Capítulo 49

752 90 11
                                    

Boa leitura pessoal.
Votem e comentem muito 😘😍.

Brunna Gonçalves.

Encontro Sandra no corredor tento manter a calma, são treze horas e
trinta minutos agora, tenho até as dezesseis horas para fazer tudo.

Ludmilla vai passar aqui por volta das dezenove, pois é a hora que saio, tem que dar tempo.

Eu tenho que conseguir meu Deus.
Brunna, está tudo bem com você?

Sandra diz pegando no meu
braço.

Sandra, eu não estou bem, vomitei bastante agora a pouco e estou me
sentindo fraca, posso ir para casa? Minto descaradamente.

Não quer descansar em um dos quartos? — Ela sugere preocupada.

Se quiser posso ligar para a Ludmilla avisando. Ela pode vir lhe buscar.

Não se preocupe,a Ludmilla está em uma campanha agora, mas eu vou
ligar para o meu padrasto, o Rock e ele vem me buscar, tudo bem? Eu só preciso de um banho e deitar.

Ela concorda sorrindo. Graças a Deus consegui despistá-la.

Pego um táxi e digo o endereço para o motorista.

***

Chego em casa e já são quatorze horas, pago o motorista e saio apressada do carro.

Abro a porta de casa, mas não tem ninguém no andar de baixo e eu
solto uma respiração longa, subo as escadas correndo pensando como vou
arranjar cem mil reais.

Começo a fuçar as coisas da Ludmilla e encontro um cofre que estava
escondido atrás de um quadro, como vou saber a senha meu Deus? Algo me diz para ligar para o André, mas se o Caio descobrir e matar o Bruninho vai ser pior.

Descarto essa hipótese, falar com a Ludmilla,nem pensar. Coloco a data do nascimento dela e nada, do Marcos e nada.

Pensa Brunna,pensa! Uma ideia me
vem em mente, digito o nome Silvana Oliveira  e o cofre se abre e eu vibro.

Tem um pacote de dinheiro, nem conto e já começo a colocar dentro da minha mochila que levo com roupas extras para clínica, tiro as roupas e jogo no chão.

E no final do cofre tem uma arma, eu nunca peguei em uma, mas para defender minha família sou capaz de aprender na hora.

Troco de roupa, coloco uma calça jeans preta e uma blusa preta de capuz,assim fica mais difícil de alguém me reconhecer, pois a imprensa toda já sabe do meu noivado com a Ludmilla.

E por último coloco a arma em minhas costas.

Olho no relógio e vejo que são quinze horas, caramba o tempo voa nessas horas, penso.

Desço e encontro Ruth arrumando a sala e quando me vê fica intrigada.

Já chegou filha? Achei que só chegava à noite. — Ela diz me dando sorriso.

Eu troquei com uma amiga, pois amanhã vou ficar no lugar dela.
Minto mais uma vez.

Vai sair? — Ela diz novamente.

Ah, vou à casa da minha mãe.

Espere, vou chamar o Rock, ele está tomando café na cozinha.

Não! Não se preocupe, vou de táxi, pois na volta a Ludmilla passa lá e me
pega, tudo bem? Até mais tarde.

Aceno e saio e ela me olha desconfiada.

São quinze horas e trinta minutos, entro no táxi e fico esperando Caio
ligar, peço ao motorista para ficar rodando e ele fica meio desconfiado, mas dou uma nota de cem reais e ele faz o que mando.

Às dezesseis horas em ponto Caio
liga e atendo no primeiro toque.

Fala. — Digo não deixando transparecer meu nervosismo.

Já está com o dinheiro não está? Pois estou cansado do choro desse moleque, ele grita igual um animal louco.

Fala logo o lugar seu imbecil. Cuspo as palavras em seguida.

Boa menina, sabia que não ia me decepcionar. Sabe onde ficam aqueles galpões abandonados bem perto da favela?

Se você estiver de táxi é só falar para o motorista que ele vai saber, espero que não tenha aberto essa boca,pois sabe quem sofrerá as consequências não é?

Pergunto se o taxista conhece o lugar e ele responde que sim, mas só me leva lá se eu pagar duzentos reais a
mais. Que idiota. Penso..

Você parece muito com a mulher daquela lutadora, a Rainha do octógono.Ele diz franzindo a testa como quem quer puxar algo da memória.

Já me disseram isso, agora vamos, por favor, estou com pressa.

Digo sem paciência. Ele não diz mais nada e arranca com o carro.

***

Chegamos! — Ele diz e eu jogo os duzentos reais para ele que tirei da
bolsa.Saio do carro e minhas pernas começam a tremer, mas eu tento ao máximo não ficar nervosa.

De longe avisto Caio com a arma apontada para a cabeça do Bruninho,
meu Deus! Como deve estar a cabeça do meu irmão agora? Ele só tem sete anos.

Aproximo-me já chorando, eu vou matar esse desgraçado quando tiver
oportunidade. Penso.

BRUNINHA! — Bruninho grita soluçando.

CALA A BOCA MOLEQUE! — Ele grita com o filho.

Como você o pegou naquela escola? Tem segurança lá. — Tento entender.

Eu falei que era o pai dele e que estava viajando.Só queria que eles
liberassem meu filho cedo para poder matar a saudade,os mandei olharem os nomes e são iguais e esse pentelho quando me viu correu para os meus braços,foi tão fácil. — Ele diz gargalhando.

Monstro! — Bruninho fala. — E eu te odeio! — Caio gargalha mais alto.

Solte ele, ande, solte ele! Seu monstro sem coração. Como faz isso com uma criança que é seu filho? Já pensou como vai ser a vida dele daqui para
frente cheio de traumas?

Ele empurra o Bruninho que corre para os meus braços, chorando que chega a tremer.

Eu achei que ele me amasse Bruninha. Ele diz entre soluços.

Shii! Meu amor, não vale apena chorar por ele.

Me passa a bolsa com o dinheiro. Ele diz com os olhos em chamas me olhando cheio de malícia.

Jogo a bolsa para ele e quando dou alguns passos sinto um enjoo tão forte
que começo a vomitar.

Eu ainda ia te pedir um beijo, pois sempre quis beijar essa boca carnuda, mas agora você está nojenta. Não quero mais.

Assim que ele começa a abrir a mala e contar o dinheiro um helicóptero surge e uma voz diz bem alto:Não se mexa ou nós vamos atirar! — Caio pula em cima de mim e quase caímos no chão, mas ele nos equilibra e coloca a arma na minha cabeça.

Bruninho fica assustado com a cena, eu olho para ele pedindo calma, ele
entende e começa a se acalmar.

Caio se entrega. Eu prometo que lhe arrumarei um advogado. Digo com muita calma.

Calada sua vaca! Eu te disse para você não falar nada para ninguém.Ele diz puxando meus cabelos.

Eu não falei nada seu idiota. Mas alguém da clínica deve ter ligado
para a Ludmilla avisando que eu passei mal, pois foi essa desculpa que eu dei. Digo gritando.

É bom que ela esteja aqui também, pois vai ver sua futura mulher morrer e seu filho que nem nasceu ainda e nem vai chegar a nascer.Eu vou matar todos nós.Ele diz e sinto que está nervoso. Pensa Brunna, pensa! Não tem como eu pegar a arma atrás de mim, mestre Aldo me ensinou umas defesas pessoais, mas tenho que calcular todos os movimentos dele certinho.

Os carros da polícia começam a aparecer e cercarem a área onde
estamos.

E eu fico pensando quem contou a eles..

The solitude of a fighter( Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora