Tiro Certeiro -Shirbert

ONZE

Pov's Narrador

Anne tinha acabado de recitar um de seus poemas mais pessoais para Gilbert, e ao fitar os olhos do rapaz Anne teve medo pelo o que o seu mais novo amigo acharia dele. Ela poderia ter falado qualquer outro para o homem, dito uma de suas poesias bonitas e alegres, mas aquele fora o primeiro que veio em sua mente, e a ruiva não quis omiti-lo do homem que esperava silenciosamente ao seu lado. Ela em alguma parte de si achou que não deveria nunca omitir nada de Gilbert, e nem ela sabia ao certo o porque disso, apenas sentia que podia confiar nas orbes castanho - esverdeado apesar de seu medo.

Anne tinha passa por tanto já na sua curta vida, e mesmo assim não tinha se deixado desistir de desejar se aventurar no mundo, esse era um dos motivos que a mulher quisera se alistar, quem sabe o que ela poderia descobrir em meio a esse mundo? Nunca tinha tido amigos. Até que estranhamento sentiu sua alma se unir a morena com quem dividia o quarto, e depois sentiu confiança no olhar que seu mais novo amigo lhe dava, e não podia deixar de esquecer Jane que de alguma forma ao seu lado era divertido estar. Tinha tantas coisas que Anne não sabia o que esperar, e de certo ouvir Blythe lhe dizer que o poema que ela disse era lindo não era uma delas.

A atividade em questão no momento se tratava de luta em combate, e no final do treino dois dos soldados que o comandante escolhesse iriam se enfrentar para o puro prazer dos olhos do senhor Jones.

Jane e Anne se golpeavam enquanto o senhor observava os demais, com um foco a mais na ruiva que não fazia ideia que estava sendo observada ao longe. Enquanto Jones caminhava entre os soldados que urravam e gemiam de dor, e analisava o desempenho e procurava pontos fracos nos jovens soldados, ele pensava se o que se questioava era possível... mas nem ele sabia dizer, e os últimos dias esta confusão não saia de sua cabeça. Seus olhos pousaram na soldado ruiva que caiu no chão. A outra soldado tinha dados as costas a Anne e ele viu a ruiva aproveitar do erro que sua adversária tinha cometido, e sorriu discretamente ao ver que a ruiva tinha derrubado sua parceira no chão e a prendido num golpe imobilizando Jane.

Anne sorria para sua amiga que a olhava incrédula imobilizada e ouviu a mulher dar-se por vencida.

Pov's Anne

-Desiste tão fácil assim Andrews? -provoquei soltando Jane que arfava cansada que nem eu.

-Não. Mas no momento estou prezando pela minha vida que em suas mãos se depender é tirada. -ela passou a mão pelo pescoço como se sentisse meu aperto ainda ali.

-Calma... Você não é o babaca do seu primo. Mas bem que eu podia mesmo somente pra ver a raiva estampada na cara dele!

-Me tendo como amiga já meche bastante com o ego dele Anne. -ela riu.

Senhor Jones gritou o nome de Andrews, e logo eu e Jane nos viramos para olhar, mas não era a mulher ao meu lado quem ele chamava, e sim seu primo. Todos paramos para ver o desvairado mental se dirigir ao tablado principal após a ordem de Jones que Passeava o olhar sobre os demais, e o outro soldado que o ouvi chamar era nada mais que Blythe.

Cacei os olhos do soldado que se encontrou ao meu do outro lado do galpão, Gilbert silencioso desviou sua atenção de mim, virou com sua mandíbula marcada e foi até onde devia, seu rosto firme como se nada o abalasse, sua postura centrada. Como ele poderia ficar tão calmo assim? Isso era algo que eu o questionaria mais tarde... confesso que gostaria, e muito, de ter sido escolhida. A sensação de formigamento dormente atinge minha mão como se implorasse para acertar a pele do loiro que sorria convencido acompanhando a aproximação de Blythe.

O comando é dado.

Andrews parte pra cima de Blythe, e os dois começam uma disputa. Parece mais uma dança do que uma luta, e Blythe aproveita para tentar acerta-lo quando Billy deixa em exposição seus pontos fracos. Os dois seguem por mais alguns minutos assim, e os gemidos emitidos de ambos devido aos golpes me faz angolir seco, e uma bola de nervosismo se fechar em minha garganta. Os demais em volta não emitem muitas palavras, e os que torcem emitem uma glorificação ao loiro de ombros fortes, que leva um soco no nariz e Gilbert balanca a mão a serrando em punho fazendo com que os nós de seus dedos ficarem brancos. Sangue escorre do nariz de Billy e minha tensão se dobra. Ele parte de novo pra cima de Blythe, mas dessa vez sem cabeça e com pura raiva destilando como uma cobra palavras venenosas.