Capítulo X: Comissários do Crime

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Já faz dois anos padrões que Ausar Durron, Pit Dru'k, Lira Vars e Boil trabalham para o sindicato do crime Aurora Escarlate. Nesse tempo eles ficaram conhecidos como Esquadrão Aurora. Segundo os boatos, a eficiência deles em suas missões era de cem porcento, nunca teriam fracassado. A espaçonave de Pit, um transporte corelliano de líquidos, agora era popularmente conhecida pelos colegas do cartel como "O Barril".

Neste período, Pit continuava com sua jaqueta de couro sem mangas, cheia de costuras, junto de seu cinto surrado. Boil ainda possuía a braçadeira e o capacete da sua antiga armadura clone da fase dois, sujos de carvão dos anos de batalha, nunca os limpava. Manteve seu bigode e seu cabelo curto, de raízes grisalhas. Não gostava de mudar o visual, via isso como uma heresia, um ataque a sua memória. Como camisa ele ainda usava o resto de seu macacão preto, uma calça tática e uma bota coturno. Durron ainda vestia sua túnica jedi, mas complementada com um peitoral de couro. Agora tinha um rabo de cavalo no cabelo e uma barba longa e bagunçada; apesar de lhe dar um aspecto de maturidade, ainda era um inconsequente. Lira até hoje usava o seu poncho, o primeiro presente que ganhará na vida, porém, seu vestuário era o mais diversificado do grupo. Aproveitando que não era mais escrava, gastava muito com roupas elegantes e caras.

Todos estavam no Barril, a nave de Pit. O clone adorava ler livros de papel, principalmente contos populares de culturas distantes. Sempre colocava um pequeno par de óculos para a leitura, sua visão não era mais a mesma de antigamente. Durron e Lira quase sempre estavam jogando algum jogo holográfico. Sempre que a moça via o clone lendo, parava o jogo e começava a infernizá-lo:

-É o que dizem... uma velharia reconhece a outra! - Brincou.

-Cala a bola, Lira! - Respondeu rude, mas tranquilo, ainda concentrado na leitura.

-Eu só não entendo por que você gosta de ler livros assim... por que não usar um datapad?

-Ficar olhando o tempo todo para telas prejudica a vista... segue a dica!

Não demorou muito para Pit chegar, carregando um holopad em suas mãos. Ele desligou o jogo, o que deixou Ausar confuso e ligeiramente revolto. Ignorando a indignação do amigo, o whiphid jogou o holopad em cima da mesa e proferiu:

-Dryden quer nos contactar, temos um novo serviço. Se preparem...

Pit ligou o holopad, que instantaneamente mostrou o holograma do senhor do crime. Até mesmo holograficamente dava para perceber suas estrias intrincadas ao longo de seu rosto. Ele carregava uma taça, podia-se ouvir o som de música ao fundo, além de algumas vozes. Claramente estava dando outra de suas suntuosas festas com a elite galáctica. Impaciente para voltar para a farra, começou a falar sem titubear:

- Eu preciso que vocês sabotem a alfândega de Chandrila. É a principal fiscalizadora da Rota Comercial Parlemiana... dois transportes a granel, traficando armas, precisam passar pela região, sem nenhum impedimento!

-A alfândega de Chandrila?! - Perguntou de forma retórica, o clone estupefato - É uma estação espacial fortificada, que também serve como Porto para navios de guerra! É uma missão impossível!

-Por isso mesmo que vocês foram escolhidos, por mim, para fazerem esse trabalho. Passarei o resto das informações por datapad!

Dryden desligou a transmissão antes mesmo que eles pudessem retrucar com alguma pergunta. Boil ficou carrancudo, como sempre:

-Nem mesmo na minha época como soldado tive uma operação como essa! – O veterano adorava relembrar seus anos de glória – Vos quer é se livrar da gente!

-Disso eu não posso discordar, ele quer nos matar! – Ausar continuou – Mas somos o Esquadrão Aurora! Entusiasmo, meu amigo! – Deu um leve tapa no ombro do colega.

Ausar Durron: A Star Wars StoryOnde histórias criam vida. Descubra agora