Capítulo II: A Nova Ordem

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Durron e June, após um dia turbulento prendendo um importante traficante, andavam em meio a multidão nas ruas de Coruscant. A superfície do planeta urbano era muito barulhenta. Os bares sempre estavam lotados e as avenidas cheias. Estavam indo comer numa lanchonete, em comemoração ao que parecia ser o fim das Guerras Clônicas. Conde Dooku, até então líder do exército droide separatista, estava morto, e seu substituto, General Grivous, estava cercado pelo exército clone do 212º Batalhão de Ataque, comandados pelo tão famoso general Obi-Wan Kenobi.

Os dois iam comer um ensopado de lula corelliana. O ensopado em si era horrível, lulas corellianas não eram muito saborosas, e o ensopado era muito aguado, tendo alguns poucos legumes. De qualquer forma eles o comiam, era por conta da casa, comiam de graça. O dono, Ducho Calabim, muito simpático, era grande amigo de June; ela havia salvado sua vida no passado, por isso ele se sentia em grande dívida com a jedi.

Ao chegarem no restaurante, sentaram-se nos bancos que ficavam ao lado do balcão. Já conseguiam sentir o cheiro do ensopado a metros de distância. Diferente do gosto, o cheiro era maravilhoso. Ducho, que já esperava por eles, eram clientes frequentes e pontuais, havia deixado seus ensopados prontos. Pegou as tigelas e os copos, foi até o balcão, entregou-os a comida e cumprimentou-os:

-Um brinde... - Falou, Dacho - Em nome da paz!

Os dois pegaram seus copos e os três brindaram juntos. Os rumores de que a guerra estava perto do fim já haviam se espalhado por toda a capital, o que estava gerando comemorações precipitadas em todo lugar. O aumento dos impostos e da inflação descontrolada desde o início da guerra, além da recente invasão a Coruscant haviam deixado a população do planeta ansiosa pela paz.

Após o brinde, os dois continuaram conversando durante a refeição:

-Mestra... o que você acha que nós vamos fazer quando a guerra acabar?

-Bem... - Uma pausa se sucedeu, ela estava pensando numa resposta - Não podemos manter a República unida através da força militar, o Senado terá que dar mais atenção aos sistemas marginalizados e...

-Não estou falando disso, Mestra - Riu, o Padawan - Quero dizer em relação a nós... os jedi!

-Ah sim... - A cavaleira deu o último gole do caldo que havia sobrado no fundo da tigela - Ora, continuaremos a fazer o que sempre fizemos, Durron, proteger a paz e desmantelar cultos do lado negro.

-Sabe, acho que sentirei falta desses tempos...

-Você gosta de ação, né? Não se preocupe... quando tudo acabar, ainda teremos os Hutts.

Os dois, já terminados de comer, levantaram-se dos bancos, despediram-se de Calabim e voltaram a andar em meio às ruas, estas que já estavam vazias e silenciosas por causa das altas horas. Os únicos que ficavam nas ruas a essa hora eram os sem-teto, escondidos nas entranhas escuras e frias da cidade, invisíveis aos olhos da elite galáctica. June, no meio da caminhada, parou subitamente, pondo sua mão na testa. Estava sentindo uma forte dor de cabeça, algo de errado estava acontecendo. Ela podia sentir o lado sombrio tomar o seu corpo. Ausar, preocupado e assustado, perguntou:

-O que houve mestra?

-Um... um distúrbio na força...

Atrás deles, um pequeno grupo de clones da Guarda de Coruscant se aproximava. Após um deles avistar Ausar e June, ele grita, informando os companheiros:

-Ali! São os Jedi!

Os clones pegaram seus blasters e começaram a disparar sem aviso prévio. Os jedi, confusos com a ação dos clones, não poderiam ficar parados esperando serem mortos; pegaram seus sabres e começaram a se defender, refletindo os tiros. A jedi, receosa em matar seus camaradas de batalha, empregou a força para arremessar latas de lixo e outros objetos da rua contra eles, numa velocidade surpreendente. Um dos clones já havia pedido apoio aéreo antes de ser atordoado, em pouco tempo um Transporte de Assalto de Baixa Altitude (TABA) apareceu nos céus:

Ausar Durron: A Star Wars StoryOnde histórias criam vida. Descubra agora