Extra 1: banheira de hospital

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Oi oi gente!
No último capítulo teve a conclusão dessa fic q foi meu xodó por muito tempo, mas q teve q ter um fim.
Esse é o primeiro de dois extras q eu preparei pra eles. Minha previsão pra postar o próximo é daqui a duas semanas, mas já estou preparando mais coisinhas desse casal. Como eu disse, eles são meus amores.
Na última semana de fevereiro acabou acontecendo a LawSanWeek q eu postei pelo projeto q participo no Spirit. Vcs gostariam q eu trouxesse ele aqui tbm? Pq eu acho uma boa
Desculpa qq erro, tô até o pescoço com coisa da faculdade e bom, sem mais delongas, boa leitura!

"Isso é tão bizarro".

Law podia ouvir seu anestesista falando dentro da sua mente enquanto afundava ainda mais na banheira. O homem de chapéu de orca não estava errado e, mesmo estando sozinho naquele banheiro minúsculo, era impossível fugir da sua família. Todos tinham a razão em achar estranho seu costume absurdo de tomar banhos demorados justamente da forma que o enfraquecia; submerso até os ombros em água quentinha e cheia de espuma.

Fazer o quê? Adorava a sensação da força esvaindo do corpo, tudo totalmente controlado, a salvação ao alcance dos seus dedos. Não negava a conexão com seus impulsos masoquistas; apenas um idiota não perceberia as semelhanças dos dois atos. Mas, diferentemente das sessões de spanking, relaxar na banheira realmente tinha um propósito.

Sentia sua mente derreter, a noção de espaço-tempo sumindo assim como as preocupações. Estirado naquele grande pote de aço, podia focar todos os seus esforços em continuar respirando e nada mais, esquecendo o caos lá fora.

Nem mesmo podia acreditar que ainda estava vivo. Tantas coisas tinham acontecido nos últimos meses que a sensação que passava era de que tinha envelhecido dez anos ou mais. E quando falo de coisas não estou citando as batalhas em Wano, me refiro especificamente ao cozinheiro dos Chapéus de Palha. Derrotar Kaidō não foi nada para Trafalgar se comparado às últimas vezes que se encontraram, o que se tornou muito frequente, diga-se de passagem.

Com o Polar Tang agora vivendo ao encalço do Sunny, se viam quase todos os dias. Estava começando a desconfiar que Luffy tinha forçado a sua adoção, transformando sua tripulação em nakamas sem nem mesmo pedir. Bom, pelo menos estavam agindo assim.

Óbvio que para o Cirurgião da Morte as coisas eram diferentes. Aquela quedinha de antes crescia exponencialmente, descontrolada, tomando seus dias e noites. Um eufemismo maior do que chamar os sentimentos dele de penhasco não existia. Até seus sonhos mais preciosos tinha reivindicado — o motivo de estar enrugando naquela banheira era uma divagação comandada por Morfeu, onde se via em um mundo alternativo chamando um Sanji punk para sair depois que seu plantão terminasse e ele acabasse de visitar o amigo na enfermaria.

Deve ter sido a convivência constante, porém, o moreno não sentia mais incômodo quando o Vinsmoke entrava sem avisar no seu quarto. Ouvir oq nome nos lábios do mugiwara e a escotilha se fechando, anunciando sua chegada estava meio que no script. Por isso se empertigou debaixo d'água, já sabendo que o outro romperia pela porta do banheiro. Talvez ele pressentisse essas visitas, pesando a mão nos sais de banho que ganhara de Jean Bart.

— Torao! — A voz do cozinheiro reverberou nos azulejos e no alumínio. Seu corpo esguio cruzou o cubículo a passos largos, abaixando a tampa do vaso e sentando logo em seguida, os ombros escondidos pelo terno aproximando-se do doutor.

Law não iria mentir, corava dos pés a cabeça com essa proximidade. Mesmo depois de meses desde sua última declaração de carinho, aquela que despejou ajoelhado ao lado da perna machucada do aliado, seus sentimentos não sumiram. Muito pelo contrário, ameaçavam tomar uma proporção maior a cada dia, colando que nem chiclete no seu coração. 

Vômito na nucaOnde histórias criam vida. Descubra agora