Ausar Durron: A Star Wars Story

Capítulo I: Sombras da República

A superfície de Coruscant, a capital da República Galáctica, possuidora de imensos arranha-céus, moradias dos políticos mais poderosos da Galáxia e dos donos das mais ricas corporações privadas. Muito diferente é o seu mundo subterrâneo, lugar escuro - devido à falta de luz solar - onde a pobreza se espalha pelas ruas e a criminalidade domina os becos.

É nesse mundo onde se encontra Ausar Durron, um humano padawan da Ordem Jedi de vinte anos de idade, com cabelo e olhos castanhos. Por ainda ser um aprendiz, ele mantém um cabelo curto como regulamento da Ordem, laterais raspadas e um pequeno volume no topo da cabeça, além de sua característica trança, que simbolizava sua posição inferior. Ainda há sua mestra, June Hars, uma Twi'lek de pele roxa. Os dois eram Jedi Shadow, um grupo de elite dos jedi sentinelas, que trabalhavam com investigação e espionagem. Antes das Guerras Clônicas, os Jedi Shadow tinham o dever de procurar e destruir quaisquer sinais do lado negro da Força. Agora, eles deviam procurar os aliados da causa separatista em meio a sociedade e levá-los a justiça.

Ausar estava de vigia num prédio abandonado, olhando para a rua através de uma janela empoeirada. Junto dele estava o comandante Fox, líder da Guarda de Coruscant, ao lado de vários soldados clones. Todos os soldados de choque tinham marcações carmesim em suas armaduras, carmesim sendo a cor de Coruscant e do governo da República. Em meio a silenciosa espera, não demorou muito para que eles pudessem ver o alvo: Darius Yunor, um importante traficante de explosivos do submundo. O traficante estava cercado por sua guarda pessoal, pessoas vestidas em armaduras vermelhas. Entre eles estava June, portando um blaster bastão ameaçador, com uma afiada baioneta na ponta. Aquele era seu disfarce; demorou muito para que ela conseguisse ser contratada por Darius, foram necessárias ameaças, informantes e truques mentais:

- Lá está ela! - Apontou, Fox - Esta é a hora? – O clone estava ansioso.

- Não! - Respondeu, o padawan - Ela precisa dar o sinal primeiro.

O barganhista se aproximou de uma porta de metal enferrujada, olhou para os dois lados da rua, para certificar que estavam sozinhos. A calçada era escura, com uma iluminação fraca vinda apenas de dois postes velhos. Lixo se acumulava nos cantos enquanto a água do esgoto percorria a via até achar um bueiro qualquer. Sem sinal de movimentação, Yunor abriu a porta e entrou.

Dentro do local estavam cinco indivíduos, caras sujas e de mal cheiro. Eram líderes do grupo terrorista denominado "Liga da Justiça". O objetivo deles era atacar, no outro dia, o Senado da República. Queriam se vingar dos políticos por causa de suas desonestidades. Para eles, o Senado havia sido dominado pela corrupção. Não estavam errados, mas a Guarda de Coruscant não iria permitir tais atos.

Darius se sentou numa mesa redonda, de frente para os cinco. Colocou uma grande e pesada mala em cima e abriu-a. Na maleta estava um explosivo, em um formato esférico metálico, o mais caro e potente do mercado negro. Os cinco ergueram-se, aproximando os seus olhares curiosos sob a arma:

-Então... - Disse, Yunor - Onde está o meu pagamento?

-Não tente nos enganar, pilantra! - Respondeu, o mais velho - Sabemos muito bem que a Confederação dos Sistemas Independentes já pagou por ele.

-Pilantra, eu?! Assim você me magoa... só havia me esquecido desse pequeno detalhe.

Yunor se levantou pomposamente, cumprimentou os compradores, na típica formalidade dos negócios. June, logo atrás, vendo que a troca já estava concluída, apertou o botão do comunicador no seu antebraço, que enviou um sinal diretamente para Durron. O Padawan, recebendo o sinal, virou-se para Fox e ordenou:

-É o sinal! Vamos, agora!

-Avante, soldados! – Coordenou, o comandante.

Os clones pegaram seus fuzis, colocaram seus capacetes e movimentaram-se para fora. Eles desceram as escadas apressadamente, até o terraço. Alguns poucos colocaram jetpaks e subiram até a cobertura.