Capítulo 6: PROVOCAÇÕES

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Lisa Narrando

3 semanas haviam se passado, eu não estou conversando muito com o Marcos, porque toda vez que ele me vê, ele foge, igual diabo da cruz.
Sinceramente, não sei o que ele quer, porque uma hora ele me olha com desejo e outra hora vira a cara pra mim.

A relação entre Marcos e minha mãe não estava das melhores, mas eu nem me intrometia, não era da minha conta, só sei que eles brigavam 24h por dia.

Nessas últimas semanas Marcos nem ligou de me deixar sair e eu saí e aproveitei muito com a Gabi. Conheci um super gato que estava caidinho por mim e mesmo assim continuava pensando somente no Marcos, já não sabia mais o que fazer para controlar a situação.

Hoje é sexta feira, acordei um pouco tarde e com dor de cabeça de ressaca, pois ontem sai com a Gabi e depois da festa viemos para a casa dela fazer um after já que a mãe dela havia liberado.

Assim que tomamos o café da manhã juntas, me despedi de Gabi e fui para casa. Havia recebido uma mensagem da minha mãe dizendo pra eu pegar um papel na gaveta de seu quarto, tirar uma foto e lhe enviar, pois ela precisava das informações que estavam no mesmo e como ela estava trabalhado eu teria que fazer esse favor.

Ela até tentou pedir para Marcos, mas ele não atendia o celular e provavelmente havia saído de casa para ir na empresa. Por mais que ele tentasse fazer tudo em home office, ainda lhe surgiam problemas que só podiam ser resolvidos pessoalmente.

Cheguei em casa, escovei os dentes, tomei um banho rápido, e coloquei uma camisola e um robe comportado pra ficar em casa.
Assim que sai do banheiro, fui direto pro quarto da minha mãe, pegar o tal papel que ela precisava.
Entrei no quarto com tudo, sem bater...

— Ai meu Deus! Me desculpa Marcos!!! - disse tampando os olhos.

Eu não conseguia acreditar no que estava vendo, eu estava chocada com a situação.
Quando entrei no quarto vi Marcos se masturbando, e o pior de tudo é que no quarto da minha mãe a parede atrás da cabeceira da cama era toda espelhada e no reflexo eu consegui ver que ele estava assistindo um vídeo  meu dançando funk na festa do dia anterior que a Gabi havia gravado e postado no stories do seu Instagram.

Era esse vídeo e não tinha como não ser, pois na hora do susto ele soltou seu celular que continuou reproduzindo o vídeo, onde pude reconhecer o áudio no fundo.

— Você não sabe bater na porta antes de entrar não? - perguntou enfurecido, puxando a cueca e a bermuda rapidamente.

— Me perdoa Marcos, mas é que minha mãe disse que você não estaria em casa. - disse destampando os olhos. — Eu só preciso pegar um papel que está aqui na gaveta.

Peguei o papel e sai correndo, eu estava muito envergonhada e também estava eufórica. Não acredito que ele sente esse desejo por mim também e era muito bom ficar sabendo disso, porque agora sim ele teria que me aguentar...

Sabia que era errado, mas o jeito que Marcos me olhava com desejo me derretia inteirinha. E eu só pensava em tê-lo, mas sabia que seria difícil, já que ele se mostrou sempre ser um homem bem reservado, mas eu iria conseguir o que queria, afinal eu sou bem persistente.

[...]

O dia anterior passou voando e depois daquela situação ainda não encontrei com Marcos dentro da casa, pois até agora ele não saiu do quarto, mas uma hora ou outra ele teria que sair.

Já eram 12:00h e minha mãe entrou em meu quarto pra avisar que iria viajar a trabalho, mas que segunda à noite já estaria em casa e isso era ótimo, afinal eu iria ficar sozinha no fim de semana com o gostoso do Marcos e não teria momento melhor pra tentar conseguir o que quero.

Já era tarde da noite quando escuto Marcos abrir a porta do quarto.
Eu estava deitada no sofá, pronta pra colocar meu plano em ação. Como estava de baby doll bem curtinho, eu me virei de costas, empinei bem o bumbum e fingi estar dormindo.

— Essa garota vai me matar - resmungou.

Logo senti os braços do Marcos envolverem meu corpo me pegando no colo.

— Pra onde esta me levando? - fingi estar sonolenta e confusa.

— Pro quarto. - respondeu subindo as escadas comigo no colo.

— Pro seu quarto?

— Não Lisa, estou te levando pro seu quarto.

Marcos me colocou na cama e eu fingi estar em um sono bem pesado, mas é claro que abri um pouquinho dos olhos, só pra ver ele me olhando de cima a baixo com aquele olhar de quem queria me pegar aqui e agora, mas não sei porque ele tem tanto medo, afinal só se vive uma vez.

[...]

As provocações duraram semanas e nada do Marcos vir pra cima de mim.

Eu fiz tudo que podia, coisas do tipo, colocar um biquíni pequenininho e ir pra piscina, pedir ele pra passar protetor solar em mim. Fingir ser pega de supresa andando só de calcinha e sutiã e outras coisas mais.

Marcos era muito controlador, mas dava pra ver que ele já estava quase cedendo, afinal não aguentava mais segurar e conter o fogo.

Como minha mãe estava trabalhando no período da noite, eu resolvi provocar Marcos um pouquinho, afinal eu precisava dele, mas não podia me jogar igual uma louca em seus braços e dizer "me come" então eu estava tentado provocá-lo pra ver se ele tomava alguma atitude, mas eu já estava ficando impaciente com a demora.

Tomei um banho, passei um perfume bem cheiroso e coloquei uma lingerie simples, toda branca pra não dar na cara o que eu estava tramando.

Deixei a porta do meu quarto bem aberta e dormi, só que dessa vez realmente dormi.

[...]

Acordei de manhã e a porta ainda estava aberta.
Mais um dia sem sucesso no meu plano. — pensei.

Me apaixonei pelo meu padrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora