Capítulo 28

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Boa leitura pessoal.

Então qualquer erro me avisem por favor.

Votem e comentem muito 😘😍.

Brunna Gonçalves.

Ainda sentada sinto o gosto do beijo doce e ao mesmo tempo salgado por
nossas lágrimas.

Ela chorou, eu sinto que chorou. Por que ela é tão cabeça dura?

Por que ela acha que não entenderei o que se passou no seu passado?

Por que a Brad tem tanto ódio dela? Será que essa rivalidade vai além do octógono?

Minha cabeça dói só de pensar em tantas perguntas sem respostas.

As lágrimas ainda não cessaram.

Imagino que foi por isso que a Ludmilla nunca falou nada sobre a mãe dela para mim e talvez agora sabendo um pouco da história compreendo o por que dela ter sido tão prestativa com a minha mãe.

Agora entendo por que ela saiu do
quarto no dia que minha mãe a chamou de filha.

Ah Ludmilla, por que tinha que ser
assim?

Preciso descobrir o que houve ou não ficarei em paz comigo se não tentar.

Digo para mim mesma enxugando as lágrimas e me levantando.

Marcos se aproxima e quando está mais perto de mim eu me jogo em seus braços.

Ela não quer mais me ver Marcos, acabou. — Digo soluçando.

Oh minha linda, não fique assim. Dê um tempo a ela, Ludmilla nunca foi
de se importar com alguém como se importa com você, ela gosta de você.

Eu sei que sim. — Ele diz acariciando meus cabelos.

Por que a mãe dela a largou Marcos? Você pode me contar? Por favor.

Digo olhando para ele.

Brunna eu não tenho esse direito, por favor, minha linda entenda.

Ela acha que tenho pena dela, mas eu não tenho, eu só fiquei compadecida porque ela ajudou minha mãe sendo que ela não tem uma.

Digo enxugando uma lágrima.

Marcos, eu só queria consolá-la e dizer que a ajudaria no que fosse preciso, mas ela disse que eu já tenho problemas demais e que vou
encontrar uma mulher que me ame de verdade.

Nesse momento choro muito.

Por que deixei que ela entrasse em meu coração?
Agora não sei como tirá-la.

Meu amor, eu sabia que vocês estavam apaixonadas uma pela outra, eu queria que Ludmilla gostasse de alguém e se sentisse amada, desejei isso desde o dia que a encontrei naquele orfanato.

Ele diz, mas assim que percebe que está contando ele para.

Marcos, por favor, me diz, não me deixe no escuro, me deixe ajudá-la.

Eu posso convencê-la a procurar por sua mãe, ela tem dinheiro e pode pagar um detetive.

Digo desesperada.

Brunna, você acha que eu não já tentei fazer com que ela fizesse isso?

Ela diz. — Se ela a largou lá é porque nunca a quis.

Eu respeitei sua decisão minha linda, só ela que pode querer isso.

Ele diz emocionado.

E como que tudo começou? E como a Brad soube dessa história?

Pergunto enquanto caminhamos para sentarmos em um banco.

Ele fecha os olhos como se estivesse buscando na memória as lembranças.

Vou te contar tudo desde o início... Eu vivi lá desde sempre, cresci lá.

A tia Maria disse que fui deixado em uma caixa.

Ele começa e logo as lágrimas descem e eu seguro sua mão para ele saber que estou sempre com ele.

Oh Marcos! Meu Deus! — Exclamo.

Não se lamente, por favor. Eu nunca sofri com isso, sempre tive o amor das freiras e fui amado.

E sou feliz, pode acreditar Brunna, se sou o que sou hoje foi devido a elas que sempre estiveram comigo.

Eu não sinto falta de pai ou de mãe. Até porque, nunca tive o amor deles.

Se acaso eu os encontrasse agradeceria a eles por terem me deixado lá, pois foi lá que soube dar valor as pequenas coisas.

E a Ludmilla ? Como vocês se conheceram?Pergunto querendo saber de tudo.

— Ah, a Ludmilla eu conheci quando tínhamos sete anos, uma vez vi os
garotos maiores batendo nela e tive compaixão tadinha, tão magrinha e sozinha.

Nos tornamos grandes amigos e irmãos.

E também quando aquele monstro a...
Ele para de repente.

Que monstro Marcos? Eu fiquei curiosa para saber.

Brunna, só posso falar de mim, se você quiser saber mais da Lufmilla só
ela mesma poderá lhe contar, tudo bem?

Concordo. — Então, quando
completamos quinze anos Ludmilla já estava profissional no boxe, o professor dela o Bibiu, levava os alunos para treinar com os meninos do orfanato e a Brad ficou
sabendo que a mãe dela a deixou lá porque ouviu de alguém lá dentro.

Isso continuou por anos, pois sempre que a Brad perdia uma luta para
a Ludmilla ela usava isso para irritá-la,independente da luta tanto no Jiu-Jitsu ou MMA.

E a Brad passou a ter raiva da Ludmilla e começou a ofendê-la da mesma maneira que você viu hoje.

Depois, a Ludmilla tornou-se a número um da academia e a rainha  do octógono e a Brad não aceita até hoje.

É isso minha linda, e sobre mim, a Brad sempre disse que eu era um veadinho e que eu tinha medo dela.

Mas hoje já não tenho porque conheço todos os meus direitos.

Ela não me assusta mais. Como você conseguiu namorar com aquela ogra?

Ele diz.

Ah, imaturidade. Eu tinha dezoito anos e era ingênua, acho que por
nunca ter uma namorada me iludi.

Criei expectativas que não existiam nela.

Mas ela não era assim, não para mim, pois no início se mostrava até uma pessoa legal, mas eu nunca senti nada, a não ser carinho.

Ela foi sua primeira? Eu suspiro e concordo.

Mas nada se compara a Ludmilla.

Eu digo sorrindo e ele se aproxima
mais querendo que eu conte tudo. Só ele para me fazer rir uma hora dessas.

Eu não queria Marcos mas estou apaixonada por ela.

Isso é culpa dela, era para ela ter me tratado como as outras mulheres, mas ela mesma disse que fez amor
comigo e que nunca vai esquecer.

Que nunca transou mais de uma vez com uma mulher, apenas comigo.

E eu meio que me iludi novamente achando que era especial, mas ela se despediu e disse que não vamos ter mais nada.

***

Depois da conversa Marcos me deixa em casa, não tínhamos mais clima de
ir à boate, eu só queria chegar em casa e dormir, até esquecer essa noite.

Mal sabia que não tinha como esquecer, pois toda vez que fechava, eu via aqueles olhos castanhos claros me encarando e dentro deles havia tanto sofrimento.

Como eu queria abraçá-la e dizer que estaria com ela para tudo.

The solitude of a fighter( Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora