1- Edmundo

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                                          S/n:
Eu estava indo até a casa dos castores, como todos os dias. Eles são os únicos que eu confio por aqui e certamente um dos únicos que sabem da minha existência.

Eu estava carregando algumas geleias para o Sr. Castor.

Enquanto eu andava pela neve, vi um menino. Pensei em ir até ele, mas logo em seguida escutei o barulho da carruagem da Feiticeira Branca.

Me escondi atrás das árvores (não era perigoso, as árvores só escutam, não enxergam).

O menino tentou fugir, mas o anão enlaçou as pernas dele, o fazendo cair.

— Me deixa em paz! — exclamou o menino quando o anão colocou uma faca em seu pescoço.

— O que foi agora Guinarrbrik? — perguntou a Feiticeira, ainda na carruagem.

— Manda ele me largar! Eu não fiz nada errado! — falou o menino. Se ele soubesse que estava pedindo ajuda para uma pessoa pior que o anão...

— Como ousa a se dirigir a rainha de Nárnia? — perguntou o anão.

— Eu não sabia! — respondeu o menino.

— Vai aprender a reconhecer a partir de agora! — disse o anão e em seguida levantou seu punhal acima de sua cabeça. Fechei meus olhos, não queria ver aquele pobre menino morrer.

— Pare! — intercedeu Jadis.

O menino se levantou e olhou para ela de cima a baixo.

— Qual é o seu nome, Filho de Adão? — perguntou a Feiticeira.

— Edmundo. — respondeu.

Edmundo, bom saber.

— E como Edmundo conseguiu entrar em meus domínios?

— Eu não sei bem, eu estava seguindo minha irmã.

— Sua irmã? Quantos vocês são?

— Quatro. A Lúcia é a única que já esteve aqui. Disse que conheceu um fauno chamado... Tumnus! Pedro e Susana não acreditaram nela, eu também não.

Menino burro! Não sabe que é proibido narnianos terem contato com humanos? Pelo menos eles são quatro, a profecia....

Decidi continuar ali pra ver tudo.

— Edmundo, parece com frio. Sente-se comigo. — disse a Feiticeira. Quando ela se virou, pude ver seu rosto amedrontado.

Eu gostaria de ver melhor o que aconteceria lá na carruagem dela, então fui andando em passos silenciosos por trás das árvores.

Quando encontrei um bom ângulo, parei.

Eles já estavam sentados quando voltei a observá-los.

— Agora, que tal uma bebida quente? — ofereceu a Feiticeira.

— Sim por favor, majestade.

"Majestade", que menino insuportável.

Ela pingou um tipo de líquido verde na neve e logo surgiu um copo cheio de chocolate quente. Não me surpreendi, ao contrário do Edmundo.

— Sua bebida senhor. — entregou o anão a Edmundo.

— Como você fez isso? — perguntou Edmundo com os olhos arregalados.

— Posso fazer tudo que quiser. — respondeu Jadis.

— Posso ficar mais alto? — perguntou o menino. Se ela pudesse, já teria feito do anão um gigante.

Ela riu forçadamente e continuou:

— Tudo que quiser comer.

— Um manjar turco?

Nada respondeu a Feiticeira e pingou de novo o líquido verde na neve branca. Logo o mesmo se transformou em um pote cheio de manjar turco.

O anão deu o pote para Edmundo e jogou a taça com chocolate quente em uma árvore e a mesma virou neve.

O manjar turco parecia delicioso. Eu bem queria comer um daqueles.

— Edmundo, eu gostaria muito de conhecer o resto da sua família. — disse a Feiticeira.

— Por que? Não tem nada de especial. — respondeu com a boca cheia.

— Ah, eu sei que não são tão agradáveis como você. Mas sabe Edmundo, não tem filhos meus e você é o tipo de garoto que eu posso ver um dia virando príncipe de Nárnia. Quem sabe até rei.

— Jura?

— Teria de trazer sua família.

— Ah, então Pedro também seria rei?

— Não, não. Mas um rei precisa de servos.

— Acho que posso trazer.

— Além do bosque, aquelas duas colinas, minha casa fica bem entre elas. Você ia amar Edmundo. Ela tem muitos quartos abarrotados de manjar turco.

— Não posso comer mais um pouco?

— Não! Não quero estragar o apetite. Além disso, vamos nos ver em breve não vamos?

— Tomara que sim, majestade.

— Até lá, querido, vou sentir saudades.

Depois disso a Feiticeira foi embora, vindo na minha direção. Me escondi entre os arbustos e consegui me esconder da mesma.

Quando a Feiticeira já estava em uma distância segura, eu fui tentar falar com o menino. Mas uma menina menor que ele, se não me engano Lúcia, o levou. Eu não podia perder mais muito tempo e fui o mais rápido que pude para a casa dos castores.

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Lembrando que essa história vai estar sempre no ponto de vista da S/n (você). Ou seja não irei citar como os Pevensie vieram a Nárnia (afinal, tem no filme e no livro).

Se vocês puderem clicar na estrelinha, eu ficaria muito grata 💓

Desculpem qualquer erro de ortografia rsrs

Lembrando que PLÁGIO É CRIME 🚨

𝗙𝘂𝗴𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝗿𝗻𝗶𝗮 |1Onde histórias criam vida. Descubra agora