Capítulo VII

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(Lucas)


— Posso entrar? — Danilo perguntou. Ele estava parado na porta do meu apartamento, com caixas de pizza na mão.

Minha primeira reação foi de abaixar minha blusa, pois eu estava seminu. Vi seu olhar mirar minhas pernas rapidamente, e em seguida desviar o olhar para o lado.

— Desculpa atrapalhar, eu vou embora. — Ele disse se virando pronto para ir embora.

Eu mesmo naqueles trajes, abro a porta e vou ao seu encontro. Seguro ele pelo seu braço, ele me olha e me seguida para.

— Fica. — Falei um pouco envergonhado por aquela situação.

— Eu não atrapalho? — Ele indaga.

— Claro que não. — Achei super fofo ele me visitar depois do trabalho.

— Então tudo bem. — Ele diz, e com a cabeça pede que eu vá na frente rumo ao meu apartamento.

— Eu só vou vestir uma coisa decente ali e já volto. — Eu estava muito constrangido.

— Se for por minha causa não se incomode, eu não me importo. — Ele fala se sentando na mesinha perto da janela.

— Era justamente por sua causa. — Dei um sorriso. Ele também sorri, mas tenta esconder um sorriso.

— Ela é linda você tem sorte. — Danilo fala, me deixando confuso.

— Ela quem? — Estranhei.

— Sua namorada, ela é linda. — Ele falou e eu continuei sem entender.

— De quem você está falando? —

— Da garota do seu lado na lanchonete, ela não é sua namorada? — Minha vontade era me jogar pela janela, eu ri bastante daquela situação, foi engraçado e ao mesmo tempo bobo a ingenuidade dele.

— Ela não é minha namorada, ela não faz nem um pouco o meu tipo. — Falo indo até ele, e se sentando a sua frente.

— Por que não? — Ele indaga inocentemente.

— Porque eu sou gay! — Falo rindo. E eu vejo uma reação de espanto em seu rosto. Danilo fica em silêncio, e eu também. Ele estava de braços cruzados, com aquela pose de policial que ele tinha.

— Ficou surpreso? — Perguntei.

— Um pouco — Ele falou, mordendo os lábios enquanto sorri.

— Não se preocupe você não é o primeiro. — Falei abrindo a caixa de pizza que ele tinha posto a minha frente.

Danilo faz o mesmo, mas em vez de manter os olhos na comida, e me encara de uma maneira constrangedora.

— O quê foi? — Pergunto arrumando meu cabelo.

— Acho que o Blanco gostou mesmo de você. — Disse.

— Eu achei ele lindo, parece um daqueles unicórnios de contos de fadas, também gostei dele. — Digo.

— É estranho, porque ele realmente não gosta de ninguém além de mim. — Ele explica.

— Onde quer chegar? — Pergunto prestado atenção no que ele disse.

— Acho que ele também gostou do seu cabelo. — Explicou.

— Ele também gostou, então quer dizer que outra pessoa gostou, quem foi? — Perguntei já sabendo bem a resposta, mas querendo que ele diga com suas próprias palavras.

Fardado [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora