Capítulo 56

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Boa leitura maravilhosas.

Ludmilla Oliveira

Treze anos depois.

Hoje é o lançamento do livro da minha mãe Silvana, nem eu sabia que
ela tinha escrito um livro, me lembro dela ter mencionado sobre um diário que deram pra ela na clínica, pra ela escrever quando se lembrasse de algo.

Bruna vamos amor, minha mãe ligou e disse que já está a caminho.

Digo a ela terminando de me arrumar.

Recebi o primeiro exemplar do livro e passei o dia inteiro lendo e me
emocionando, pois foi todo dedicado a mim.

Eu vou falar um pouco dele aqui.

Bom o título do livro é "CARTAS PARA UMA FILHA AMADA".

"Sonho em um dia sair dessa clínica e você estará no mesmo lugar onde
lhe deixei, com uma camisa de um super herói que você sempre gostou e com um sorriso lindo no rosto ao me ver entrando pelo imenso portão gradeado, correrá me chamando ‘Mamãezinha’, com aquelas bochechas sujas e eu abaixarei,
abrirei os braços e te receberei, dizendo: ‘Minha Ludmila, minha bebê! Mamãe voltou filha!’

Ah minha menina, mas isso não aconteceu, quando acordei já se passaram sete anos e pelas minhas contas você já estaria com 14 e eu presa em uma cama de hospital sem poder falar.

Mas nem todo meu amor foi sofrimento, quando eu menos imaginei você me encontrou, e hoje é uma filha amada, a filha que eu sempre quis, eu tenho tanto orgulho de você.

É a melhor papa do mundo, a esposa  que toda mulher queria ter, uma irma protetora, tem um coração enorme. É minha filha, minha amiga
e minha lutadora preferida!

A solidão da  lutadora acabou. Rendeu-se ao amor. Você encontrou seu porto seguro, sua âncora, seu porto do amor, navegue nesse mar de emoções e continue assim, generosa, pois sua história está sendo contada e todo mundo vai saber quem é de fato Ludmilla Oliveira".

Amor está chorando? — Ouço a Bruna falar e em seguida me abraça.

Confesso que hoje dona Silvana conseguiu me fazer chorar. — Digo
finalmente. — Estava lendo um trecho do livro da minha mãe. — Digo sorrindo e beijando seus lábios, sentindo o doce gosto do batom.

Vamos? Liguei para o Marcos e ele já está indo com o André, as crianças vão ficar com a empregada,espero que elas se comportem, só Alice vai com eles, o Bruninho disse se der
tempo ele passa lá, pois está ainda no plantão na delegacia.

Antes de sair, passamos no quarto da Luna dou um beijo nas bochechas
gordinhas e rosadas dela que se mexe, mas logo volta a dormir: Luna nasceu
oito anos depois, foi uma surpresa e tanto confesso que estava doida para Bruna engravidar novamente, mas ela estava ocupada com sua profissão, e um belo dia os enjoos começaram, e depois de nove meses nasceu minha princesinha.

Papa vai ali e já volta meu amor, se comporte. —Bruna sorri, dizendo que sou muito protetora.

Sou mesmo, Luna está com cinco anos e os gêmeos como agora os tratamos por terem a mesma idade estão com treze. Jasmine está me deixando de cabelos brancos. Só foi dormir na casa do tio porque a Bruna me fez várias promessas, ela tem o dom da persuasão e consegue tudo de mim.

Já o Michel é mais tranquilo, gosta de músicas, toca vários instrumentos e canta lindamente, ele e o Léo, meu sobrinho que também tem treze anos, já formaram uma banda.

Agora Jasmine só pensa em lutas ela parece até ser mesmo minha filha de sangue por ser exatamente igual a mim ,e diz que vai ser lutadora. E meu coração dá cada pulo em meu peito. Um dia desses fui buscá-la na aula de balé, ela só faz porque é um acordo que eu propus, só faz Jiu-jitsu se fizer balé.

The solitude of a fighter( Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora