Capítulo X - Às vezes, o que começa mal...

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CAPÍTULO X — Às vezes, o que começa mal

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CAPÍTULO X — Às vezes, o que começa mal...


Condado de Oxford, Inglaterra.

Município de Pinewood.

04/06 - Quinta-feira.

23:45 P.M.


Alevi era contra rivalidades de qualquer natureza. Ingenuamente, torcia para que os Jogos funcionassem como porta de entrada para uma possível reconciliação entre o Instituto Ólympus e Pinewood High School. Afinal, não conhecia o motivo pelo qual os colégios se odiavam tanto, o que fazia todas as farpas trocadas soarem mais confusas e desnecessárias ainda. Esperava que até o fim do verão aquele clima pesado se esvaísse, e jamais precisasse lidar com uma atmosfera desagradável como aquela novamente.

Era tarde da noite, e seu colega de quarto já dormia. Portanto, no escuro e evitando fazer barulho, escolheu algo simples para vestir. A cada segundo, o aumentava calor juvenil de que estava prestes a quebrar uma série de regras do internato para se divertir com seus amigos. Finalmente, teria a chance de explorar a floresta, a qual admirou por tantos anos. Ansioso, foi até a sacada do dormitório, sentindo a brisa de verão soprar-lhe o rosto.

O combinado era de que encontraria Thomas no jardim dali alguns minutos, para seguirem até o lago. Antes disso, primeiro, tinha de bolar uma forma de deixar seu quarto, sem usar a porta de entrada. O cômodo ficava no segundo andar do Instituto, então saltar pela janela não era uma opção. Olhou em volta e suspirou, com dificuldade em imaginar maneiras de chegar até o solo. Sem querer, distraiu-se com a lua cheia, muito bonita, pairando no céu limpo. Primeiro, fez uma nota mental de que precisava pintá-la um dia desses. Depois, Green protagonizou seus devaneios.

"Poucas coisas são tão bonitas assim, que me fazem lembrar de você." — Recordou dele dizendo, no topo do carvalho. Agora, observando o luar, entendeu o que significava. Diante da visão tão bela, também pensou no melhor amigo. Caiu em si, como poucas vezes fazia, para o quanto gostava dos carinhos que trocavam. Não sabia como definir seu relacionamento com Thomas, só sentia que a relação fazia sentido, de alguma forma. Que estar com ele, era certo.

Sua distração foi interrompida quando, como se seus pensamentos se materializassem, ouviu uma voz familiar:


—Ei, Levi! — Thomas apareceu, logo abaixo da sacada. 


Alevi apoiou-se no parapeito, inclinando o corpo para frente. Ao deparar-se com o melhor amigo, abriu um sorriso de orelha à orelha, extasiado.


—Oi, Tom! — Falou, feliz por vê-lo. —O que está fazendo aqui? Pensei que fosse te encontrar no jardim!

High - Embriaguez Inerente.Onde histórias criam vida. Descubra agora