Capítulo XVI

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DEIXEM O VOTO, FANTASMINHAS❤️❤️❤️

       

                        (Danilo)

   Era manhã muito cedo, ainda se podia ver um pouco da escuridão da madrugada.
Era o tão esperado dia da operação. O comboio já rumava ao tal morro. Queríamos pegá-los de surpresa. Eu ia no primeiro carro, junto de outros policiais, todos eles armados até os dentes.

   As ruas vazias davam passagem a imensa fila de veículos que se deslocavam rapidamente.

   Minha mente concentrava-se em conseguir sobreviver, para agarrar aquele garoto esquisito, e não largá-lo mais.

   Quando finalmente chegamos perto do morro, fomos recebidos por rojões, que faziam barulho para avisar aos outros traficantes.

   — Tropa 02 rua Sul, tropa 03 rua leste, tropa 04 oeste. E tropa 01 norte comigo —. Falei ao rádio avisando os outros policiais. O plano era cercar o morro, e ir subindo em direção ao topo, a casa do chefe do tráfico.

   Quando a rua acabou. Descemos do carro, cautelosamente, com os olhos bem abertos. Principalmente eu, que tinha de ir na frente, arriscando minha vida para dar passagem aos outros.

   — Vocês aí de trás de olhos para cima —. Alertei. O silêncio ali era perturbador, não se ouvia um ruído, a não ser o latido de vários cachorros.

   Vendo que quase ninguém estava na rua, peguei o megafone e falei:

   — Atenção cidadãos, não saíam de casa, e não abram a porta por nada. Estamos aqui para capturar o traficante com nome de “Mosquito”*, então por favor se protejam —.

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*Por alguns motivos mudei o nome do traficante para esse
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  Eu conhecia técnicas de guerrilha, fossem elas urbanas ou selváticas. Então sabia que eles preparavam uma emboscada, enquanto o chefão tentaria escapar.

   — À duzentos metros da casa —. O supervisor da operação falou ao rádio, ele via nossa localização em tempo real.

   De repente um indivíduo magricelo aparece em um telhado, e aponta para nós. Mas por sorte, um dos policiais o acerta antes que ele consiga atirar

   Pobre imundície, perdido na vida, corrompido pelo dinheiro. Agora jazia no chão, depois de seu corpo despencar como uma fruta podre.

    — Continuem, e olhos bem abertos —. Falei com o coração acelerado, a adrenalina me consumia.

   — À esquerda —. Um colega meu gritou, e eu atirei para frente, enquanto os outros procuraram abrigo detrás de uma parede. Fiz o mesmo. Olhei para trás e vi um dos meus colegas no chão, sangrando, respirando sabendo que estava no fim.

   Os tiros passavam bem perto, algumas balas acertavam a parede, levantando poeira. Criei coragem, e sai da barricada, e atirei feito um louco na direção deles. A bala viaja em direção ao marginal, e lhe acerta bem no peito.

  Nos reagrupamos. Peguei o megafone novamente, e dei um ultimato.

   — Tem muitos homens aqui, então acho melhor se render, senão vamos levar apenas as suas cabeças, para não lotar os carros —. Falei, e ouço os tiros sinalizando o seu não.

   — Tudo bem, espero que não pese muito —. Guardei o megafone e peguei minha arma de novo.

   Eu esperava muito que Blanco estivesse errado, mas os que parecia isso não seria nada fácil.

Fardado [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora