Capítulo IV: Gladiadores

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Durron acorda e se vê numa cela com barras de ferro na frente e nas laterais e uma parede de concreto atrás. Do lado de fora da jaula, estava Grakkus, o Hutt. Este, que segurava o sabre de Ausar Durron, possuía um grande sorriso em seu rosto gorduroso e brilho nos olhos. Ele havia achado duas relíquias preciosas em um só dia:

- Bem-vindo ao show! - Disse, o Hutt.

Esse Hutt era diferente dos outros, além de usar doze pernas cibernéticas para se mover, ainda era colecionador de artefatos jedi. Sem muitas palavras, Grakkus se retirou, ainda portando o sabre de luz.

Ausar, ao olhar para os lados, percebeu que não estava sozinho. No mesmo ambiente havia outras prisões, algumas guardando feras, outras guardando guerreiros humanoides. O jedi entendeu o que estava acontecendo, ele ia se tornar um gladiador. As lutas na Grakkus Arena eram famosas em toda a lua, um grande entretenimento que chamava a atenção. Era uma forma muito satisfatória para esquecer seus próprios problemas, vendo e torcendo pela ruína do outro. O próprio Ausar já tinha assistido algumas vezes. Para o Hutt, atuar no ramo do divertimento era apenas um passatempo, um passatempo muito lucrativo.

Ao lado de sua cela, uma mulher o observava. Era uma zabrak de cabelo curto, na altura do queixo, cor platinado, de origem dathomiriana. Por ser uma fêmea de Dathomir, ela não possuía chifres como o resto da espécie zabrak. Tinha uma pele branca que se aproximava do tom cinza, com tatuagens faciais peculiares, típicas da espécie. Era um descendente das Bruxas de Dathomir, porém, nunca havia sido ensinada nas artes místicas. Justamente por ser uma raça em extinção, ela era muito preciosa para Grakkus.

A zabrak, no objetivo de fazer uma amizade estratégica, estendeu a mão para o jedi, cumprimentando-o:

-Olá, meu nome é Lira... qual é o seu, bonitão?

Durron se levantou, se aproximou das barras e apertou a mão da desconhecida:

-Ausar Durron, ao seu dispor, querida.

-Hm... então você é mesmo um jedi? - Perguntou, a moça - Nunca tinha visto um.

- Não se engane, Lira. - Respondeu-a - Jedi não existem, não mais.

Lira Vars nem sabia ao certo o que era um jedi, só sabia que um custava uma boa recompensa, caso entregue para o Império.

No outro dia, um guarda do Palácio bateu nas grades da jaula, acordando Durron. Eles estavam arrumando todos os gladiadores de "menor porte". Cada um foi levado para um portão da Arena e recebeu uma arma branca. Ausar havia recebido, assim como os outros guerreiros, uma coleira de choque, pesada e feita de ferro. Ele também ganhou de volta seu sabre, apenas para a luta. Apesar de ser uma arma muito perigosa, Grakkus sabia que um sabre de luz faria muita fama no seu espetáculo:

Os portões da arena foram abertos, e todos os gladiadores, ao entrarem na Arena e serem iluminados pelas luzes do imenso salão, foram aplaudidos, recebidos com gritos de empolgação. Grakkus tinha uma vista privilegiada da Arena. Biss Barr, o caçador que capturou o jedi, servia como seu guarda-costas, sempre ao seu lado. O Hutt pegou seu microfone e começou a discursar:

-Hoje, meus amigos, nossos jogos receberam um novo guerreiro! Ausar Durron, um dos últimos jedi vivos... Que os jogos comessem!

Muitos não sabiam o que era um jedi, os que sabiam, não acreditaram.

Dada a largada, os gladiadores começaram a correr um em direção ao outro. Um grande Besalisck de quatro braços portando dois machados, chamado Brong Zall, se aproximou do jedi. Brong Zall era o mais famoso gladiador de Grakkus, o mais brutal. Nunca foi derrotado.

A cada ataque de Brong, Durron usava seu sabre para cortar o machado ao meio. Em apenas dois ataques o Besalisck estava desarmado, agora teria que usar suas próprias mãos. Durron não lhe deu tempo: esfaqueou-o no peito, matando-o. O público ficou em choque, os cochichos dominaram as arquibancadas. Seja lá o que fosse um jedi, lutava bem.

Ausar Durron: A Star Wars StoryOnde histórias criam vida. Descubra agora