𝙎𝙏𝘼𝙉 | 𝐒𝐞𝐛𝐚𝐬𝐭𝐢𝐚𝐧 𝐒. (Concluída e em revisão)

38 》rage cell

-Vamos terminar.

É como se essa frase estivesse ecoando por toda sala, preenchendo todos os espaços, depois de retular em encarar Dylan nos olhos, assim que fiz isso me arrependi na mesma hora, ele estava com sua feição surpresa e com os olhos prestes a ficarem marejados.

Mas uma cena dolorosa de se ver.

-Eu gostaria de ter sido melhor pra você, me desculpa. -Eu peço.

-Não! Não Mandy! Não! Você sempre foi perfeita! pra mim você é perfeita pra mim! Eu te amo não vamos acabar assim! Por que isso de repente? O que ouve? Eu posso mudar e ser melhor....

-Dylan...-Seguro seu rosto, fazendo-o para com sua agitação.
-Eu não te amo. -Sinto meus olhos se encherem assim que o vejo derramar uma lágrima, ele balança sua cabeça em negação.

-Não não não...você gosta de mim e isso já o suficiente, Mandy. -Dessa vez sou a fazer o gesto de negação.

-Não é...Não pode ser, um relacionamento precisa ter no mínimo reciprocidade Dylan, eu tentei durante esse tempo mas eu não posso continuar, não enquanto eu ainda estou presa a outra pessoa, eu não posso te usar dessa maneira, por isso é melhor pararmos por aqui, encerrar nosso ciclo e...

-É tudo por causa daquele desgraçado não é? -Ele diz e agora posso ver a raiva transparecer em sua face.

-Dylan...-Retiro minhas mãos de seu rosto.

-É tudo culpa daquele desgraçado do Stan! -Ele grita exaltado, se levantando. -Quanto tempo eu passei sendo um namorado dedicado e amoroso pra você continuar apaixonada por aquele idiota! Logo agora...
-Ele passa às mãos pelo cabelo, ele estava irado e eu consigo entender a sua frustração agora.
-Você tem noção em?! -Ele grita novamente e me encolho um pouco pelo susto que o auto volume da sua voz me provoco. -Você tem noção? Eu aceitei ficar com você mesmo sabendo que gostava daquele pateta, suportei até mesmo sua deslealdade pra no final você me chutar dessa maneira.

Eu estou completamente atônita não esperva essa virada de mesa assim do nada na discussão, ele já não estava mais chorando e implorando por uma reconciliação, ele estava irritado, gritando comigo e até mesmo falando do Sebastian, algo que eu nunca havia presenciado antes, eu não conseguia proferir nenhuma palavra ou bolar frases a não ser:

-Que merda é essa? -Falei quase em um sussurro pensando comigo mesma, vendo Dylan andar de um lado para o outro na sala com às mãos na cintura tentando controlar a respiração.

-Vamos reconsiderar ok..? -Ele para na minha frente, o olho totalmente desacreditada.

-O que? Depois desse show todo? Eu nem sei por que começamos com isso tudo, não tem por que colocar a culpa em terceiros você quis tentar algo mesmo sabendo que eu estava apaixonada por outro, dizendo que não se importava, agora se comporta dessa maneira?
-Pergunto ainda incrédula.

-Me perdoa por isso, eu simplesmente explodi...-Ele se agacha perto de mim segurando minhas mãos.

-Não Dylan, saía da minha casa por favor você está em uma pilha de nervosos, você acabou de gritar comigo como um louco, e espera que eu reconsidere?! -Falo sentido meu rosto queimar pela tamanha raiva do que estava acontecendo diante dos meus olhos.

-Mandy...

-Saía agora!

Mesmo com um olhar de relutânciaele se retirou, só depois que ele saiu eu consegui respirar aliviada, na verdade vê-lo bravo daquela maneira me deixou com medo, nunca pensei que ele poderia reagir dessa maneira.

Ouço meu celular tocar e dessa vez é Marcel, atendo ainda tentado controlar a minha respiração que estava descompensada.

-Mandy, como você está? -Ele pergunta assim que eu atendo.

-Bem, eu estou...bem e...-Falo e vou andando até a janela vendo Dylan na rua chutando o pneu do próprio carro logo depois colocando às mãos na cintura como um surtado, olhando na minha direção e logo depois entrando no carro.

-Mandy? Tá aí ainda? Oi...

-Ah sim, estou e a...eu terminei com o Dylan.

-O que?! -Ele quase grita. -Conta essa história direito.

Falo sobre todo o ocorrido e tudo o que me fez tomar essa decisão, também falei sobre o surto que Dylan teve.

-Surtar às vezes é compreensível mas nessa situação ele extrapolou um pouco...que maluco, e você tá sozinha em casa Mandy? Sabe lá o que ele poderia ser capaz de fazer.

-Ah Marcel eu não acho que seja pra tanto, não acredito que ele faria algo assim.
-Confesso, indo em direção a cozinha pegando uma garrafinha de suco.

-Você confia demais isso sim, nunca se sabe, ainda mais dele que sempre foi tão doce com você do nada ter esse tipo de comportamento.
-Marcel diz e eu sei que ele tem razão.

-Pois é, eu também conversei com a Judy e falei sobre a pausa na carreira.

-Eu sei, ela fez questão de me ligar às 00:30 para me informar. -Posso jurar que ele está revirando os olhos agora. -De qualquer forma você já estava precisando de um ano sabático mesmo, sua agenda estava uma loucura.

-Ah com certeza, eu preciso de algum tempo. -Me jogo no sofá, e abro a garrafa com suco, bebendo alguns goles e deixando na mesinha de centro.

-Você já conversou com o Sebastian?

-Não.

-E nem pretende?

-Não.

-Mandy....-Marcel fala meu nome em um tom de me advertir. -Ele precisa saber de tudo e você também precisa saber de algo...

-O que?

-Ele descobriu sobre a Ashely, ela não teria como levar a mentira a frente.

-Sério? -Sinto meu coração apertar só de pensar em como tudo acabou acontecendo.

-Fiquei sabendo que foi um barraco daqueles e a Ashley foi embora das Maldivas, e o Sebastian vai terminar às gravações do programa. -Marcel suspira do outro lado.

-Marcel, por algum acaso você falou sobre o Sebastian ser o pai do bebê para a Judy? -Fiz a pergunta para Marcel, que estava matutando em minha mente, só poderia ter sido afinal é o único próximo a Judy que estava ciente.

-Não, eu não disse nada ela apenas me ligou e me metralhou de reclamações, nada sobre o Sebastian...então ela sabia?! Que estanho...

-Sim, se não foi você, ela realmente é boa em deduzir às coisas. -Dou de ombros deixando o assunto pra lá.

Marcel e eu continuamos a conversar por telefone, o mesmo disse que viria me fazer companhia ainda essa semana, e ainda falou sobre investigar os acontecimentos estranhos, não dei bola por que sei o quanto desconfiado e questionador ele é com tudo.

Estou dando início a um ano sabático, quero me libertar e me reencontrar durante esse tempo, e conseguir digerir tudo isso.

É o início de uma nova fase.