Quando tudo da errado

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Agora estava no meu 6 mês de gestação. Andava exausta.
Meus pés só ficam inchados e sinto minha costas muito doloridas.

Já faz mais de meses que não vejo Ruggero, desde o dia do ataque de Pânico, ele tem me evitado, mal nos vemos, sempre no café da manhã eu chego e ele sai.

Agora estou aqui jogada no sofá vendo um filme qualquer me enchendo de pipoca e chocolate.

Eu ainda não conseguia sentir Rodrigo direito em minha barriga, Ana estava doida para sentir um chute do netinho, mas até o momento foi bem raro ele dar um chute.

Estava vendo TV e do nada sinto uma movimentação diferente dentro de mim e logo grito a Ana.
Mas pra minha surpresa quem descer é ruggero todo preocupado.

Ruggero: Karol você tá bem? Minha mãe saiu.

Karol: sim tô bem sim- paro para respirar um pouco e Rodrigo se mexe em ainda mais dentro de mim- e que sua mãe queria sentir o bebê mexer e bom podemos dizer que ele está meio que dançando dentro de mim agora.
Sorrio e ele também.
Vejo um semblante calmo em seu olhar, o semblante do ruggero que eu conheci quando estava tudo ruim.

Ruggero: posso sentir?- levanto uma sobrancelha- sempre quis sentir um bebê na barriga, mas sou filho único neh?

Karol: vem aqui- o chamo e ele se senta ao meu lado, pego sua mão com cuidado e coloco sobre meu ventre- fique com a mão leve.

Logo ele se mexe para ruggero que se assusta e arregalando os olhos.

Ruggero: Meu Deus, você deve tá muito incomodada agora neh?

Karol: é uma sensação boa, quando se tem alguém pra compartilhar fica melhor ainda.

Sorrio sem jeito e ele me olha, ainda com a mão no meu ventre.

Ruggero: Karol...- ele começa a falar e meu coração já treme- Eu não posso, não tenho certeza se esse bebê é meu.

Karol: Já não quero mais discutir isso com você ruggero, você sabe que é seu. Você me fez mulher, foi você quem me mostrou os prazeres da vida. Foi você que me levou a loucura naquele mesmo quarto em que você dorme. Você sabe que esse bebê é o resultado das nossas noites de amor juntos.,- Rugge já me encarava- Você sabe que eu sempre fui sua, mas não sei por que você tem medo de aceitar isso logo.

Ruggero: Ah Karol é tudo tão complicado, sabe eu poderia agora mesmo aceitar esse bebê, mas a verdade é que eu não quero, e eu não tenho certeza de que ele é meu.

Karol: Eu e meu bebê vamos ficar o mais longe de você, pode deixar.- eu já estava destruída novamente- eu prometo ruggero, que ele jamais vai saber que tem pai.

Ruggero: como assim?

Karol: Exatamente isso, eu não quero que meu bebê tenha um pai, eu não vou te obrigar a fazer um teste de DNA.

Ruggero: Karol, mas eu pensei...

Karol: pensou errado, afinal eu nunca quis isso. Só ia fazer pelos seus pais, mas apartir de agora, o meu bebê só vai ter mãe, e no documento dele vai ter uma linha vazia no espaço de paternidade.

Ruggero: você não pode fazer isso.

Karol: Não só posso como vou.- eu já chorava, que droga esses hormônios- agora me da licença que eu estou exausta dessa conversa.

Eu estava furioso, não sabia por que, logo sai para uma balada qualquer.

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Era madrugada, Eu e Ana tínhamos conversado muito no jantar e rimos também sobre assuntos de maternidade ( papos que tenho amado nessa etapa)
São exatamente 1:47 da manhã e eu estou com uma baita insônia, então logo levanto e busco um copo de água, e ao subir vejo uma cena que me dá um enjôo.
Ruggero beijava uma garota e arrancava suas roupas na porta do seu quarto ( era do lado do meu)

Karol: rugg...- sussurrei pra mim e ele entrou com ela em seu quarto.

Eu logo corri para o meu, mas comecei a ouvir barulhos da cama batendo contra a parede e os gritos dela começaram a se fazer presente, assim como minha lágrimas.

Eu estava péssima, meu coração estava doendo e a única coisa que consegui fazer foi ir ao banheiro e pegar uma navalha.
Já fazia anos que eu não fazia isso, eu havia parado, mas hoje sem perceber eu fiz.
Meus braços estavam com cortes leves.

Eu chorei por isso, não queria ter feito isso, mas eu fiz.

Logo me lavei e vesti um moletom quente e peguei uma coberta e fui direto para o quarto de Rodrigo que era do lado do meu.
Os barulhos por lá era mais leves, mas eu ainda ouvia a voz da vaca que estava com ele.

Eu chorei muito durante toda noite encolhida no tapete do Chão do meu filho, vi o sol nascer mas logo tudo se fez preto.

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Acordo tonta e confusa estava no hospital, como vim parar aqui? É por que?

Ana: Karol...

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