Capítulo 29

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Boa leitura pessoal.
Votem e comentem muito 😘😍

Brunna Gonçalves.

Acordo pela manhã e olho no relógio, são quase oito horas, pego meu celular e antes que o medo me invada, digito seu número e ligo.

Chama,mas cai na caixa postal.

Desisto de ligar. Creio que terei que ir lá pessoalmente, eu não vou desistir dela, não até ela me dar um motivo convincente.

Levanto da cama e tomo coragem para me olhar no espelho.

Meus olhos estão inchados de tanto chorar.

Está nítido como esse amor me consome a alma.

Não me lembro de ter chorado assim por alguém.

Diante desse cenário percebo o
tamanho do envolvimento que temos.

Não posso recuar agora, ela vai ter que me ouvir.

Tomo um banho longo como se quisesse limpar todas as palavras tristes que ouvi da Ludmilla.

Meus pensamentos permanecem nela a todo momento, não consigo evitar.

Saio do banho e escolho um vestido comportado.

Sei bem que a Ludmilla pode se irritar caso me veja com outro tipo de roupa, então penso que é melhor evitar mais aborrecimentos.

 Desço para tomar café e encontro minha mãe já sentada à mesa.

Bom dia mãe! Dou um beijo nela e me sento.

Eu pensei que você não dormiria em casa filha, o que houve?

Ela diz notando minha tristeza.
Não deu certo mãe, Marcos e eu resolvemos não sair. Só isso.

Adivinha quem era a lutadora de ontem. Digo passando manteiga em um pão.

A Brad. Digo sem esperar a resposta.

Aquela sua ex-namorada filha? Ela pergunta puxando uma cadeira.

Sim, ela mesma. Ela se tornou uma pessoa muito diferente mãe, está
mais forte e bonita, mas a arrogância a deixa feia.

Eu nunca gostei muito dela filha, mas sempre respeitei sua decisão de estar com ela.

Cadê o Bruninho ? Pergunto.

Está na casa do Breno, aquele amiguinho que vem aqui jogar videogame com ele.

A mãe do menino pediu para deixá-lo ir para o clube com eles para tomar banho de piscina e você já sabe como Bruninho fica entusiasmado com isso né?

Meu filho está feliz agora, graças a Ludmilla  e ao Marcos.

Preciso fazer um almoço para agradecê-los. Ela diz com entusiasmo e quem sou eu para discordar disso.

O que acha filha? — Ela pergunta me
tirando do transe.

Ah mãe, acho que seria uma boa ideia.

Ontem o Rock esteve aqui ,Ludmilla deu folga para ele,achei que ela
fosse com você para a luta.

Ah filha, já que o Bruninho saiu e só volta à noite,Rock me convidou para sair para almoçar.

Eu aceitei. Ela diz envergonhada,
dou um sorriso e vou até ela.

Mãe, estou muito feliz por vocês estarem namorando.

Ah filha, que namorando. Apenas vamos almoçar como amigos.
Ela diz sorrindo.

Olho para a minha mãe e vejo claramente o quanto ela está feliz e muito bonita.

Tem voltado à sua rotina e percebo que está mais vaidosa, coisa que não
era quando estava com aquele traste do Caio.

Pode ir sim mãe, eu também vou sair. E aproveita bastante.Digo indo buscar minha bolsa.

Despeço de minha mãe e saio.Espero por um táxi em frente à minha casa
e de repente sinto alguém me vigiando, olho rápido para um lado e para o outro,mas não vejo ninguém.

Talvez seja coisa da minha cabeça. Faço sinal para um táxi e ele para, entro e digo o endereço, meu coração acelera a cada curva que o motorista faz.

Ao chegar eu não me movo do lugar, minhas pernas não me obedecem.

Moça já chegamos. — Ouço o motorista do táxi me avisar.

E só agora percebo que estou igual a uma estátua.

Pago a corrida e ele sai com o carro. Aproximo da entrada da casa da Ludmilla e digo ao segurança que vim
vê-loa.

Ele autoriza a minha entrada porque já me viu aqui antes.

Então entro e toco a campainha. Sinto meu corpo inteiro tremer e minhas mãos estão suando frio.

A empregada abre a porta com um sorriso no rosto.

Bom dia, pois não? Ela diz.
Bom dia! Ah, por favor, eu gostaria de falar com a Ludmilla ela está?

Está sim, mas agora ela está treinando na academia.

Aguarde aqui na sala que irei ver se ela pode atendê-la. Já volto.

Não. Olha, nem precisa se incomodar, eu já estive aqui antes e sei o caminho, posso ir lá eu mesma.

Se não se importar.Ela me olha intrigada,mas me deixa passar.

Sigo por um corredor extenso e ouço socos sendo desferidos no saco,
acompanhado de gemidos, abro a porta e Lufmilla sente a minha presença.

Nossos olhares se encontram e meu coração quase sai pela boca.

Brunna? ...

The solitude of a fighter( Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora