Cap de hoje dedicado a mim mesma porque é meu repibartidei. Quem amar amou, quem não amou vai amar nem que seja na base da porrada. Beijo pro ceis.
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Deco 🚀
Ajeitei minha postura na cadeira, conferindo os dedos das últimas compras e vendas.
Deixar tudo o máximo adiantado possível, pra descer pra Angra amanhã, sem nenhum estresse.
Henrique : Oi tio. -Entrou na sala correndo, e eu parei o que tava fazendo pra reparar naquela peste.
Deco : E ai cara, como tu ta? -Fiz um toque com ele, que sentou na cadeira. -Veio com a Maria Eduarda?
Henrique : Não, tia Madu saiu. Vim com meu pai, ele disse que hoje eu vou ter que ficar com ele.
Caralho, até tinha esquecido do lance do Cadu, pelo visto ele conseguiu convencer a Lorena, porque se a Maria Eduarda é difícil, a outra é impossível.
Cadu : Já falei pra tu não sai correndo na minha frente. -Deu um tapinha de leve na nuca dele, que riu. -Tu já liberou a carga? Só pra saber. -Falou diretamente comigo e eu concordei, fazendo um joinha com a mão.
Deco : Fala pro teu pai levar você, pra praia com a gente amanhã -Ele me olhou rindo e eu dei um sorrisin de lado pra ele.
Fiquei conversando um tempinho ali com eles, até o Cadu levar ele pra casa, hoje era a folga dele, e ele decidiu aproveitar com o Henrique.
Chamei o Cadu, porque chamei o Nem também, tudo pelo entretenimento, curto demais, vê os dois brigando.
Xt : Patrão, tão pedindo pra entrar ai? Pode liberar? -Concordei com a cabeça e ele saiu da sala.
Não demorou muito pra Andressa entrar, na marra dela de sempre, salto alto, calça jeans, blusa apertada.
Sustentei meu olhar no dela, que deu um sorriso, passando o cabelo pro lado, enquanto batia as pontas do dedo na cadeira.
Deco : Fecha a porta. -Apontei com o queixo depois de um tempo, e ela se virou pra fechar, sentando na cadeira logo em seguida.
Andressa : Eu tô bem, obrigada por perguntar. -Falou e eu neguei com a cabeça na hora.
Deco : Se eu tivesse interessado em saber como tu tava, já tinha te perguntado. Ta aqui pelo serviço, apenas.
Andressa : Tu já foi mais simpático. -Riu em falso. -Mas pelo que eu tô vendo, tu ta bem, ta até mais forte, do que a última vez que eu te vi.
Deco : Se aceitar, de segunda a sexta feira, vai ficar com total responsabilidade pela Luiza, o dia todo, onde ela pisar, tu vai atrás.
Andressa : Uai, os meninos já não vão? -Não respondi e ela ficou quieta, me encarando.
O foda que essa filha da puta é gata pra caralho, e eu caio no papo dela fácil. Sem condições, na moral, só fica mais gostosa, difícil pô.
Deco : Não faz pergunta, Andressa. So me responde, se tu ta disponível ou não. Teu salário vai dobrar, e a gasolina de carro, moto, tudo eu vou pagar por fora.
Andressa : Hm, tô disponível sim, Morro da Fé não tem graça nenhuma, e eu sempre gostei do movimento daqui, tu sabe.
Deco : Não quero que tu olhe movimento, quero que tu olhe a Luiza, é diferente.
Levantei da cadeira, pegando a chave dentro da gaveta e ela levantou também, fui andando e ela parou na minha frente, na minha altura, de salto.
Ela olhou pra mim e eu fiquei encarando ela, percebendo o riso fraco que ela tava.
Andressa : Eu senti sua falta. -Falou baixo no meu ouvido e eu ri no deboche pra ela.
Deco : Lamento não poder dizer o mesmo. -Ela sorriu, mostrando todos os dentes e prendeu as mãos dela nos meus braços.
Andressa : Fala que não sente, mas me escolheu. E nem vem com papo de eu ser a única mulher, que chegou a Beatriz, e ela é boa pra caralho.
Deco : Pra ela eu tenho outros serviços, fica tranquila, Andressa, e abaixa esse teu ego, que ta demais.
Andressa : Quem aumentou ele foi você. -Falou baixo no meu ouvido e inclinou pra da um beijo na minha bochecha.
Odeio o fato de não conseguir odiar ela, mesmo depois de todas as parada sem noção que ela fez.
A vagabunda é inteligente, sabe que é desejada, é forte pra caralho e tem respeito mesmo.
Deco : Um dos maiores erros que eu cometi na minha vida, foi te colocar como uma das minhas prioridades. Assim como eu, tu sabe o que realmente aconteceu, então, fica esperta, que dessa vez não tem volta.
Ela cravou as unhas no meu braço e eu senti arder, mas continuei olhando dentro do olho castanho claro dela.
Puxei ela pela cintura e subi minha mão pro cabelo dele, puxando ele forte, pra trás, vendo a cara dela, que soltou meu braço na hora.
Andressa : Prefiro quando tu faz isso na cama. -Falou gargalhando e eu continuei de cara fechada pra ela.
Deco : Eu também preferia quando ce tava longe da minha vida. -Soltei o cabelo dela, que passou a mão no pescoço e eu sai da sala.
Fui direto pra porta da boca e acendi um beck, vendo o movimento da rua.
Deco : Olha pra frente, Maria Eduarda, ta vendo o carro passar não, sua otária? -Gritei e ela me olhou, cheia de sacola na mão.
Madu : Ele ta me vendo aqui, não é cego. -Respondeu alto do outro lado na rua e atravessou, vindo na minha direção.
Neguei com a cabeça vendo ela toda atrapalhada, bufando de tanto calor.
Madu : Pede um dos meninos pra me ajudar a subir, na moral, sem condi, andar nesse morro infernal.
Deco : Eu não, tu subiu até aqui, sobe o resto. -Falei de zoa e ela me olhou no deboche. -Eu te ajudo, bora la.
A folgada me entregou todas as sacolas e eu subi com ela, ate na porta da casa dela, ouvindo ela me contar uma pá de fofoca.
Deco : Eu preciso conversar uma parada com tu.
Madu : Tô na sua frente, não fala porque não quer, e eu em. -Eu ri negando com a cabeça e ela me encarou.
Deco : Já conversamo bastante hoje, deixa sobrar assunto pra amanhã. -Dei um tapinha de leve na testa dela e sai, vendo ela ficar estressada.
Madu : Ce me paga, filho da puta. -Falou alto. -Sabe que eu sou curiosa.
Deco : Poxa, que pena. -Ela me deu o dedo do meio e entrou em casa, e eu continuei descendo.
(…)
Andressa Pires
24 anos