S/n:
Saímos na esperança de ainda encontrarmos Edmundo no caminho.— Rápido!— disse o loiro enquanto passávamos pela floresta.
Mas quando saímos do meio das árvores, vimos o castelo da Feiticeira de longe. Era tarde demais, Edmundo já estava lá.
— Tarde demais. Eu avisei pra ele não acreditar na Feiticeira, mas pelo visto o irmão de vocês é muito teimoso e desobediente. — murmurei.
— EDMUNDO! — gritou Lúcia.
— Shh!! Vão ouvir você. — repreendeu o Sr Castor.
Já o loiro tentou ir atrás de irmão, mas eu puxei sua mão antes.
— Nem pense em ir lá sem ajuda. — falei.
— Não podemos fazer o que ela quer. — continuou o Sr Castor.
— Não podemos deixá-lo entrar! — disse a mais velha.
— É nosso irmão. — disse Lúcia.
— Ele é isca! A Feiticeira quer vocês quatro. — falou o castor.
— Pra que? — perguntou o loiro.
— Para impedir que a profecia se realize. — respondi.
— Matando vocês! — continuou o castor.
Os três se olharam temerosos, mas eu estava com pena de Lúcia.
— Isso é tudo culpa sua Pedro! — reclamou a mais velha.
— Minha culpa?
— Pra começar nada disso teria acontecido se tivesse me escutado!
— Ah, e você sabia o que ia acontecer?
— Eu não sabia o que ia acontecer. Nós deveríamos ter saído enquanto podíamos!
— Pedro e Susana! Parem! — exclamou Lúcia. — Isso não vai ajudar Edmundo.
— Ela tem razão, só Aslam pode ajudar seu irmão agora. — disse o Castor.
— Nos leve até ele. — pediu Pedro.
— Vamos precisar voltar para o dique. Venham! — falei.
— Antes que seja tarde novamente... — disse o castor e vi a expressão de Lúcia mudar, ficando ainda pior.
— Lu, vai ficar tudo bem, eu prometo. — falei pegando em sua mão.
Ela deu um sorriso pra mim.
— Agora vem, precisamos ir atrás de Aslam e salvar seu irmão.
Depois de falar essas coisas sem pessimismo como os outros, vi os seus olhos brilharem novamente.
Voltamos para o dique o mais rápido que conseguimos.
Há essas horas a polícia secreta já devia estar atrás de nós.
Quando chegamos no dique, trancamos a entrada. Mas isso não iria adiantar, lobos são fortes e ágeis.
— Rápido! Já estão atrás de nós! — gritou o Sr Castor.
— Está bem! — respondeu a senhora Castor enquanto colocava torradas e geleias para comermos no caminho.
— O que ela está fazendo? — perguntou Pedro.
— Vai agradecer depois. — respondi e fui ajudar a empacotar as coisas.
— É uma longa viajem e o castor fica de mal humor quando está com fome. — continuou a senhora Castor.
— Eu já estou! — exclamou o Castor.
— Vamos precisar de geleias? — perguntei.
— Só se a Feiticeira servir torradas. — disse Pedro.
Segurei o riso e voltei a arrumar as coisas. Não posso rir por coisas idiotas como aquilo, pelo menos não naquele momento.
Escutamos o som de escavações, a polícia secreta já estava tentando entrar lá dentro.
— Venham logo. — disse o Sr Castor e fomos atrás dele.
Entramos nos túneis, que agora sim tinham uma utilidade a não ser chegar na casa do Texugo com facilidade.
Eu estava segurando na mão de Lúcia, eu prometi que ficaria tudo bem.
Nossos passos eram muito rápidos para a pequena acompanhar, então acabou tropeçando.
— Cuidado Lu. — falei levantando ela.
— Estão no túnel. — disse ela e escutamos os passos deles.
— Rápido! Por aqui! — disse o castor e fomos atrás dele.
Agora sim estávamos correndo.
Mas chegamos em um lugar com saída apenas para castores.
— Devia ter trazido um mapa! — reclamou a senhora Castor.
— Era o mapa ou as geleias. — respondi.
— Por aqui! — disse a senhora Castor e fomos atrás dela.
Saímos por outra saída, que para nossa sorte não era longe.
Primeiro saiu a senhora Castor, depois Susana, Lúcia, eu e Pedro. O Sr Castor já estava lá fora.
Pedro e o Sr Castor tamparam a saída com um barril que estava ali.
Estávamos tensos demais, isso só piora as coisas.
Lúcia acabou tropeçando em cima de estátuas. Eram nossos amigos, a Feiticeira os transformou em pedra.
— Não! Tudo por culpa daquele garotinho chato. Ele deveria ter me escutado! — falei um pouco alto ao ver todos eles em forma de estátuas.
Fomos andando um pouco mais e vi os castores na frente do nosso amigo Texugo. Ele era uma "má influência", como dizia a senhora Castor. Claro que era brincadeira, o Texugo era um ótimo amigo. Mas agora não passava de uma estátua de pedra.
— O que houve aqui? — perguntou Pedro.
— É o que acontece com quem brinca com a Feiticeira. — disse uma raposa. Raposas tem fama de serem traiçoeiras, mas nem sempre são.
— Nem mais um passo traidor, ou eu faço você em pedaços! — disse o Sr Castor com raiva, mais do que já estava.
— Relaxe, eu sou um dos mocinhos. — respondeu.
— É? Pois se parece muito mais com um dos vilões. — retrucou o castor.
— Uma infeliz semelhança familiar. Mas falamos de raças depois, agora temos que ir.
— O que você sugere?
———————————//———————————
Talvez o final desse cap tenha ficado um pouco sem contexto, mas enfim.
Se vocês puderem clicar na estrelinha, eu ficaria muito grata 💓
Desculpem qualquer erro de ortografia rsrs
Lembrando que PLÁGIO É CRIME 🚨
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗙𝘂𝗴𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝗿𝗻𝗶𝗮 |1
FanfictionS/n foi a única sobrevivente dos ataques da Feiticeira Branca em Nárnia. Por ainda não terem o domínio dos mares na época, ela foi obrigada a viver fugindo da Feiticeira em Nárnia. Sempre sonhou em poder ir para Tashbaan, onde viviam os nobres prí...