Capítulo 34° - "Despedida" O final

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- Allyssa, anda. O vôo do Dylan já vai ser chamado. - Bette bateu na porta do banheiro mais uma vez, e eu suspirei mais uma vez para o meu reflexo que refletia no espelho. Uma pessoa igual à mim. Que fez coisas erradas igual à mim. Estranhava por Bette não está dizendo meu apelido. Ela, com certeza, deve estar puta comigo.

Abri a torneira e fiz uma concha com as mãos, colocando-as embaixo da água fria, jogando a mesma no meu rosto.

Fechei os olhos, tentando me acalmar, pois estaria vendo Dylan daqui há minutos.

Abri-os, sentindo-me mais nervosa que antes. Quando consegui parar de tremer, eu abri a porta do banheiro, vendo Bette com as sobrancelhas juntas, olhando para qualquer canto.

Ela levantou o olhar, após ouvir o barulho de gavetas. Procurava meu cordão da sorte. Okay, nunca acreditei que objetos ou pessoas davam sorte, só que agora era hora de acreditar e ir com tudo.

- O que está procurando? - Ela perguntou, me olhando com um ponto de interrogação na face.

- Meu cordão da sorte. - Minha voz saiu como um sussurro. Com os surtos dela, eu mal consegui raciocinar o que havia acontecido comigo durante essa semana. Me tranquei para as pessoas, sem ao menos deixá-las se aproximarem, sem ao menos querer um ombro amigo, que agora eu tinha certeza que eles agiam diferente comigo.

- Não acredito. - Ouvi ela dizer tão baixo que, quase não ouvi, como se dissesse para si mesma. - O cara da sua vida está indo para outro lugar, outra universidade, e você está aí, procurando a merda de um cordão da sorte, Allyssa? - Esbravejou, cuspindo as palavras na minha cara. Como se eu não soubesse que ele estava indo embora, depois do que eu tinha feito. Terminado tudo.

- Cala a boca, Elisabette. - Gritei, em sua direção, fazendo a mesma dar um pulinho pelo susto. - Você não precisa jogar isso na minha cara. Sei o que fiz, sei o que estou fazendo... Então não preciso que você me diga o que aconteceu. Da burrada que fiz. Agora não tem como voltar atrás. - Suspirei, sentando na cama, cansada disso. Cansada de tudo.

Ela pareceu não se abalar com minhas palavras, pois ela riu. Isso mesmo, ela riu. Levantei minha cabeça que estava abaixada, olhando-a com a pior careta na cara.

- Tudo bem. - Sorriu, me puxando para um abraço. - Não vou dizer que te entendo, porque não faço a mínima ideia do que você está passando, e espero que passe, quando você passar por aquela porta e ir de encontro com Dylan.

Sai às pressas de casa, afinal existia um cara que poderia estar pensando que eu não aparecesse para dizer à ele para não ir, mesmo sendo loucura demais eu mesma acreditar que eu não faria isso.

Graças à Bette. Pois se ela, eu deixaria ele ir embora, sem ao menos saber de nada.

Naquela manhã, tudo foi muito corrido. A tentativa de pegar um táxi, pois meu carro não queria pegar de jeito nenhum, e mesmo Bette dizendo que ligaria para Logan vim nós buscar, eu disse que demoraria muito e não valeria à pena tirá-lo do aconchego da casa de sua mãe, já que a mesma fazia aniversário hoje. Então, o que pude fazer, foi esperar por um táxi, junto à Bette, que me não parava de tagarelar. Aquilo começava a me irritar mais que o normal, mais que uma pessoa normal falando no meu ouvido. Bette conseguia ser irritante quando queria, ainda mais quando a pessoa não queria ouvir ela, e fazia o mínimo de esforço para só balançar a cabeça para o que ela dizia, e mesmo se aquela pessoa não desse muito interesse no assunto que ela, dificilmente, não para de falar, ela continuava. Deveria ser implicância, já que ela notava quando ninguém queria ouvi-lá. Tipo eu, estou quase chorando de ouvir ela falar da Lola que estava mantendo uma guerra entre seus sentimentos, sentimentos, que por acaso, se referiam a Jonas, e sobre sua viagem que seria amanhã, que só não está descansando, porque veio me ajudar a agarrar o "meu homem".

A Aposta - Volume 1 (revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora