Capítulo XLIII

5.4K 553 37
                                    

   EU ADORO A TEORIA DE VOCÊS, SÉRIO MESMO🤣, CULPARAM RODOLFO, O PORTEIRO, ATÉ O PRÓPRIO LUCAS. EU LEIO O COMENTÁRIO DE TODOS.

                   (Danilo)

   — Danilo, onde você estava? —. O sargento pergunta quando entro inesperadamente em sua sala.

   — Não, onde estava você que deixou o Silva solto esse tempo todo? —. Eu não ligava que ele era superior a mim, eu não ligava mais para nada, nem para emprego, apenas para o meu Lucas.

   — O quê? —.

   — Eu vou desenhar pra vê se um incompetente como você entende: O Silva, aquele desgraçado, ajudou o Mosquito a fugir, sequestrou o meu Lucas, e agora está sei lá onde, ameaçando o meu namorado de morte —. O sargento fez cara de surpreso, e nem deu atenção para minha insubordinação.

   — Danilo chama o Figueredo aqui, vou ligar para o secretário de segurança —.

   Fui fazer o que ele me pediu, eu estava tão perdido, queria apenas ter meu Lucas de volta. Eu ouvi sua doce voz implorando pelo telefone.

  — Figueredo o Sargento está te chamando —. Ele estava sentando na sua sala falando com outros dois cabos.

  — Danilo?! — Ele pergunta enquanto caminha ao meu lado — O quê o Silva falou de mim? —.

  — Ele te usou como bode expiatório, quis apenas se camuflar —.

  — Desgraçado, era eu quem estava investigando ele e o Mosquito, era sigiloso, como descobriu? —.

  — Não faço a mínima idéia —.

   A noite já caía, meu Lucas ainda estava em perigo, junto daqueles marginais, meu medo era que o matassem, ou o machucassem.

   Era uma dor tão grande, que não seu como ainda estava de pé, talvez fosse a vontade de salvá-lo.

   — Danilo, eu liguei para o secretário, ele autorizou uma operação de resgate. Mas não hoje, primeiro temos que descobrir onde eles estão, depois temos que estudar o terreno —. Sargento falou.

   — Se não se importa Sargento, eu já suspeito para onde eles foram —.

   — Para onde —. Indago.

   — A noroeste, tem uma comunidade recém ocupada irregularmente, havia um pequeno grupo de traficantes, mas ao que parece ouve um pequeno confronto, e depois disso eles não foram vistos —.

   — Acha que eles estão lá? —. Pergunto novamente.

   — Pensa bem, o Mosquito saiu recentemente da cadeia, não foi visto, ou seja o plano dele não e recuperar seu território, não agora, ele já vinha planejando a vingança dele. Ele percebeu que o seu morro era muito ruim para se defender. E ao que parece ele agora quer um confronto na floresta, e justamente tem uma floresta nesse lugar —.

  — Eu quero revistar o apartamento do Silva, pode haver alguma pista do paradeiro dele —. Digo.

  — Acho difícil, ele é esperto, já deve ter planejado cada passo, cada jogada, se ele deixou alguma pista creio que seja falsa apenas para depositar —. Figueredo explica.

   — O quê você propõe? —. O sargento pergunta.

   — Como você soube que o Silva era o culpado? —. Ele me pergunta.

   — Silva me ligou do celular do Lucas —.

   — Muito bem, temos como rastreá-lo —.

   — Não, não temos, eles destruíram o aparelho. Só não entendo, se eles querem que eu vá, por que não dizem o local? —.

   — Isso é um jogo Danilo, Silva tem altos níveis de psicopatia, percebi isso analisando os seus relatórios, e o vendo agir. Ele provavelmente está usando a facção do Mosquito apenas para te matar —.

   — Isso eu entendo, ele sempre foi invejoso. Sempre quis o Blanco —.

   — Creio que ele seja um agente da milícia, agindo apenas para derrubar o Mosquito, e assumir o território —.

    — Se é isso que ele quer não ter, vamos mandar quinhentos homens, trazer aqueles dois e jogá-los em uma prisão de segurança máxima, e acabar de vez com essas ameaças —.

   — Danilo, como você disse, não precisará ir nessa operação —.

   — Eu vou, quero comandar, e quero ter o prazer de enfiar aqueles dois em um camburão, depois de tirar sangue deles —.

   — Muito bem, Figueredo você fica na base, dando suporte —.

   — Desculpa sargento, mas tenho que ir, tenho um acerto de contas com o Silva —.

  — Espera —. Digo me lembrando de uma coisa.

  — O quê Foi? —.

  — Mais cedo recebi uma mensagem, mas o dono do celular disse que o roubaram, suspeito que seja o Silva —.

  — Se estiver funcionando podemos rastrear, só basta chamar —.

  — Então liga Danilo —. O sargento falou.

                      (Lucas)
  
   — Comida pro veadinho —. O nojento daquele policial fala só entrar no quarto onde eu estava.

   — Não quero comer nada —. Falo, era mentira eu estava faminto, mesmo assim não queria aceitar nada desses imbecis.

   De repente um celular toca, era de Silva ele o pega, dá um enorme sorriso e me mostra.

  — Viu? — Era o Danilo que estava ligando — O amiguinho do seu homem é inteligente, Figueredo, mas não o suficiente —.

  — Ele joga o celular no chão e atira nele —. Eu já estava sem esperanças, esse Silva parecia ter tudo planejado na cabeça. E eu tinha tanto medo.

  — Você, dá a comida dele, eu tenho mais o que fazer, tenho que adiar minha faca, pra cortar o pescoço do seu namorado, ou será melhor cega? Pra causar mais dor —. Ele fala com aquele sorriso odioso, eu odiava tanto aquele cara.

   Ele sai do quarto, e os homens nos tranca. Jonas vem até mim com aquela marmita, pega uma colher, e a abre.

   — Come, você vai precisar —.

   — Eu não vou comer nada,  quero quer você morra Jonas, Danilo vai me salvar —.

   — Lucas por favor come —.

   — Você apronta tudo isso comigo e quer que eu coma como se estivesse tudo bem? —. Jonas estava paciente, mas se zanga.

  — Quando eles me procuraram, e perguntaram sobre você, perguntei o que fariam com você. Sabe o que me disseram? Me disseram que você não tinha importância, que te matariam e te jogariam em algum lugar que nunca te achassem —.

  — Como é? —.

  — Foi então que eu pedi pra eles darem você para mim, fingindo que eu queria você pra manter no cativeiro. Eles iriam te matar Lucas, acha que eu ficaria de braços cruzados? —.

  — Me matar? —.

  — Eu te salvei garoto, te salvei —.

  — O quê você quer? Quer que eu te agradeça? Quer que eu diga obrigada Jonas pela sua imensa bondade? —. Eu não acreditava em uma só palavra que saia da sua boca.

  — Eu vou dizer o que quero —.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO.

 

  

 
 

  

Fardado [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora