• Livro 3 da Saga Chasing •
Após ter sido traída por quem menos esperava, Anna foi obrigada a tomar uma decisão. Entre um novo trabalho, novas oportunidades e novos rumos, fez o necessário para não se deixar consumir.
Mesmo com as marcas do passado...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Usar e ser usado.
Isso é o que faço de melhor. É o que sempre fiz e não vejo porque parar.
Bebi um pouco mais do que o que deveria. As minhas pernas mal conseguem aguentar o peso do meu corpo, quanto mais o peso do corpo que arrasto pela parede da casa de banho em investidas fortes e frustradas em busca de sentir alguma coisa.
Está a funcionar? Não como deveria. Assim como não funcionou com a Beatrice, eu deveria ter suspeitado que esta mulher cujo nem o nome sei também não iria ser suficiente.
Mas isso não me impede de continuar a tentar.
Seguro a sua cintura com mais força quando as suas pernas começam a tremer e apresso os meus movimentos, sentindo que ambos estamos perto.
E nesses breves momentos, finalmente sinto algum alívio. Não existem problemas, só prazer.
"Eu sabia que não estava errada em relação a ti." Extasiada, solta uma leve risada quando a coloco no chão e me afasto como se algum de nós tivesse uma doença contagiosa.
Recompondo-me, espero que se afaste e abro a porta, saindo sem dizer nada.
Não vim até aqui para conversar.
Passo a mão pelo cabelo e verifico o meu aspeto no espelho antes de deixar a casa de banho masculina.
Imediatamente tenho a atenção do Josh em mim, sentado ao balcão com a sua habitual expressão arrogante. Não sei há quanto tempo me espera mas foi ele quem se atrasou, então não tenho porque me desculpar.
Aproximo-me vendo a sua atenção desviar-se quando ela deixa a casa de banho logo de seguida sem se preocupar em parecer discreta em relação ao que acabou de acontecer.
Ele não parece feliz por estar aqui, assim como eu não estou.
A última coisa que quero ter que fazer é desculpar-me pelo meu comportamento mas se há algo em que ela está certa é o facto de que ele não tem nada haver com o problema que tenho com ela.
"Queres beber alguma coisa?" Sentado-me, observo descaradamente o estrago que fiz no seu rosto.
Não está tão mau como na altura desejei que ficasse.
"Não." Responde curto, deixando-me ler a desconfiança no seu olhar.
Chamo o barman e peço outro whisky enquanto penso muito bem nas minhas próximas palavras.
"Ouve, eu não vou andar com muitos rodeios. Eu estava fora de mim porque te vi em casa dela como te disse."
Ou presumo ter dito.
"Achei que descontar a minha raiva em ti iria ajudar de alguma forma. Pensei que talvez te pudesse assustar um pouco e que dessa forma irias manter a distância. Mas como disseste, não posso controlar a vida dela. Eu ainda não gosto de ti." Ergo o indicador, deixando bem claro que a minha opinião sobre ele não mudou. "Mas isso não é importante agora. Eu passei dos limites, não era o meu lugar para interferir no que quer que se passe entre vocês e queria pedir-te desculpa por ter-te colocado no meio de um problema que tenho com ela. Ou melhor, que tinha. Ela não merece nem mais um segundo do meu tempo."
