30. If I Could Fly

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- Eu não acredito que eu to fazendo isso. - Molina diz mordendo os lábios nervosa.

Ela olha para seu lado observando Luke, que dirigia com um sorrisinho no rosto. O guitarrista olha rapidamente para Julie antes de voltar a atenção para a estrada.

- Eles pegam um Uber... não se preocupe. - Patterson solta um longo suspiro, tentando disfarçar seu nervosismo. - Fico feliz que esteja aqui. Quer dizer, que tenha aceitado vir.

- Pra onde você está me levando? - Ela questiona curiosa.

- Logo você vai saber, petit. - Luke tenta conter o sorriso.

- Você tá feliz demais. - Observa a garota.

- É só que... - O guitarrista tinha medo do que falaria. Tinha certeza de seus sentimentos, mas não queria de forma alguma afastar a garota. Ele aperta o volante e dá mais uma olhada rápida pra Julie. - Eu realmente senti sua falta.

Julie não consegue evitar se derreter ao ouvir as palavras de Patterson. Seu coração dá uma pequena esquentada e ela tenta disfarçar que foi afetada, olhando pela janela do carro. Os dois continuam o caminho em um silêncio confortável, Molina sem perceber cantarolava Perfect Harmony, que estava presa em sua cabeça e que faz Luke abrir um sorrisinho. Após alguns minutos ele estaciona o carro e a cacheada abre um sorriso ao ver onde estavam.

- Praia? - Ela questiona e ele dá seu melhor sorriso.

- Você tinha comentado que não costumava vir à praia aqui em Los Angeles... - Ele diz.

- Você se lembra disso? - Molina fica surpresa.

- É claro que eu lembro. - Luke fala como se fosse óbvio. - Aquela noite foi especial.

Os dois têm uma troca de olhares que duraria muito mais, caso Patterson não se lembrasse para que havia levado ela lá. Os dois saem do carro, e Luke pega o violão no banco de trás.

- Não acredito que você pegou o violão do Reggie. - Julie observa enquanto os dois caminham em direção a areia.

- Bom, ele que foi tocar com o meu, nada mais justo. - O guitarrista fala rindo.

Ao chegar na areia, eles tiram os sapatos e caminham lado a lado para perto do mar. Molina sente a brisa em seu rosto fechando os olhos, era bom estar ali. Luke não consegue evitar de sorrir ao observar a garota, ela estava linda à luz do luar.

- Porque você tá me olhando desse jeito? - Ela diz rindo da expressão do garoto quando o pega a observando.

- É só que... - Luke dá um sorriso envergonhado. - Você tá muito bonita, petit.

Julie fica surpresa com o elogio e desvia o olhar do garoto, rindo sem graça.

- Você também não está nada mal, Patterson. - Ela diz observando o mar e dando uma pequena mordida em seu lábio inferior.

O guitarrista fica cheio de si após o elogio da menina, e se senta animadamente colocando o violão em seu colo, e começando a tocar algumas músicas aleatórias. Isso atrai a atenção de Julie que se senta a o seu lado.

- Sabe, Molina... - Luke começa a falar, ainda com o foco no violão. - A viagem pra São Francisco foi esclarecedora.

- Como assim? - Ela questiona o observando.

- Naquele dia, no palco. - Patterson tocava repetidamente as mesmas notas. - Quando cantamos juntos e quando eu vi você arrasando no palco, foi ali que eu percebi que estava apaixonado por você. - Julie ainda não havia se acostumado com a naturalidade que Luke dizia aquelas palavras, mas para ele, amar Julie era tão normal quanto respirar. - Mas eu percebi outra coisa naquele dia.

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