Cap. 15

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Chocada, perplexa, incrédula.
Não há palavras pra descrever o que eu estou sentindo.

O Lorenzo tem um filho, é isso que ele estava escondendo de mim, mas porque?
Ele é divorciado? Ainda está casado??

Muita coisa passou pela minha cabeça naqueles poucos segundos e eu logo teria as respostas que eu precisava.

- Bella, podemos conversar? - o Lorenzo estava claramente nervoso, provavelmente sabendo tudo que eu estava pensando.

Eu apenas fiz que sim com a cabeça, não sabia o que dizer ainda.

Ele disse alguma coisa em italiano pro menino, fazendo ele entrar e me deixando sozinha no corredor com o Lorenzo. Ele fecha a porta e me olha apreensivo.

- Você tem um filho. - digo mais pra mim do que pra ele.

- Não! - ele responde rápido.

- Eu sei o que "papa" quer dizer, Lorenzo. - digo com raiva. Já basta os segredos, não quero mentiras também.

- Eu sei que essa frase é clichê, mas não é mesmo o que você tá pensando.

Ele parecia desesperado gesticulando com as mãos, como se isso fosse ajudar a me acalmar.

E eu não estou brava por ele ter um filho,eu gosto de crianças, mas esses segredos já estão me dando nos nervos.

- Só me deixa explicar, por favor?
- Explica.

Ele parece nervoso, sem saber por onde começar.

- Eu menti pra você.

Ah jura?

- Eu tenho um irmão.

Já sabia.

- Eu tinha, na verdade.

... droga.

- Ele e a esposa morreram em um acidente de carro, a quatro anos atrás. O Henri - ele aponta pra porta - é filho deles, meu sobrinho.

Os olhos dele estavam sombrios enquanto falava disso, tava claro que era algo difícil pra ele, nem posso imaginar.

- Meu irmão deixou a guarda do Henri pra mim, e como ele era muito novo quando tudo aconteceu ele acaba se confundindo em como me chamar.
"Eu ia te contar, mas é algo difícil que eu quase não dividido com as pessoas, só as mais próximas. Além de que, eu não queria te assustar. Não queria que você fosse embora."

Eu mal deixo ele terminar e dou um abraço nele. Esqueço sobre a briga besta de ontem, não é importante agora.

- Eu entendo, tá tudo bem.

Ele me abraça mais forte.

Todas as perguntas ganham respostas depois disso. A vizinha dele, a Marina, cuida do Henri quando ele tá fora, por isso liga tanto pra ele, ele mentiu sobre o irmão porque não sabia como dizer uma coisa séria como essa na hora, ele disse "eu te amo" pro Henri, não pra Marina.

Nos soltamos do abraço lentamente, mas ainda com o rosto perto um do outro.

- Quer entrar? - ele pergunta passando a mão no meu rosto.

- Quero.

Ele segura a minha mão e abre a porta, passamos por um corredor branco com um cabideiro cheio de casacos, uns grandes e outros pequenos, no final do corredor tinha uma porta logo na frente e outra na direita, mas viramos pra esquerda onde fica a sala.

Ele segura a minha mão e abre a porta, passamos por um corredor branco com um cabideiro cheio de casacos, uns grandes e outros pequenos, no final do corredor tinha uma porta logo na frente e outra na direita, mas viramos pra esquerda onde fica a sala

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