Nanami e o Submundo.

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Nanami andava ao lado de Kurama e admirava cada loja demoníaca que havia naquela cidade tão iluminada, ela olhava pra cima e só o que via era um céu negro, e as barracas vendiam todos os tipos de coisas estranhas mas que já pertenceram a humanos, havia também mercado negro onde vendiam partes do corpo de seres humanos mortos, e fazia muito sucesso. Nanami olha para Kurama ao seu lado e com uma cara de nojo diz:

Nanami: Precisava mesmo desse disfarce? Estou morrendo de calor com todos esses mantos em cima de mim!
Kurama: Mas querida, esses mantos ajudam a tirar seu cheiro de humana, já que eles fedem como alguém que morreu.
Nanami: Isso é nojento! E você não se disfarçou por que?
Kurama: Nunca que eu iria me disfarçar, eu sou lindo então se aqueles caras aparecerem de novo eu os convenço de que você sumiu.
Nanami: Então você é bom de enrolar as pessoas?
Kurama: Isso, você aprende rápido lindinha.

Kurama puxa Nanami e os dois entram em uma loja pequena e um pouco velha, ele vai até o balcão e diz:

Kurama: Me vê duas daquela bebiba de sempre.
Demônio garçom: Já irei servi-lo.

Kurama puxa Nanami novamente e os dois se sentam em uma mesa ao canto da parede mais afastado, ela olha para ele e diz:

Nanami: Você veio aqui pra beber?
Kurama: Não é qualquer bebida, é o que vai manter eu e você vivos aqui em baixo.
Nanami: Certo já entendi que aqui é um lugar ruim, mas nós deixar vivos? Você não é Demônio?
Kurama: Digamos que sim e não, eu já fui um anjo, mas por desejo de ter o que os humanos tinham eu acabei caindo.
Nanami: Você é um anjo caído, nossa, isso é bem novo pra mim.
Kurama: Não fique pensando que vou ser bonzinho igual anjos não, eu sou mais cruel do que pareço, mas você é bonitinha então abri uma exceção.

O Demônio Garçom aparece com as duas bebidas e entrega para Nanami e Kurama, ele logo toma sua bebida mas Nanami ainda fica olhando para o copo com líquido estranho por dentro, Kurama então diz:

Kurama: Vamos minha flor não temos o dia todo, se não beber vai perder a vida aqui em baixo, esse ar daqui é tóxico e essa bebida ajuda a te deixar vivo e resistente.

Nanami então pega o copo e toma o líquido que desce queimando por sua garganta, ela dispara a tossir enquanto Kurama começa a rir.
Os dois voltam a caminhar pela cidade novamente, quando o chão começa a tremer, e gritos são ouvidos, Nanami e Kurama se olham e ele diz:

Kurama: Já faço ideia de quem é.
Nanami: Será?
Kurama: Vamos olhar.

Os dois correm até o local da explosão, e conseguem ver Tomoe em sua forma de raposa espíritual, ele luta contra guardas costas do rei Demônio. Nanami olha para Kurama e diz:

Nanami: Por que estão brigando com ele?
Kurama: O certo é vir pra cá com a esfera negra em sua mão, ele a perdeu então usou o jeito proibido para vir pra cá, que seria na forma espiritual dele, o rei Demônio proibiu isso.

Nanami vê Tomoe cercado por guardas e percebe que Tomoe não tem escapatória, sem pensar Nanami grita por Tomoe que a ouve, ela corre até ele e fica por baixo da grande raposa, Kurama corre pra tentar impedir ela mas acaba cercado pelo guardas também, Tomoe volta a sua forma humana e fica ao lado de Nanami ele segura o braço dela e diz:

Tomoe: Pelo menos você está a salvo.
Nanami: ....

Os três são amarrados e aprisionados, eles serão encaminhados a um tribunal de violação dos demônios, os três ficam presos em uma sela e Nanami se senta no chão enquanto começa a ouvir a reclamação de Kurama:

Kurama: Perfeito, isso vai arruinar a minha reputação com poucas meninas que tenho.
Tomoe: Você é nojento como sempre Kurama, o que está fazendo andando por aí com uma humana?
Kurama: Ah, então a raposa mal chega e já está me criticando? Saiba que se não fosse por mim essa menina teria morrido, ela foi doida por dizer seu nome em voz alta em uma boate demoníaca, e todos sabem o quanto você deve a eles pelas noites que teve.
Tomoe: Cale a boca!
Kurama: E você pensa que não notei! Você não iria perder tempo com uma mera humana, você só se importa com você mas essa menina é diferente eu senti.

Nanami se levanta de repente e diz:

Nanami: CHEGA! PAREM DE FALAR COMO SE EU NÃO ESTIVESSE AQUI!

Tomoe e Kurama se calam e começam a prestar a atenção em Nanami que diz:

Nanami: Tomoe! Que poder é esse que ele tanto fala?!

Tomoe logo fica de costa pra Nanami e diz:

Tomoe: Você mesma deveria saber o que está carregando dentro de você é o seu trabalho afinal.
Nanami: Que trabalho? Se esta falando sobre o de faxineira....

A conversa é interrompida quando Kurama dispara a rir e diz:

Kurama: Você fez ela de faxineira!? Você não presta!

Tomoe logo perde a paciência e segura o Kurama pela gola de sua blusa, ele está prestes a socar a cara do Kurama quando alguém de fora da sela os detém, eles passam a prestar a atenção na voz da cela ao lado da deles que diz:

??: Talvez se vocês não brigassem tanto, a pequena e frágil dama entenderia melhor os dois monstros ao lado dela.

Nanami é levada pela curiosidade e pergunta:

Nanami: Quem é você?

A voz no canto escuro da sela apenas diz:

???: Apenas um ser inferior a qualquer Demônio. Aproximese doce e frágil humana.

Nanami se levanta do chão e caminha até ficar colada a sela ao lado, Kurama e Tomoe se mantém quietos e atentos ao colega ao lado, mas ninguém consegue prever o movimento tão ágil do estranho, ele se aproxima de Nanami em um piscar de olhos e para a grande surpresa de Nanami, o estranho a segura pelo braço através das barras da sela e acaba roubando um beijo de Nanami que se surpreende e o empurra e se afasta, Tomoe e Kurama ficam com ódio, mas para o estranho isso não foi nada, ele olha para Nanami e diz:

???: Esse é o seu poder, a cada beijo de um Demônio você nos fortalece nos dando uma força espíritual maior, meu nome é Mizuki e eu sou um Demônio cobra, como tive sua ajuda agora posso nos tirar daqui e te manter a salvo, minha frágil humana é isso que você deseja?

Continua...

O Demônio Raposa e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora