5- Fugitivos

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                                          S/n:
Saímos na esperança de ainda encontrarmos Edmundo no caminho.

— Rápido!— disse o loiro enquanto passávamos pela floresta.

Mas quando saímos do meio das árvores, vimos o castelo da Feiticeira de longe. Era tarde demais, Edmundo já estava lá.

— Tarde demais. Eu avisei pra ele não acreditar na Feiticeira, mas pelo visto o irmão de vocês é muito teimoso e desobediente. — murmurei.

— EDMUNDO! — gritou Lúcia.

— Shh!! Vão ouvir você. — repreendeu o Sr Castor.

Já o loiro tentou ir atrás de irmão, mas eu puxei sua mão antes.

— Nem pense em ir lá sem ajuda. — falei.

— Não podemos fazer o que ela quer. — continuou o Sr Castor.

— Não podemos deixá-lo entrar! — disse a mais velha.

— É nosso irmão. — disse Lúcia.

— Ele é isca! A Feiticeira quer vocês quatro. — falou o castor.

— Pra que? — perguntou o loiro.

— Para impedir que a profecia se realize. — respondi.

— Matando vocês! — continuou o castor.

Os três se olharam temerosos, mas eu estava com pena de Lúcia.

— Isso é tudo culpa sua Pedro! — reclamou a mais velha.

— Minha culpa?

— Pra começar nada disso teria acontecido se tivesse me escutado!

— Ah, e você sabia o que ia acontecer?

— Eu não sabia o que ia acontecer. Nós deveríamos ter saído enquanto podíamos!

— Pedro e Susana! Parem! — exclamou Lúcia. — Isso não vai ajudar Edmundo.

— Ela tem razão, só Aslam pode ajudar seu irmão agora. — disse o Castor.

— Nos leve até ele. — pediu Pedro.

— Vamos precisar voltar para o dique. Venham! — falei.

— Antes que seja tarde novamente... — disse o castor e vi a expressão de Lúcia mudar, ficando ainda pior.

— Lu, vai ficar tudo bem, eu prometo. — falei pegando em sua mão.

Ela deu um sorriso pra mim.

— Agora vem, precisamos ir atrás de Aslam e salvar seu irmão.

Depois de falar essas coisas sem pessimismo como os outros, vi os seus olhos brilharem novamente.

Voltamos para o dique o mais rápido que conseguimos.

Há essas horas a polícia secreta já devia estar atrás de nós.

Quando chegamos no dique, trancamos a entrada. Mas isso não iria adiantar, lobos são fortes e ágeis.

— Rápido! Já estão atrás de nós! — gritou o Sr Castor.

— Está bem! — respondeu a senhora Castor enquanto colocava torradas e geleias para comermos no caminho.

— O que ela está fazendo? — perguntou Pedro.

— Vai agradecer depois. — respondi e fui ajudar a empacotar as coisas.

— É uma longa viajem e o castor fica de mal humor quando está com fome. — continuou a senhora Castor.

— Eu já estou! — exclamou o Castor.

— Vamos precisar de geleias? — perguntei.

— Só se a Feiticeira servir torradas. — disse Pedro.

Segurei o riso e voltei a arrumar as coisas. Não posso rir por coisas idiotas como aquilo, pelo menos não naquele momento.

Escutamos o som de escavações, a polícia secreta já estava tentando entrar lá dentro.

— Venham logo. — disse o Sr Castor e fomos atrás dele.

Entramos nos túneis, que agora sim tinham uma utilidade a não ser chegar na casa do Texugo com facilidade.

Eu estava segurando na mão de Lúcia, eu prometi que ficaria tudo bem.

Nossos passos eram muito rápidos para a pequena acompanhar, então acabou tropeçando.

— Cuidado Lu. — falei levantando ela.

— Estão no túnel. — disse ela e escutamos os passos deles.

— Rápido! Por aqui! — disse o castor e fomos atrás dele. 

Agora sim estávamos correndo.

Mas chegamos em um lugar com saída apenas para castores.

— Devia ter trazido um mapa! — reclamou a senhora Castor.

— Era o mapa ou as geleias. — respondi.

— Por aqui! — disse a senhora Castor e fomos atrás dela.

Saímos por outra saída, que para nossa sorte não era longe.

Primeiro saiu a senhora Castor, depois Susana, Lúcia, eu e Pedro. O Sr Castor já estava lá fora.

Pedro e o Sr Castor tamparam a saída com um barril que estava ali. 

Estávamos tensos demais, isso só piora as coisas.

Lúcia acabou tropeçando em cima de estátuas. Eram nossos amigos, a Feiticeira os transformou em pedra.

— Não! Tudo por culpa daquele garotinho chato. Ele deveria ter me escutado! — falei um pouco alto ao ver todos eles em forma de estátuas.

Fomos andando um pouco mais e vi os castores na frente do nosso amigo Texugo. Ele era uma "má influência", como dizia a senhora Castor. Claro que era brincadeira, o Texugo era um ótimo amigo. Mas agora não passava de uma estátua de pedra.

— O que houve aqui? — perguntou Pedro.

— É o que acontece com quem brinca com a Feiticeira. — disse uma raposa. Raposas tem fama de serem traiçoeiras, mas nem sempre são.

— Nem mais um passo traidor, ou eu faço você em pedaços! — disse o Sr Castor com raiva, mais do que já estava.

— Relaxe, eu sou um dos mocinhos. — respondeu.

— É? Pois se parece muito mais com um dos vilões. — retrucou o castor.

— Uma infeliz semelhança familiar. Mas falamos de raças depois, agora temos que ir.

— O que você sugere?

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Talvez o final desse cap tenha ficado um pouco sem contexto, mas enfim.

Se vocês puderem clicar na estrelinha, eu ficaria muito grata 💓

Desculpem qualquer erro de ortografia rsrs

Lembrando que PLÁGIO É CRIME 🚨

𝗙𝘂𝗴𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝗿𝗻𝗶𝗮 |1Onde histórias criam vida. Descubra agora