Lisa Narrando
Acordei tarde no domingo, eu estava com os olhos inchados de tanto chorar. Já não aguentava mais ter flashback do Marcos me chamando de puta.
Eu estava triste, magoada, decepcionada e me sentindo muito mal.
Eram 14:00 da tarde e no meu celular tinha 16 chamadas perdidas da Gabi, mas provavelmente ela queria conversar sobre o que houve ontem na festa do Bruno, já que assim que fui embora eu enviei uma mensagem contando tudo a ela.
Eu não estava com cabeça pra conversar com ninguém no momento, então deixei tocar até cair na caixa postal.
A única coisa que fiz foi levantar, tomar um banho, escovar os dentes e me deitar novamente. Eu estava em um péssimo dia é só queria ficar enrolada no meu cobertor macio curtindo a minha dor e remoendo as palavras que não saiam do meu pensamento.
[...]
Fiquei deitada o dia todo, sem comer, sem levantar pra nada, apenas para ir ao banheiro e tomar água.
Eram 18:00h quando escutei a campainha tocar sem parar, imaginei que fosse a Gabi, já que eu não havia atendido o celular, e a uma hora dessas ela poderia estar desorientada.
Me levantei com todo desânimo do mundo e fui até o portão ainda meio sonolenta.
— O que você tá fazendo aqui? - falei brava enquanto esfregava os olhos tentando ver se aquilo era real.
— Temos que conversar Lisa, abre o portão, por favor! - Marcos suplicou, do outro lado do portão de grade.
— Não, não temos nada pra conversar, eu não quero conversar com você! Não quero te ver nunca mais. Por favor, vai embora!
— Lisa, deixa eu me explicar, por favor, ontem eu estava bêbado e fiquei com ciúmes de ver você dançando com aquele cara. Me perdoa, eu não quis te chamar de puta, eu só fiquei cego de raiva. Me perdoa.
— Eu não vou te perdoar nunca! Por favor Marcos, vai embora.
— Eu não vou embora. Vou ficar aqui até você me escutar.
— Então tenha uma boa noite aí de fora, espero que tenha trago cobertor e um bom travesseiro pra colocar no banco do carro, já que você vai morar aí, porque eu não vou te escutar e não vou falar com você nunca mais. - dei as costas, enquanto Marcos chamava meu nome.
Eu já sabia que ele iria ficar apertando a campainha e buzinando na porta da minha casa, por isso peguei meu fone de ouvido e me deitei, eu não queria ter que escutar nada da boca do Marcos, porque sempre que estou ao lado dele eu fico vulnerável e qualquer coisa que ele diz ou faz me deixa louca e se eu deixasse ele entrar, provavelmente iria pra cama com ele e depois me machucaria novamente e eu já estava cansada, com o coração calejado de tanta decepção.
Porque eu tinha que ser tão burra né? Porque eu tinha que apaixonar pelo meu padrasto, porque eu tinha que ficar pensando nele sempre e porque eu tinha medo de não resistir a ele, mesmo depois de tudo de ruim que ele fez comigo?! Já sei a resposta! É porque eu sou uma idiota que gosta de sofrer.
Se eu fosse uma pessoa normal, a uma hora dessas eu estaria em um bar com algum gatinho, super carinhoso que gosta de mim e não aqui deitada ouvindo músicas tristes e chorando por alguém que só me magoa.
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Me apaixonei pelo meu padrasto
Fiksi PenggemarLisa LeBlanc, uma garota de 18 anos que morava com o pai, até que o mesmo faleceu de causas naturais, agora se vê obrigada a ir morar com a mãe que não vê a mais de ano. Nessa nova etapa de sua vida acaba conhecendo seu novo padrasto, e com ele vive...