4- A profecia 📜

5.7K 522 69
                                    

S/n:
— Sentem-se crianças. — disse a senhora Castor.

— Não sou uma criança. — brinquei.

— Não mesmo, é super adulta. — disse o loiro rindo. Apenas sorri de volta.

— S/n querida, me ajude a colocar as coisas na mesa.

— Claro.

Peguei o bule e as xícaras de chá e servi os irmãos.

Mas quando fui colocar para Edmundo, que nem na mesa estava, decidi abrir minha boca.

— Eu já te vi em Nárnia antes. Não vai dizer o que fez? — falei baixinho só pra ele escutar.

— Deve estar enganada.

— Com certeza estou enganada. Por sua culpa Tumnus foi preso. Vai fazer dos seus irmãos escravos também? Ou quem sabe belos cadáveres não é Edmundo? Tudo isso por quartos abarrotados de manjar turco?

— O que está falando? Não sei de nada disso.

— Com certeza, eu que estou louca.

— S/n! Venha para a mesa. — me chamou o Sr Castor.

Não falei mais nada e fui me sentar lá.

— Não há nada a fazer pra ajudar Tumnus? — perguntou Pedro.

— Foi levado para a casa da Feiticeira, você sabe o que dizem. — dizia o senhor Castor.

— Poucos são os que passam do portão e voltam de lá. — continuei.

— Peixe com fritas? — disse a senhora Castor colocando um pratinho na mesa e me repreendendo tendo visto que Lúcia estava bem mal. — Mas há esperança querida, esperança.

— Ah sim! Muito mais esperança! — exclamei.

— Aslam está a caminho. — disse o Sr Castor.

Os irmãos sorriram, mas pareciam não entender nada.

— Quem é Aslam? — perguntou Edmundo.

O castor disse entre risos forçados:
— Quem é Aslam? — pausa pra rir — Ele é muito engraçado. — riu mais.

Mas não parecia uma piada.

A senhora Castor deu um tapinha no braço do senhor Castor pra ele se ligar que não era uma piada.

— O que foi?— perguntou o castor. — Vocês não sabem não é?

— Bom, não estamos aqui a muito tempo. — disse o loiro.

— Ele é só o senhor dos bosques. O maioral. O verdadeiro Rei de Nárnia — disse o Castor.

— Ele está fora há algum tempo. — disse a senhora Castor.

— Mas ele voltou! E aguarda vocês na Mesa de Pedra! — continuou o Sr Castor.

— Ele nos aguarda? — perguntou Lúcia.

— Só pode ser brincadeira! Eles nem conhecem a profecia! — murmurou o castor.

— Então explique a eles. — falei.

— Escutem: o retorno de Aslam, a prisão de Tumnus, a polícia secreta... Está acontecendo por causa de vocês!

— Está nos culpando? — perguntou a mais velha.

— Não, culpando não, agradecendo. — disse a senhora Castor.

— Existe uma profecia: "Quando carne de Adão; Quando osso de Adão; em Cair Paravel no trono sentar; então há de chegar ao fim a aflição.". — falei.

— Essa rima não é muito boa. — disse a mais velha.

— Eu sei que não é boa, mas será que não percebem? — disse o Sr Castor perdendo a paciência novamente.

— Há muito tempo foi previsto que dois filhos de Adão e duas filhas de Eva derrotariam a Feiticeira Branca e trariam paz a Nárnia. — disse a senhora Castor.

— E vocês acham que somos nós? — perguntou o loiro.

— É melhor que seja! Aslam já preparou o exército de vocês! — disse o castor sem paciência de novo.

— Nosso exército?! — disse Lúcia.

— Mamãe nos deixou para não nos envolvermos em uma guerra. — disse a mais velha ao loiro.

— Acho que vocês se enganaram. Não somos heróis. — disse o loiro.

— Somos da Inglaterra. Obrigada pela hospitalidade, mas nós temos mesmo que ir. — disse a mais velha.

— Mas não podem sair assim! — disse o castor.

— Ele tem razão, temos que ajudar o senhor Tumnus! — disse Lúcia.

— Não podemos fazer nada. — repreendeu o loiro — Desculpem, mas está na hora de voltar pra casa. — continuou o loiro. — Ed. — disse ele se virando. — Ed? — perguntou ele vendo que Edmundo já não estava ali. — Eu mato ele!

— Talvez não precise. Edmundo já esteve em Nárnia antes. — falei e me livrei do segredo.

— O que? — perguntou o Sr Castor.

— Me desculpem, eu devia ter dito antes. Agora eu vou contar tudo que vi: Ele esteve com a Feiticeira e enquanto comia um prato de manjar turco, Jadis propôs ele a trazer vocês e em troca ele se tornaria rei e teria quartos abarrotados de manjar turco. Depois disso ela se foi e Lúcia chegou.

— Eu não acredito que ele fez isso! — disse o loiro.

— E pior, ele disse sobre Tumnus. Eu me sinto culpada. Eu sou uma traidora por isso?

— Não. Mas já Edmundo sim. — disse o Sr Castor.

— O que vamos fazer? — perguntou Lúcia.

— Venham comigo. — disse o castor e fomos atrás dele rumo ao castelo da Feiticeira.

———————————//———————————

Antes que me matem por não estar especificando "Pedro" e sim "o loiro" ou falando de "a mais velha" ao invés de Susana, é porque eles não disseram seus nomes hora nenhuma, mas daqui a pouco isso muda.

Se vocês puderem clicar na estrelinha, eu ficaria muito grata ✨

Desculpem qualquer erro de ortografia rsrs

Lembrando que PLÁGIO É CRIME 🚨

𝗙𝘂𝗴𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝗿𝗻𝗶𝗮 |1Onde histórias criam vida. Descubra agora