Paixão Proibida (Livro 4)

Cap. 18 - Família

— Não vejo a hora de termos o nosso cantinho. — Digo e deposito um beijo carinhoso nos cabelos de Mab.

— Eu também, morar com a Maya é divertido e eu a amo muito, mas aquele sofá está acabando com as minhas costas. — Ela fala e se aconchega mais em meus braços.

Mab veio para jantar comigo e com Ben e eu não a deixei ir embora, agora ela está em meus braços, nua e sonolenta depois de termos feito amor na privacidade do meu quarto.

Faz alguns dias desde o meu último encontro com Adam. Não o procurei mais, acho que ele vai precisar de muito tempo até conseguir olhar para mim sem ter vontade de me bater.

Queria tanto saber como ele está, mas sei que o melhor é não forçar a minha presença.

Mas não foi só de acontecimentos ruins que esse últimos dias se serviram, Mab foi à sua primeira consulta e é claro que eu a acompanhei.

Foi inesquecível, acho que foi naquele momento em que o fato de que ela está grávida realmente me pareceu realidade, e não apenas um sonho.

Peguei todos os panfletos do consultório e trouxe para casa comigo. Quero ser um pai bem informado, presente e pronto para qualquer situação.

Meu celular apita e eu estico o braço para alcança-lo ao lado do abajur.

Olho a tela e vejo que uma notificação do site de imóveis para alugar em Miami acabou de chegar.

— Hum.

— O que foi? — Mab me pergunta.

— Recebi uma notificação daquele site que eu te falei, lembra? Tem um apartamento para alugar, a localização não é muito boa, mas o preço é justo. Olha. — Entrego o celular com as fotos do apartamento.

Eu só vou começar no meu novo emprego no próximo mês, parece que o cara que eu vou substituir ainda está cumprindo o aviso prévio. Até lá Mab e eu temos que achar um lugar para alugarmos e fazer toda a mudança, o que se for parar para pensar, não vai dar muito trabalho, já que ambos não temos muito que levar.

Mab passa pelas fotos e me entrega o celular de novo.

— Gostei, parece bom. — Ela diz.

— Posso agendar uma visita? — Pergunto.

— Claro.

Guardo o celular e volto a abraça-la, ficamos em silêncio e quando estou quase dormindo, o celular de Mab começa a tocar.

— Não vai atender? — Pergunto.

— Hum hum. — Ela resmunga. O celular toca mais alguns segundo e para.

Fecho os olhos com sono, mas então o celular toca novamente.

Mab solta um grunhido e preguiçosamente se estica e pega o celular

— Alô? Ah oi, Sue...o que foi? — Mab escuta atentamente e vejo sua boca se abrindo e seu rosto ficando pálido. Ela se senta na cama com rapidez e eu imito seu movimento.

— Como ele está? O que aconteceu? — O desespero na voz de Mab me deixa em alerta.

— Estou indo agora, Sue, obrigada por avisar. — Mab desliga o celular e pula da cama, procurando por suas roupas.

— O que aconteceu, amor? — Pergunto com medo. Algo grave aconteceu para que Mab fique desse jeito.

Ela se virá para mim e vejo o medo em seu rosto.

— É Adam, ele sofreu um acidente de carro.

Todo o meu mundo parece parar por um segundo. Olho para Mab esperando que ela me diga que é mentira, que eu entendi errado. Mas o desespero em seu rosto me diz que não é.