Capítulo 11° - "Eu te amo" Parte II;

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Esqueçam tudo o que se passou naquela bendita praia.

A palavra amor.

A ideia de eu estar apaixonada por aquele idiota.

Esqueçam até a maneira de como ele me tratou ou agiu na praia.

Eu juro, se eu tivesse uma arma atiraria na minha própria cabeça ou na cabeça do Dylan por estar me fazendo chorar a uma hora dessa da noite.

Olhávamos o sol se pondo. Era bonita aquela paisagem e aquele ambiente e, estar com uma pessoa que você "ama", era... hm... Estranho.

Ainda estou em certas dúvidas se realmente gostava ou amava Dylan, sei lá... Ele era um porre, idiota, grosso, imbecil, mas continuava sendo um gato mal amado. Já viram aquela tal de Elyse? Como ela poderia amar ele? Maior cara de dada. De que corria atrás de quem não valorizava ela.

Fechei os olhos por algum momento, minha vista já estava ardendo de tanto olhar o sol. Minha cabeça ainda estava apoiada na cabeça de Dylan, fazendo eu sorrir de cada cinco segundos.

- Vamos. - Dylan se levantou, fazendo quase eu cair de cara na areia. Se levantou e caminhou com passos apressados até o carro. Fiz a mesma ação, só que com um pouco mais de demora, pois tinha areia no meu sapato. Quando acabei de limpar a areia que ficou encroada no short, corri ao seu alcance. Tentei puxar seu ombro, mas nada adiantou, ele continou andando como se eu não estivesse vindo com ele.

- Ei. - Chamei ele mais uma vez antes de entrar no carro. - Dylan, o que houve? - Segurei seu braço com certa força, mas se ele quisesse poderia se soltar, visto que tinha mais força que eu.

- Nada. - Disse tão frio, que acho que nem a brisa que fazia voar meu cabelo era igual a dele.

Ele entrou no carro e eu fiz a mesma coisa logo à seguir. Não adiantaria nada tentar ter uma "conversa civilizada" com ele. Era tão cabeça dura que chegava a me dar nervos.

Encostei minha cabeça na janela do banco do passageiro. Senti o carro se movimentar. Não queria manter contato visual com Dylan. Ele foi tão grosso comigo que chegava a pensar se ele era bipolar.

Me deu um beijo na testa, me olhou tão intensamente que chegou a me dar arrepios e, no final, saiu batendo o pé igual criança de dez anos, por motivos que eu não sabia o porque.

A respiração dele estava tão pesada que eu achei que ia pesar o carro, mas era só coisa da minha imaginação. A minha estava ofegante, já que tive que apressar meus passos para tentar conversar com o idiota ou por causa de estar na presença dele.

O carro parou. Olhei para frente e estávamos no estacionamento do prédio. Não me atrevi a olhar para ele, magoou o jeito em que ele falou comigo.

- Ally.

- Allyssa para você. - Disse de um jeito que nem eu mesma reconheci a mim mesma.

- Desculpa.

- Tudo bem. - Saí do carro, batendo a porta com força logo em seguida.

Bati o pé, enquanto esperava o elevador, não queria pegar ele com o Dylan.

Ele logo chegou ao meu pé. Pedi para ele se calar senão quisesse seu pinto fora.

A porta do elevador se abriu e fechou quando entramos. Fiquei de braços cruzados, olhando reto para o espelho grande a nossa frente. Dylan também olhava. Nossos corpos estavam em uma distância razóavel, mas se fossemos ficar mais perto, formaríamos um

A Aposta - Volume 1 (revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora