(Lucas)
Era mais um dia na nossa casinha dos sonhos, todo começo de manhã e final de tarde, Danilo e eu íamos para a varanda para ler um bom livro.
Tê-lo ao meu lado é um sonho, mas foi difícil, especialmente naquele dia.
_Três anos atrás_
— Eu... Te... Am... —. Danilo disse e em seguida apagou. Entro em completo desespero pensa do que aquele era seu fim.
— Danilo não, por favor não, volta amor —. Abraço o seu corpo, ponho a cabeça sob seu peito, e então ouço as fracas batidas de seu coração.
— Ele ainda está vivo! Cadê essa ambulância? —. Digo desesperado, e não tarda muito em chegar. Os paramédicos trazem uma maca, e colocam o Danilo em cima dela.
— Você é o quê dele? —. O paramédico me pergunta querendo impedir minha passagem.
— Parente! Deixa o garoto ir junto —. Figueredo falou, me ajudando.
— Tudo bem, entra —. Eu me sentei ao lado do meu amor e segurei sua mão.
— Ele perdeu muito sangue, temos que chegar logo no hospital, senão morrerá —.
Sua mão estava tão gelada. Eu chorava tanto, com medo do Danilo morrer. Ele não merecia partir assim, tínhamos uma vida inteira para dividir.
Quando chegamos no hospital, ele foi direto para a sala de cirurgia, e dessa vez não pude o acompanhar, fiquei sentando na sala de espera, todo maltrapilho, sujo e machucado.
— Lucas! —. Rodolfo grita ao me ver, ele corre e me encontra com um apertado abraço.
— Lucas você está bem? Aconteceu alguma coisa com você? —. Eu chorava tanto que não conseguia dizer nada.
— O Danilo, ele está em cirurgia, ele pode morrer Rodolfo —.
— Não, ele não vai morrer, calma —. Ele senta ao meu lado, e segura minha mão, me tranquilizando. Depois de um tempo ele liga para Joana, e avisa sobre mim.
— Em qual hospital vocês estão? Vou agora para aí —. Ela diz, ao me ver destruído.
— Amigo, você está bem meu amor? —. Joana me abraça ao chegar naquela sala de espera.
— Joana, o Jonas, mataram ele, e o Danilo pode morrer —.
— Aí meu amor, calma vai ficar tudo bem, estamos aqui com você —.
Ela se senta ao meu lado, e também segura minha mão. Aquela maldita espera não tinha fim, até que enfim o cirurgião sai da sala, e vem em minha direção.
— Doutor? Por favor me diz que o Danilo está bem —. Suplico.
— A cirugia foi um sucesso, ele conseguiu resistir, mesmo as feridas sendo muito profundas. Mas ele perdeu muito sangue, então ficará algum tempo na UTI —.
— Obrigada doutor —. O abraço, e caio em prantos.
— Não quero enganá-lo, no atual estágio, seu companheiro tem pouquíssimas chances de sobreviver, ele está sedado, e seus batimentos ficam fracos a cada hora. Creio que ele não sobreviverá até amanhã de manhã, foi muita sorte ter sobrevivido a cirurgia —.
— Aí meu Deus, Danilo —. Joana e Rodolfo me abraçam. Eu estava em choque, tudo o que eu queria era ter o meu amor de volta.
O doutor nos levou até a porta da sala, onde havia uma vidraça, de onde eu via o Danilo enfaixado e com aquele monte de aparelhos ligados.
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Fardado [+18]
RomanceA história de amor entre um policial bruto e um fofo estudante de literatura