendo um sonho vívido.

— Juliette? Tá tudo bem?

Juliette não respondeu. Sarah ergueu o pescoço e viu que os olhos da paraibana estavam fechados.

— Saraaaaaah... — dessa vez o nome saiu como um gemido e Sarah sentiu o corpo gelar.

Ela ficou parada, sem saber o que fazer. Era como se qualquer movimento em falso pudesse quebrar aquele momento.

— Assim, vai... — continuou Juliette com a respiração pesada. — Mais... Mais...

Sarah sentiu Juliette esfregar uma coxa contra a outra, tentando criar algum tipo de alívio em seu centro.

Sarah engoliu em seco. Juliette estava tendo um sonho erótico com ela.

Será que ela deveria interromper esse momento? Deveria participar de alguma forma? Mesmo que não fizesse nada a respeito, era certo ficar ali assistindo?

Juliette fez um movimento mais intenso com o quadril e sua bunda roçou nas coxas de Sarah. As duas gemeram de prazer. O corpo delas pegava fogo e qualquer contato era melhor do que a pequena distância que as separava naquele momento.

Sarah não conseguiu mais resistir. Não tinha por que lutar. Juliette havia deixado muito claro que não poderiam fazer mais nada que não fosse para as câmeras, mas ela estava ali, falando o nome de Sarah enquanto gemia de prazer.

Sarah envolveu a morena com os braços e a trouxe para mais perto. Juliette gemeu, ainda em sono profundo, completamente entregue ao sonho. Sarah então se aproximou do seu ouvido e sussurrou:

— Juliette... Acorda.

O corpo de Juliette parou de se mexer e, alguns segundos depois, Sarah sentiu a respiração de sua namorada voltar ao normal. Ela estava acordada e começava a entender que nada do que vivera naquele sonho tinha de fato acontecido.

— Sarah... Tu... Eu te acordei?

Sarah abriu um sorriso malicioso e se aproximou do pescoço da morena, deixando alguns beijos entre sua orelha e seu ombro. Juliette tremeu e se segurou para não soltar um gemido alto que poderia acordar as pessoas ali perto.

— Acordou — disse Sarah com a voz rouca e baixa. — E agora eu quero saber o que eu tava fazendo nesse seu sonho.

Juliette sentiu o rosto queimar. Seu maior medo se confirmava: Sarah tinha percebido que o sonho havia sido erótico. Juliette podia sentir a lubrificação escorrendo por entre suas coxas, e o seu centro latejava, implorando para ser tocado.

Enganando BoninhoOnde histórias criam vida. Descubra agora