QUERO MUITOS VOTOS PARA ESSE CASAL. E VOU ADIANTANDO QUE ESTOU FAZENDO UM CASAL QUE TALVEZ, DIGO TALVEZ, SEJA MELHOR QUE ESSES DOIS.
APROVEITEM O CAPÍTULO.
(Lucas)
Dias se passaram, e tudo mudava conforme as circunstâncias. Danilo estava já totalmente recuperado. Eu ainda estava com ele na sua casa, ele voltaria a trabalhar então tomei uma decisão.
Me levantei, peguei minha mochila e fui até o armário do Danilo. Ele estava na cozinha fazendo alguma coisa para comermos, era noite de domingo, eu estava relaxando.
— O quê você está fazendo? —. Ele me pergunta ao entrar no quarto, e olhar fixamente para minha mochila.
— Arrumando minha roupa, você está melhor, então amanhã eu posso voltar para meu apartamento —. Era minha decisão, ele já não precisava de mim 24 horas. Sua reação foi de espanto, vejo suas sobrancelhas levantarem. Ele permanecer em silêncio, e fica fazendo uma gestos esquisitos com a mão. Como se quisesse dizer: “Espera” “aguarda”.
— Mas por quê? — Sua expressão muda agora ele fazia uma cara feia (de raiva porque meu namorado não era feio nem querendo) — O quê foi que eu fiz? Eu te magoei? —.
— Não se preocupa lindo, você não fez nada. É que eu tenho uma casa, e não posso ficar aqui para sempre —. Achei fofa a reação dele, nunca pensei que ele se preocupava tanto assim comigo.
— Não, não, não —. Ele dizia mechendo o dedo.
— Danilo eu passei mais de um mês aqui com você, minha casa está abandonada —.
— Não quero nem saber, você não vai! —. Ele pegou a mochila e joga ela em cima da cama. Ele me segura pelo braço. Seu olhar estava fixo em mim, fazia tempos que ele não mostrava aquele seu lado mais selvagem.
— Por que não? Você não manda em mim! —. Protesto e tenro me soltar dele.
— Você vai me deixar sozinho? —. Se ele não estivesse segurando meu braço eu teria lhe dado um beijo.
— Danilo, meu amor, eu só vou voltar para casa, eu não vou te deixar. Você pode ir na minha casa, e eu posso vir na sua —. Explico. Por mais que meu apartamento fosse péssimo, eu amava ele, era meu lar, meu cantinho.
— Vem morar aqui comigo!? —. Sou beijado, e suspendido por seus músculos braços. Ele sabia me levar ao céu, mas eu tinha que voltar a realidade.
— Morar com você?! —.
— Esquece aquele apartamento, eu trago todas as sua coisas para cá. Compro umas estantes para seus livros —. Aquela era uma proposta muito tentadora.
— Danilo, para. Eu te amo, mas eu não quero depender de você assim —. Era difícil negar alguma coisa quando eu tinhas aqueles olhos bem na minha frente.
— Garoto deixa de ser teimoso, não ligo se você torrar todo o meu dinheiro, eu quero você, eu gosto de você, eu preciso de você, não vivo mais sem você. Eu te amo Lucas, sou doido por você —. Eu não era nem um pouco bobo para saber o que aquilo significava, no interior o povo tinha o costume de dizer, que quando um casal ia morar junto já casavam. E eu não sei se era bem isso o que eu queria. Mas tudo na minha vida acontecia tão rápido, depois que Danilo chegou nela
— Eu também te amo, mas... —. Tento resistir, mas ele me impede.
— Mas o quê garoto? Fica comigo, eu te peço, eu faço o que você quiser prometo, eu digo o que você quiser —. Acho que Danilo conseguiu mostrar o real tamanho do seu amor.
— Eu não quero nada Danilo, eu só quero estar de bem com você, e principalmente comigo —. Desci de seus braços, e fui pegar minha mochila. Eu admiro que era muito orgulhoso, mas seria muito difícil para mim.
(Danilo)
Eu não podia, sob nenhuma circunstância deixá-lo partir. Sei que poderia parecer muito exagero de minha parte. Mas nesse tempo em que ele cuidou de mim, eu simplesmente me acostumei a viver com ele a todo tempo. Nossas casas eram longes. Ele vivia em uma espelunca, sei que minhas condições não eram muito boas, mas eram infinitas vezes melhores. Aqui ele poderia viver em segurança, e com um pouco de conforto. Em um bairro mais tranquilo, com um apartamento maior, mais arejado. E principalmente com uma cama para ele dormir. O garoto é tão pobre que dorme em cima de um sofá. Ele não merecia isso, eu não conseguiria dormir a noite imaginando que o amor da vida dormia em um sofá velho e duro.
Quando você gosta bastante de alguém, faz coisas que nunca imaginou fazer. Foi o que fiz naquele momento. Me ajoelhei em sua frente. Ele já voltava com a mochila para colocar suas roupas, eu abracei sua cintura forte. Eu não deixaria ele fazer aquilo.
— Lucas, eu te amo, por favor fica. Vou sentir saudades de você se for. Aqui eu posso te dar conforto, eu tenho pouco, mas quero dividir com você —. Se isso fosse uma situação normal, ele estaria gargalhando, mas era uma situação de extrema seriedade.
— Danilo, eu não consigo —. Ele fala, tentando se soltar. Me levantando, ainda seguro em seu corpo. Colo nossas testas, ele tremia e seus olhos queriam derramar lágrimas. Segurei sua mão, levei até aquela maldita mochila, e tentei pegá-la.
— Você solta e eu jogo longe, vamos é fácil, eu sei que você quer vir morar comigo —. Digo. Vejo uma lágrima cair pelo seu rosto. Aquilo foi devastador para mim, não sei porque, não sei como, mas aquela tristeza se transferiu para mim também.
Acabei chorando.— Ei grandão, não chora, desculpa está bem?! —. Ele solta aquela mochila no chão, e com sua mão ele seca minha lágrima.
Há tempos eu não chorava, desde que meu pai e minha mãe morreram. Eu me considerava uma pessoa forte, mas não perto daquele garoto de contos de fada.
— Fica por favor —. Seguro em seu rosto, e aperto. Lucas morde seu lábio, e pouco a pouco vejo sua resistência diminuir.
— Eu fico, mas por favor para de chorar —. Ele me abraça forte, e eu retribuo.
— Eu te amo Lucas —.
— Eu também te amo Danilo —.
— Prometo que não vai se arrepender. Vou dizer todos os dias que te amo. E vou deixar de ser essa pedra —.
No final daquela noite de domingo, dormimos abraçados, na nossa cama, confortavelmente. Sem nenhuma preocupação.
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO.
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Fardado [+18]
Roman d'amourA história de amor entre um policial bruto e um fofo estudante de literatura