Nosso filho

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Já fazia 1 mês que estava morando com os pasquarelli e eu me sentia uma verdadeira princesa.

Ele me tratavam super bem, de menos Ruggero que nem me olha.

Estava chegando do médico, hoje tinha ido sozinha a ultra, e por incrível que pareça descobri o sexo do meu bebê.

Abro a porta e vejo que estavam todos tomando café

Ana: Karol, minha linda e aí como foi?

Ela me pergunta sorrindo.

Karol: mágico como sempre e tenho novidades..

Olhei para o lado e vi ruggero com a cara mais feia do mundo para mim.

Miguel: não me diz que é o que eu tô pensando..

Karol: sim é isso mesmo- rio Alegre e ele me olha cheio de esperança.- mas acho melhor falar disso depois.

Ruggero: se for por minha causa eu não ligo , podem falar a vontade esse assunto de nada me interessa.

Meu olho deixa escapar uma lágrima que logo seco.

Ana: e aí Karol, vou ter um neto ou uma netinha?

Karol: Bom- pego uma foto da ultra de hoje e coloco na mesa- Ana, Miguel vocês sempre falaram que seria uma menino neh?

Os dois: sim

Karol: tem um príncipe aqui dentro dessa barriga enorme- digo sorrindo- vocês vão ter um netinho

Ana: meu Deus eu sabia- ela me abraça e Miguel faz o mesmo, eu chorava de emoção apenas.- agora já posso comprar algo para o meu netinho

Karol: sim- sorrio- inclusive já comprei uma coisa para ele hoje.

Tiro uma caixinha da bolsa com um lindo sapatinho azul. Ele tinha algumas nuvens bordadas em branco

Ana: é lindo Karol- ela sorria e Miguel olhava todo bobo, enquanto ruggero tinha um semblante desconhecido no rosto-  você já tem um nome em mente?

Karol: sim- ela me olha- quero que meu filho se chame Rodrigo.

Eles me olham chorando, Rodrigo era o irmão mais velho de ruggero, ele morreu em um acidente de trânsito quando rugg tinha 15 anos.

Eles sorriem

Ana: Ruggero meu filho, você vai ser pai de um menino- ela diz e vejo uma lágrima cair do olho de ruggero- Nosso Rodrigo.

Rugg me olha chorando.

Ruggero: como você é capaz em sua idiota?- todos o olham pasmo- você não vai daria nome do meu irmão a esse bebê. Você não vai desonrar o nome do meu irmão.

Ana: para ruggero.

Ruggero: não paro não! Ela é uma piranha mãe, esse filho não é meu, e ele não vai ter nem o nome do meu irmão nem o meu sobrenome.- eu já chorava só ouvir suas duras palavras- olha para você tão carente que aceitou vir aqui se humilhar para criar essa criança, foi por isso que ninguém nunca te quis pois você é uma qualquer, mal amada, feia que nunca vai ser nada na vida.

Miguel: cala a boca ruggero.

Eu estava me sentindo tão humilhada, Ana me segurava pois eu já não sentia mais o chão, ouvi alguns gritos de Miguel com ruggero,mas minhas lágrimas não me deixavam fazer nada.
Eu estava tendo tudo denovo, estava no meio de uma crise de Pânico.

Ana: Miguel, me ajuda- escuto as palavras de Ana, eu não sentia meu corpo mais.- pegar um copo d'água liga para um médico.

Ruggero: ataque de Pânico- me lembro do momento em que Karol me contou sobre isso, suas crises- ela tá tendo um ataque.

Ana: o que eu faço?

Ruggero: abraça ela, bem forte e chama um médico.

Depois de 30 minutos um médico chegou e cuidou de Karol em casa mesmo.
Ele perguntou o que tinha acontecido e disse que não poderia se repetir pois é algo prejudicial a gravidez.

Ana: tá feliz ruggero? Você é mesmo um irresponsável, você é pai desse bebê querendo ou não, e se você não vai assumir pelo menos não atrapalha, então agora você vai me respeitar e vai respeita a Karol- ela bufa- você é mais irresponsável do que eu imaginei.

Ruggero: eu não fiz de propósito mãe.

Ana: ah claro que não, imagina você falou aquelas palavras horríveis pra ela só por falar neh?- ela bufa- Meu filho por favor,olha pra ela- meu olhar para em Karol que estava com o olhar paralisado e lágrimas sobre os olhos.- Ela precisa de ajuda, ela está sozinha e com medo e nós somos a única coisa que ela tem.

Ruggero: diga por vocês- eu não queria falar isso mais não sei por que eu falei- Eu não sinto nada por ela mãe, da Karol eu quero distância, dela é desse bebê que eu nem sei quem é pai.

Saio do quarto e deixo uma lágrima cair.
O por que deu estar agindo assim? Não sei.
Talvez medo?
Karol não merece tudo isso, eu preciso tentar fazer algo por ela, mas o que?

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Ana: Karol, você está melhor meu anjo.

Eu só balanço a cabeça ainda deitada,meu corpo tremia. Por conta da gravidez o médico não pode me medicar, então tive que sentir o pânico passar aos poucos.

Karol: Ana- ela me olha- Me promete algo?

Ana: o que você quiser minha linda.

Karol: Se eu morrer, você promete cuidar do meu bebê?

Ana: Karol não fala isso, você está bem, está saudável e vai ter uma vida longa.

Karol: por favor Ana me promete isso?

Ana: Eu prometo tá bom?

Karol: me promete também, que ele vai estudar bastante, vai ter um bom emprego e que vai ser gentil com as garotas.

Ana: Ele vai ser um cavalheiro.- ela sorri pra mim e me sinto aliviada de alguma forma- Se você quiser tenho algo para te mostrar!

Ela estende sua mão e com muito custo eu me levanto e vou com ela.

Ana: disse ao Miguel que poderia ser precipitado, mas ele quis mesmo assim. Mas se você não gostar, podemos mudar!

Ela abre a porta de um quarto e vejo ele todo pintado em azul bebê.
Nas paredes haviam nuvens desenhadas e um lustre lindo sobre o teto.
O quarto estava vazio, mas já pude colocar cada móvel lá dentro só com um olhar.

Karol: eu amei Ana-Sorrio- tá tudo tão lindo

Ana: Miguel foi quem escolheu a cor e eu dei a ideia das nuvens, e se você quiser podemos comprar os móveis e enxoval o mais breve possível.

Karol: tô animada já pra isso- paro e penso- Acho que devo pensar em outro nome.

Ana: Eu amei a homenagem, Se for pelo ruggero nem ligue, eu não ando reconhecendo meu filho ultimamente.

Ela bufa alto e logo saímos de lá e eu vou pro meu quarto e tento ao máximo conseguir dormir.

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