Paixão Proibida (Livro 4)

Prólogo

Abro a porta do meu apartamento e a única coisa que me recebe é o silêncio e a escuridão.

Deixo as malas jogadas no chão da entrada e penduro as chaves no gancho da parede.

Vou direto para a cozinha procurar algo forte para beber, espero que ainda tenha aquela garrafa de vodka pela metade que eu tinha visto antes de sair, ou quem sabe uísque.

Ah sim, uísque seria bom.

Infelizmente a única coisa que eu acho é uma garrafa de absinto. Porque é que eu sempre compro essa merda? Tem um gosto horrível.

Não importa, deve servir ao propósito, é isso o que importa.

Se você está se perguntando onde eu estava e o porquê estou nessa situação, eu te respondo depois do primeiro gole.

Caminho até a sala de estar e me jogo no sofá, sem me dar ao trabalho de acender as luzes ou ligar a TV. A noite lá fora é escura, sem luar ou estrelas, e o apartamento está imerso em um breu espesso, como se uma manta o cobrisse.

Abro a garrafa e tomo um gole do liquido esverdeado. Fecho os olhos e sou tomado pela visão de fogo, cabelos cor de fogo, cabelos lindos que contrastam com a pele branca e perfeita.

A razão de eu estar assim, tão para baixo e deprimido, é porque eu acabei de voltar da minha pequena viagem ao Texas. E eu voltei de mãos vazias.

Ela ficou lá, com ele. Com o cowboy gostosão que ela mal conhece.

Ela escolheu o Jax, mesmo depois de toda a nossa história juntos. Ou talvez seja justamente pela nossa história, que ela tenha ficado com ele.

Eu sei que eu fui o maior dos idiotas com ela, mas ela não é nenhuma santa se você quer saber. Errou feio também, nós dois erramos.

O problema é que quando eu fui correr atrás e tentar concertar os estragos, já tinha um maldito cowboy fazendo isso no meu lugar.

Jax Cord!

Penso no seu nome com raiva. 

Você vai superar, Jordan. Eu sei que você vai.

Eu vou esquecer.

Eu posso estar na merda agora, mas como meu irmão mais velho sempre diz quando ele está na pior...

Pense pelo lado positivo, pior do que está não pode ficar.