Capítulo II

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(Danilo)

Já era quase madrugada, meu turno estava acabando, aquelas ruas estavam quase desertas, e foi aí que eu vi um garoto andando sozinho. E é claro que eu parei o carro, e o chamei.

— Hey garoto. — Eu falei abaixando o vidro.

— Sim, senhor policial. —

— Identidade nas mãos agora. — Ordenei, estava escuro eu não conseguia ver seu rosto direito.

Ele retira seu documento do bolso e me mostra. Eu ligo a minha lanterna, e confiro pra ver se está tudo certo.

— Lucas Santiago Gutierrez — Esse era seu nome, pude vê seu rosto na época quem que tirou a foto, ele era loiro — 20 anos, tudo certo garoto, pensei que fosse menor de idade. —

— Que bom. — Ele disse.

Foco a lanterna no seu rosto. E nesse momento eu tive um baque, o cabelo que na antiga foto era loiro, agora tinha muitas cores.

— A minha identidade senhor, eu preciso dela para ir —. Ele disse me fazendo acordar. Deveria ser a fadiga do dia cansativo de trabalho.

— Aqui está. — Disse devolvendo-a.

— Obrigado. — Respondeu, e já ia embora. Mas eu fiquei preocupado, porque aquela região era uma das mais violentas da cidade.

— Senhor Lucas, o que faz nessa parte da cidade nesse horário? —. Pergunto.

— Estou voltando de uma balada que não deu nada certo. — Ele respondeu.

— Você sabe que é muito perigoso andar sozinho, não sabe? Ainda mais nesse bairro. —
O adverti.

— Não, não sabia, mas agora sei. Então dá próxima vez vou me lembrar. — Ele falou.

Meu turno estava quase no fim, então eu poderia lhe deixar em casa, não era o habitual, mas era o certo a se fazer.

— Entra, vou te deixar em casa. — 

— Não precisa senhor, meu apartamento fica a apenas três quilômetros. — Ele tenta evitar.

— Não é um pedido garoto, é uma ordem. — Pronunciei sendo um pouco grosso. Eu era assim, falava apenas uma vez com uma pessoa, e não tinha muita paciência.

(Lucas)

Que policial mais imbecil. Ele acha que pode falar assim com todo mundo.

— Olha só seu guarda, policial, sargento, ou qualquer outra patente. Respeito muito sua farda, acho até ela bonitinha. Mas, o senhor não pode falar assim comigo, e muito menos me forçar a entrar nessa viatura. — Eu fiquei com um pouco de raiva.

Ele se aproxima, me mostrando o quão alto e musculoso ele era, eu só não conseguia ver seu rosto, porque a luz do poste estava desligada.

— É Major Danilo. E enquanto eu estiver trabalhando, não vou deixar ninguém ser esfaqueado. Então entra logo nesse carro, porque eu não tenho a noite toda garoto. — Sua voz era grave e assustadora.

E foi nesse exato momento, que a luz do poste acendeu. Fquei quase de queixo caído, quando vi o rosto do tal Major Danilo.

Ele simplesmente era o homem mais bonito que que vi na minha vida. Minhas pernas tremeram, e eu quase tive um orgasmo.

— Então garoto, vai ficar aí parado? — Ele perguntou sendo grosso mais uma vez.

Eu nem esperei ele me arrastar, entrei de uma vez no carro. Se ele tivesse me mostrado o rosto antes eu nem teria discutido.

Fardado [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora