Jantar das lágrimas

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Oito meses de gestação, estava exausta. Amanhã já início o nono mês e sinceramente me sinto uma vaca. Nunca me senti tão inchada e pesada na vida.
Lucas tem me ajudado no que pode, ele é mais do que um anjo na minha vida

Ele reduziu seus plantões para ficar mais perto de mim, hoje a noite Ana nos convidou para um jantar em família, e inclusive Ruggero que agora está noivo iria estar lá.

Estamos agora na porta da casa de Ana, confiro meu vestido mais de 9 vezes e Lucas vê minha ansiedade no olhar.

Lucas: Calma princesa, você tá linda e vai dá tudo certo.

Karol: faz mais de 3 meses que não vejo ele Lucas, e se ele me ofender ou se eu sentir vontade de chorar?

Lucas: eu vou estar com você, é só você me abraçar que eu prometo que tudo vai passar.

Sorrimos um para o outro e selamos nossos lábios com um beijo.

Como eu queria que esse bebê fosse do Lucas, tudo teria sido tão fácil e calmo.

Logo batemos na porta e Ana sorria largamente para mim e vem me abraçar.

Ana: Minha filha como você está linda- ela sorri- e está com uma carinha de cansada.

Karol- esse último trimestre está se arrastando, estou exausta mesmo.

Ana: Lucas, acho que não está cuidando bem da minha menina hein?

Lucas: Eu juro que cuido, mas essa sua menina é bem teimosa também.

Miguel: Karol que saudade- ele vem e me abraça- e meu neto como está?

Karol: bem mas me cansando muito-  mesmo após Lucas querer assumir meu bebê, não consigo tirar o cargo de avós de Ana e Miguel e por isso eles sempre vão ser família do meu filho.

Logo Ruggero chega sozinho a sala.

Ruggero: Karol...

Eu olho pra ele e sinto meu coração se apertar e tudo que senti aí ver ele era tristeza.
Uma grande e imensa tristeza.

Karol: Olá Ruggero.

Ele sorri e logo eu abaixo o olhar e Lucas pega firme em minha mão me passando toda a confiança que eu precisava.

Ana: então vamos nos sentar? Conversar um pouco até que o jantar fique pronto?

Ruggero: mãe será que você se importaria, quero falar com a Karol, em particular.

Ana me olha e eu apenas confirmo com o olhar.

Ana: não me incomoda nada, Lucas que tal você ir com o Miguel até a adega e escolher um vinho? Karol me disse que você tem um ótimo gosto.

Lucas: claro- ele sorri pra mim e sussurra no meu ouvido- independente do que vocês fizerem ou falarem, saiba que eu vou estar sempre do seu lado e principalmente que eu te amo.

Sorrio com o que ele me diz e logo vou até o jardim com Ruggero.

Karol: então, o que você tanto quer comigo?

Ruggero: eu não sei como falar isso Karol... Como você tá está?

Karol: é isso que é tão difícil de ser dito? Ruggero eu tô bem fala logo o que você quer de mim.

Ruggero: Karol eu sinto muito por tudo que eu te fiz, por ter sido um completo idiota.
Por ter te deixando na hora mais difícil possível e principalmente por ter negado o nosso filho.

Eu não sabia o que pensar, estava a tanto tempo esperando essas palavras saírem da boca dele.
Nosso filho.

Karol: Ruggero...
Ele não me deixa falar.

Ruggero: Karol eu quero que você me perdoe, sei que já seguiu sua vida e principalmente que já me esqueceu- ahh ruggero como eu queria ter te esquecido- mas eu quero assumir a minha responsabilidade. - ele não iria falar isso iria?- eu quero e vou assumir seu filho Karol, eu quero ser pai.

Karol: o que?

Eu disse baixo perplexa. Agora ele do nada quer ser pai? Agora ele quer assumir o bebê que no início ele nem acreditava ser dele.

Karol: e quem te disse que esse filho é seu? - ele me olha pasmo- não foi você mesmo que disse que esse bebê poderia ser filho de qualquer um?

Ruggero: Karol eu sei que ele é meu filho. Você não é dessas que sai por aí com qualquer um, você é uma moça pura e inocente.

Karol: e se eu não for hein? E seu eu for como você disse, rodada e se esse bebê não for seu? E eu te afirmo que não é.

Ruggero: para Karol, esse bebê é meu. Você só está assim pois não me quer de volta na sua vida.

Karol: é exatamente isso ruggero, não quero você nem perto de mim nem do meu bebê. Meu filho não merece um pai como você!

Ruggero: mas eu tenho meus direitos.

Karol: você perdeu qualquer direito no dia em que me humilhou, no dia em que me abandonou ruggero.- ele me olhava- Você agiu feito um muleque, me deixou na iria que mais precisava de você, e quando seus pais me ajudaram você fez da minha vida um inferno. Quase perdi meu bebê por sua causa, e se não fosse o Lucas eu acho que nem eu nem meu bebê estaríamos aqui.- ele tinha lágrimas nós olhos- o Lucas é o pai do meu bebê.

Ruggero: jamais vou permitir isso.

Karol: faz o que você quiser ruggero, mas na certidão do meu filho não vai ter o seu nome.

Eu saio andando mas ele me puxa me colando a ele.
Golpe baixo neh?

Ruggero: larga esse cara Karol, fica comigo, me diz que você ainda não pensa em mim, na gente. Me diz que você nunca fantasiou uma família comigo.
Nós podemos juntos da a família que o Rodrigo merece.

Karol: Eu posso mesmo da a família que ele merece, já você iria fazer como sempre, só atrapalhar e causar tristeza.- eu já chorava sem nem sentir as lágrimas- ainda faltam alguns dias pro meu bebê nascer, até lá podemos ver o que fazemos.

Saio e deixo ruggero lá aos prantos assim como eu mesma que chorava sem saber o porquê.

Esse jantar que era para ser uma reunião alegre e levemente constrangedora acabou virando um prato de lágrimas.

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