Capítulo VII - A Origem.

86 33 20
                                    

CAPÍTULO VII — A ORIGEM

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


CAPÍTULO VII — A ORIGEM.

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar." 

                                                                                                     — Nelson Mandela.


O lugar em que nasceu o município de Pinewood, nome cuja tradução pode ser lida como "Pinhal", costumava ser uma imensa floresta de pinheiros. Contratados para extrair madeira, a enviando ao litoral para grandes companhias, algumas centenas de trabalhadores, com suas respectivas famílias, povoaram o lugar. Formaram um vilarejo, que evoluiu e se modernizou.

O extrativismo se encerrou, e uma parte da floresta foi poupada, intacta, cercando os limites da cidade. Sua população permaneceu ali, mesmo sem os empregos anteriores, começando uma economia local que, embora pequena e um tanto frágil, funcionava bem para todos. Fundaram uma escola, onde todas as crianças e jovens do lugar recebiam educação gratuita. Após algumas décadas, a instituição se repartiu em duas, segregando educação infantil e colegial. Dois novos prédios foram construídos, em lugares distintos do município.

O centro educacional voltado para adolescentes recebeu a atenção e financiamento necessários para se estruturar adequadamente. Foi equipado com biblioteca, quadra esportiva e laboratórios, além de todo tipo de elemento necessário para o fornecimento de boa educação aos alunos. Sua localização era perfeita: próxima aos bairros residenciais (de forma que todos os jovens se deslocassem até lá a pé sem demasiado esforço), em uma parte mais alta do bairro (que, além de proporcionar a vista mais bela da cidade, também evitava qualquer tipo de inundação ou problemas em épocas de chuva), e ainda com um solo resistente, fértil, que aguentou a construção de um prédio daquela magnitude e ainda possibilitou que diversas árvores fossem plantadas ali. O lugar foi nomeado como Pinewood High School.

A cidade se desenvolvia bem, em um ritmo lento, mas equilibrado. A desigualdade social era notada, como em todos os lugares onde impera um sistema capitalista, mas de forma leve: mesmo com alguns mais abastados, nenhum cidadão passava fome, ou não tinha onde morar. Todos conseguiam se sustentar adequadamente, e por conta do PHS (Pinewood High School) muitos filhos de pessoas humildes estudavam, e ascendiam socialmente. Por esse motivo, a prefeitura investia recursos inesgotáveis no colégio, fornecendo material e apoio financeiro para que professores e coordenadores atuassem com excelência.

Então, Arthur Megalos chegou à cidade. Um milionário inglês, explorando seu país em busca do local mais adequado para realizar aquilo que chamava de "seu maior sonho, e propósito de vida": inaugurar um internato de prestígio. Arthur falava muito sobre "disseminar as belezas da educação", mas sempre com um porém, "para aqueles que pudessem pagar por isso". Ele possuía profunda admiração pelo saber, mas também tinha incalculáveis interesses monetários. Quando encontrou Pinewood, sentiu-se encantado por diversos motivos. A floresta magnífica lhe encheu os olhos, o povo receptivo e curioso com sua chegada cativou-o, e, principalmente, o prefeito facilmente corruptível logo de cara se mostrou a pessoa perfeita para firmar acordos, e encher seus bolsos insaciáveis.

High - Embriaguez Inerente.Onde histórias criam vida. Descubra agora