Capítulo XIX: Velhos inimigos

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Ausar estava deitado, dormindo numa das camas do beliche, dentro do Barril. Ao seu lado, sentada em outro beliche, estava Lira, lendo um livro. Devagar, Durron foi retomando a consciência, abrindo os seus olhos. Acordado, ele percebeu que estava enroupado numa veste branca. Tentou levantar-se, mas o simples ato de se mexer fez todo o corpo doer. A dathomiriana percebeu que o amigo acordará. Ela largou o livro e o abraçou:

-Graças aos Whills, você está bem! – Disse radiante, a moça.

O aperto agravou a aflição do homem, que soltou um grunhido de dor. Ao perceber a agonia de Durron, ela o largou:

-Perdão! – Deu um sorriso tímido – Me empolguei!

-Não tem problema... – Ele sorriu. Ao movimentar o braço direito, percebeu uma prótese metálica no que antes era pele, carne e osso – Merda, então tudo aquilo aconteceu de verdade! – Falou frustrado, relembrando o ocorrido – A quanto tempo estou dormindo?

-Em horário de Coruscant? Mais de 48 horas...

Ao ouvir a notícia chocante, Durron tentou levantar-se novamente, apressado. Lira o ajudou e juntos andaram até a área de repouso. No local estava Pit, Bi e Carlos, sentados em volta da pequena mesa de jogos. Ausar logo notou a falta de Boil. Além de não o ver, não conseguia senti-lo com a força:

-Onde ele está? Onde está o Boil?

O silêncio imperou sobre a nave. Não precisavam dizer nada – nem queriam – a mensagem foi bem clara. Ausar, manquejando, andou até o frigobar pegar whisky. Com a garrafa na mão, ele se sentou num encosto e começou a beber, entristecido. Pit levantou-se e foi até o amigo:

-Não é hora para isso... beber não vai resolver seus problemas.

-O meu problema atual é que eu estou sóbrio. – Respondeu, grosseiro – Então eu discordo, isso daqui vai me cair muito bem!

Pit roubou a bebida de sua mão. Durron, enfraquecido, não pode fazer nada para evitar. O whiphid voltou a falar, agora para todos, em voz alta:

-Temos que matar aquele zabrak, antes que ele volte para terminar o serviço!

-É alguma brincadeira?! – Durron gargalhou – Ele é Darth Maul, o chefe de Dryden Vos, um Sith lendário! Somos meros mortais...

-Sozinhos nós realmente não iremos conseguir. – Pit olhou para o Chadra-Fan – Bi, seus amigos poderão nos ajudar?

O pequeno alienígena olhou para Carlos. Carlos olhou para o resto do esquadrão e respondeu:

-A Aliança para Restaurar a República não esta interessada nos conflitos pessoais de seus membros.

-É claro que eles não estão, Maul não é um problema para eles. – Lira estava tendo uma ideia – Mas ele é uma barreira para o Cartel Hutt!

-Até onde eu sei, o Cartel Hutt esta querendo nos matar também, Li! – Comentou, Ausar.

-Sim, por causa de Grakkus... – Ela continuou – Mas se fizermos amizade com outro Hutt, Jabba por exemplo, podemos nos unir para combater a Aurora Escarlate!

-Pode funcionar. – Pit se convenceu – Mas podemos acabar mortos.

-Não seria a primeira vez. – Durron retrucou.

Sem divergências, eles seguiriam o planejamento da dathomiriana. Todos do Esquadrão Aurora estavam sedentos por vingança. Queriam honrar a memória do colega morto.

Eles esperariam mais alguns dias antes de viajarem para Tatooine, um planeta desértico e árido dentro do Território Hutt. Quando o fizeram, pousaram o Barril perto do Palácio de Jabba. Dentro da nave, elaboraram quem iria ver o poderoso mafioso. Durron falou primeiro:

Ausar Durron: A Star Wars StoryOnde histórias criam vida. Descubra agora