20› 𝐕𝐚𝐦𝐨𝐬?

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-Você vai mesmo passar o Natal com seu pai? -Os meninos já haviam ido embora, após passarmos o dia inteiro todos juntos, agora estava acomodando minha mãe no quarto de hóspedes.

-Vou sim, sinto muita saudade dele acho que devo isso a ele após tanto tempo longe de casa.

-Hum.

-O que foi mãe? -Suspirei em frustração. -Sabe que eu fui visitar a senhora em todas às datas importantes que eu pude, não é?

-Eu sei querida, mas é difícil ter minha filha única morando tão longe, e ainda ter que dividi-la com outra pessoa.

Diferente de muitas pessoas eu consegui lidar bem com a separação dos meus pais, os meus pais foram os que não conseguiram lidar, por um tempo minha mãe achou que tudo bem morar com meu pai aqui nos Estados Unidos, ela achava que seriam bom para o meu futuro, só não contava com a distância significativa que havia entre nós, principalmente quando meu pai entrou com o pedido da minha guarda definitivamente, e por ele ter um melhor estabilidade e já está constituindo uma nova família, era óbvio que eu iria ficar com ele segundo a justiça.

-Eu prometo que irei visitar a senhora ano que vem, ok? Não se preocupe. -A abracei forte, mesmo tendo nossas diferenças ela ainda é a minha mãe, e sempre esteve aqui por mim.

______
No dia seguinte ela precisaria ir para Londres, e logo depois voltar para o Brasil uma viagem realmente rápida, eu e Marcel a levamos para o aeroporto.

Nos auto falantes já anunciavam a última chamada para o vôo.

-Se cuida minha florzinha, você está tão bonita! -Passava a mão pelo meu rosto observando cada detalhe. -Isso faz bem pra qualquer mulher.

-Isso o que? -Não entendi ao que ele se referiu, ela sorriu parecendo uma criança quando está aprontando alguma travessura.

-Logo você vai entender, eu também era assim. -Olhei pra Marcel que estava tão confuso quanto eu.

Nos despedimos, e a vi o seu avião decolar.

-O que há com sua mãe?

-Eu não sei, não faço ideia do que ela está falando. -Dei ombros e seguimos até o estacionamento, Marcel parecia querer decifrar o enigma que a minha mãe deixou no ar.

-Você já se sente melhor não é?

-Hunrum, vou descansar agora. -Me espreguiço no banco do carro, Marcel da uma risada maléfica.

-Tenho plano melhores pra você -Ele está com aquela cara de vilão da Marvel, não gosto disso.

-Marcel...

-Você vai sair com o Dylan amanhã, esteja ciente disso, e depois de amanhã também.

-Ok...Posso saber o porque?

-Da última vez que você ficou alguns dias descansando, você ficou deprimida, Mandy você estava emanando energia negativa, agora você vai sair com um cara lindo, vai se divertir, dar risada e vai voltar a ser a Mandy que todos conhecem, não aguento mais ver você assim amiga. -Marcel dizia sério olhando para a estrada.

-Ah Marcel! -Pulo nele o abraçando.

-SAÍ MALUCA EU TÔ DIRIGINDO! -Começo a rir da sua cara.

-Você tem razão... Preciso me renovar com boas coisas, mas por que o Dylan? Podia ser você, né? -O clima ainda é estranho entre mim e o Dylan não sei explicar, é complicado.

-Está rejeitando aquele gato, que é caidinho por você? Realmente Mandy, você não está bem. -Ele balança cabeça em negação.

Assim que Marcel me deixa em frente ao meu prédio, vou em direção ao meu andar, o mesmo do Dylan, paro em frente ao seu apartamento, pensando se deveria ou não bater em sua porta e chamá-lo pra sair.

𝙎𝙏𝘼𝙉 | 𝐒𝐞𝐛𝐚𝐬𝐭𝐢𝐚𝐧 𝐒. (Concluída e em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora