Capítulo 12

892 85 0
                                    

Boa leitura pessoal.
Então qualquer erro me avisem por favor 😘😍.

Marcos Araujo.

Eu cheguei ao orfanato ainda bebê.

A tia Maria disse que me
encontraram dentro de uma caixa enrolado em mantas rosas, ainda bem que a pessoa acertou minha cor favorita.

A irmã Maria disse que não tinha nem um documento comigo, por isso
ficou impossível localizar meus pais, na verdade eu nunca me vi como um
abandonado, pelo contrário eu fui muito bem acolhido pelas freiras.

Era um bebê lindo e chorão, deixava as freiras de cabelos brancos.

O tempo foi passando e ninguém quis me adotar, não sei se pelo fato de ser chorão ou porque já tinha a homossexualidade aflorada.

Tia Maria disse que eu só
parava de chorar quando ela me entregava a minha boneca Barbie, não era qualquer boneca, era a Barbie, então eu parava de chorar.

Quando tinha sete anos fui vítima de bullying na escola, aqui mesmo no
orfanato, me chamavam de veadinho, eu nem me entristecia, sempre fui alto astral, tirava de letra esse tipo de preconceito.

Mas quando via os marmanjos querendo bater em uma garotinha
magrinha que nem sabia se defender aí eu saía de mim, enfrentava os covardes.

Um dia eu contei tudo para tia Maria.

Peguei a garotinha magra pelas mãos e a levei para o meu dormitório.

Mesmo sendo contra as regras ,cuidei dela, na mesma hora tive um afeto de irmão por ela, ela me abraçou, chorou e eu chorei com ela.

Qual o seu nome?
Eu perguntei.

Ludmilla Oliveira— Ela disse.

Eu me chamo Marcos Araújo! — Ela olhou para mim e sorriu.

Marcos Araújo? Ela repetiu como se não acreditasse.

Sim! Marcos Araújo!

Eu mesmo escolhi meu sobrenome, já que quando me deixaram aqui nem nome eu tinha e se deixasse tia Maria escolher talvez me chamasse de Raimundo, cruzes que horror!

Digo e ela sorri mais.
E eu me alegro, tadinha tão sozinha.

A partir de hoje seremos amigos e irmãos, um ajudando o outro, um
defendendo o outro, está bem?

Ela balança a cabeça.
Como veio parar aqui?

Eu quis saber.

Mamãe me deixou aqui e disse que quando arrumar um trabalho virá
me buscar.

Tadinha penso, ela nunca mais virá.

Que pena, ao menos ela teve
uma mãe.

E você?
Ela quis saber.
Desde que eu me conheço por gente
vivo aqui.Respondi.

Você não tem mãe e nem pai?

Não, acho que eles não me quiseram.

Falei com a voz triste.
Quando mamãe voltar deixo-a ser sua mãe também, ela é muito
amorosa, alegre e linda.

Ela comentou feliz.

Tá bom Ludmilla.

Mas acontece que ninguém me quer, as pessoas olham para mim e balançam a cabeça, sou estranho, elas pensam.

Pensei.

Um dia vou ser uma lutadora famosa, vou comprar uma casa imensa para mamãe.

Ela diz eufórica.

The solitude of a fighter( Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora