NÃO ESQUEÇAM DE VOTAR.
(Danilo)
Mudei completamente as minhas atitudes em relação ao Lucas, tentei ser ao máximo carinhoso. Ele tenta passar a imagem de independente, quando na verdade não era. Esse mês consegui mudar meu turno e comecei a chegar mais cedo em casa, tendo mais tempo para passar com meu amor.
Ultimamente ele estava todo empolgado com a sua afilhada que estava chegando. Joana obviamente o escolheu como padrinho. Era bonito ver aquela felicidade em seu rosto, pelo menos não estava chorando por minha causa. Às vezes quando estávamos em casa, eu ficava observando tudo o que ele fazia, não para vigiá-lo, mas só para refletir quanta sorte eu tinha.
- Que foi lindo? -. Me perguntou e veio em minha direção. Ele estava escrevendo algo em seu computador, mas parou para vir apenas me beijar.
- Nada, só vendo essa sua perfeição -.
- Ai Danilo, não deixa de ser esse Danilo de agora por favor -. Recebo uma mordida leve na bochecha.
- Então você gostou? -.
- Gostei -. Ele abre os braços pedindo um abraço, ele amava ser envolvido pelo meu corpo. Eu adorava como aquele garoto era meigo. Descobri que eu também gostava de abraços, mas apenas do meu príncipe.
- Você é um príncipe sabia?! -.
- Claro que eu sabia -. Fez cara de bobo e me deu língua. Seguro aquela linguinha com os dedos e puxo para fora.
- É falta de educação mostrar a língua, eu posso te prender! -.
Brinco. Ele puxa minha barba, me causando um pouquinho de dor.- Me prende! - Ele aproxima seu rosto do meu ouvido - Eu sou um delinquente meu amor -.
Nem parecia que a pouco tempo ele estava chorando por minha causa, acho que nunca mais eu me perdoaria por isso. Mas ele parecia ter esquecido, havia muita bondade. Ele tentava agir friamente como um adulto, mas não conseguia porque ainda era muito menino. E acho que era isso que eu mais gostava nele.
- É?! Sabe o que tenho que fazer? -. Pergunto fazendo cara de mal.
- O que -. Ele finge parecer inocente.
- Te bater e muito -. Dou uma palmada na sua nádega. Ele solta um gemido.
- Isso é agressão, eu vou te denunciar recruta zero -.
- Vai é? -. Seguro pelo braço, e puxo para cima do meu corpo.
- Me solta troglodita -. Ele ri enquanto faço cócegas em seu pescoço com minha barba.
Paro quando vejo que seu rosto estava muito vermelho, ele ofegava.- Cansou? -. Indago rindo.
- Vou te mostrar quem cansou aqui -. Ele leva sua mão até a fivela do meu cinto e a abre. Olho para aquilo já imaginado o que aconteceria. E não deu em outra.
- Ui, ele tá durinho, não pode ver uma bunda jovem e macia como a minha não é? -.
•••
Na manhã seguinte, levantei apenas por obrigação, pois se pudesse ficava o resto da vida na cama junto com meu amor. Ele ainda dormia profundamente. Lucas era mesmo um príncipe, ele parecia a bela adormecida, não fazia barulho nenhum quando dormia, sempre com a cabeça sobre as duas mãos de maneira mais fofa existente.
- Um dia vou dar um jeito de podermos ficar juntinhos sempre -. Sussurrei. Depois fui até ele, me abaixei, passei a mão no seu lindo cabelo, e beijei seu rosto.
- Te vejo mais tarde, príncipe -. Sai do quarto fazendo o máximo de silêncio.
(Lucas)
Quando acordei, pensei ter vivido um sonho ontem a noite. Acho que a montanha russa se transformou em uma escada para o céu. Tem um fim, mas é agradável, basicamente um paraíso.
Sentei na cama, lembrei daquele Lucas de tempo atrás, que sonhava com coisas fúteis como fama, dinheiro, e essas baboseiras que todos adolescentes pensam. Depois que conheci Danilo, nada daquilo parecia ter importância. Eu já me sentia tão feliz com ele, que nada parecia ser melhor.
Me deitei sobre seu lado da cama, lá estava seu cheiro impregnado. O puxo com as narinas, e relembro aquele seu imenso corpo que é só meu todas as noites.
•••
Na parte da tarde meu compromisso era ajudar Joanna. Não só ela, mas o seu noivo e sua sogra. Sim ela finalmente aceitou um dos milhares de pedidos de casamento da parte de Rodolfo.
Já imagino como foi:"- Chega Rodolfo, eu aceito está bem? -". A mãe do Rodolfo era uma graça, um pouco caipira mas ainda era uma pessoa legal. Ela era toda preocupada com Joana, e hoje foi o dia de escolher a mobília do quarto da Elisa, sim esse foi o nome escolhido por Joana. Ainda lembro da discussão que fui forçado a ouvir.
- Na minha família temos a tradição de colocar o nome dos avós no neto -. Rodolfo falou abraçando Joana todo empolgado.
- E na minha tem outro quem pare escolhe o nome -.
- Não quer nem ouvir o nome? -.
- Fala -.
- Eugênia -. Nessa hora tive de segurar o riso, ainda bem que nenhum deles percebeu.
- Espera, você quer que eu coloque o nome da minha filha de Eugênia? Ela vai nascer com quantos anos oitenta? -.
- É a tradição da minha família amor -.
- Só pra constar, qual é o nome do seu avô? -.
- Eustáquio -.
- Misericórdia, ainda bem que não é menino. Olha só Rodolfo, eu vou carregar na barriga então vou escolher o nome, vai ser Elisa e ponto final -.
O legal do relacionamento deles, e não que a palavra de Joana era a última. Pelo visto o Rodolfo seria um ótimo marido.
- Que tal esse berço Joana? -. A sua sogra perguntou, eu ficava de boca aberta quando via o preço daquelas coisas. Ainda bem que eu não podia ter filhos.
- Não sei, parece uma prisão de segurança máxima -. Falou.
- Tem razão -. A barriga dela já estava enorme, parecia que tinha duas ali dentro.
A mãe de Joana finalmente chega, ela vem toda sorridente, e cumprimenta a todos. Fiquei meio a escanteio ali, mas ainda assim gostei de presenciar esse momento.
- Tomou as vitaminas hoje Joana? -. Sua mãe perguntou.
- Esqueci! -. Falou na cara mais lavada.
- Desse jeito não dá, quer que seu filho nasça fraco? Não, não, Rodolfo o que você faz que não lembra ela de tomar o remédio? -. A mãe de Rodolfo pergunta.
(Danilo)
- Danilo, o tenente chamou você na sala -. Um colega do trabalho me avisa. Eu estava escovando a crina de Blanco.
Me dirigi imediatamente a sua sala, abro a porta, e lá estava ele falando ao telefone estressado. Ao me ver não enrola e diz:
- O traficante que você prendeu fugiu! -.
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO.
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Fardado [+18]
RomanceA história de amor entre um policial bruto e um fofo estudante de literatura