14- Uma visita nada agradável

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S/n:
Chegando no lugar onde todos estavam, vimos a Feiticeira.

Todos estavam com olhares assustados, menos eu.
Já tinha visto essa praga outras vezes, não me assusta mais.

Ela se levantou, fitou Edmundo e depois eu. Não sei o que ela quis dizer olhando pra mim. Talvez esteja vendo que durante todo esse tempo eu estive em Nárnia como uma fugitiva.

— Você tem um traidor entre os seus, Aslam. — disse a Feiticeira.

Mil olhares caíram em cima de Edmundo. Fiquei com pena.

— A ofensa dele não foi contra você. — respondeu Aslam.

— Vejo que se esqueceu das leis sobre as quais Nárnia foi construída. — continuou a Feiticeira.

— Não cite a Magia Profunda para mim Feiticeira, eu estava lá quando foi escrita.

— Então se lembra bem de que todo traidor pertence a mim. O sangue dele é minha propriedade.

— Tente pega-lo. — disse Pedro e retirou sua espada.

Baixei a espada dele lentamente com a minha mão. Pedro não entendeu o motivo, mas Nárnia é um país que tem leis.

— Acredita mesmo que a força bruta vai tirar o meu direito? Reizinho. Aslam sabe que a menos que eu tenha o sangue dele como manda a lei, toda Nárnia será subvertida e perecerá em fogo e água. Esse menino morrerá na Mesa de Pedra, como diz a tradição. — disse a Feiticeira. — Não ouse recusar.

— Basta! Quero falar com você a sós. — disse Aslam. Em seguida ele e a Feiticeira entraram na tenda.

O silêncio reinou ali.

— Queria ser uma mosca para saber o que estão falando. — disse Lúcia e se sentou no chão.

— Acho que já é fofoqueira o suficiente sendo humana. — disse Susana e sentou-se ao lado da irmã.

— O que será de nós agora? — perguntou Pedro.

— Só confie em Aslam, ele dará um jeito. — falei e me sentei também.

Ficamos ali olhando para o nada enquanto Aslam estava conversando com a Feiticeira. Um grande tédio.

Até que finalmente os dois saíram daquela tenda.

Nos levantamos e ficamos esperando Aslam falar alguma coisa.

— Ela renunciou o direito do sangue do Filho de Adão. — disse Aslam e todos comemoraram.

— Como saberei se manterá a promessa? — perguntou a Feiticeira.

Como resposta, Aslam deu um grande rugido e fez a Feiticeira se sentar imediatamente. E depois ela foi embora.

Apesar de todos estarem felizes, acho que Aslam não sentia o mesmo. Estava cabisbaixo. Não sabemos o que foi essa tal promessa.

Deixei o pessoal ali e fui para a tenda.

Me deitei na rede e fiquei pensando nas mil possibilidades que poderiam ter levado a Feiticeira a renunciar o seu direito sobre Edmundo.

Eu estava só pensando até uma flecha parar no chão do meu lado. Dei um pulo e peguei minha espada.

Não foi necessário que eu saísse da tenda, logo Pedro apareceu.

— Sou um bom arqueiro? — perguntou.

— Se a intenção era me matar, lamento, mas falhou. — falei.

— Jamais minha intenção seria te matar. Porque veio pra cá sozinha? Devia ter ficado conosco.

— Estou com um mal pressentimento.

— Por que? Agora está tudo bem, o que pode dar errado?

— Me pergunto a mesma coisa. Por que a Feiticeira renunciaria o direito dela sobre o sangue de Edmundo?

— Ela fez algum acordo com Aslam, foi o que escutamos.

— Qual acordo poderia fazê-la desistir de matar seu irmão?

— Aí já é coisa entre ela e Aslam. Não se preocupe com isso, você mesma disse que vai ficar tudo bem e que temos que confiar em Aslam.

— Eu sei, mas algo não está certo nessa história. Se algo der errado, será o fim de todos nós. Nárnia não pode passar por isso de novo.

— Relaxa, nada se repete duas vezes.

— Tenho medo de que você esteja errado.

— Eu sempre vou estar aqui para te proteger.

Pedro levantou meu rosto e meus olhos encontraram os dele.

Aproximou mais o seu rosto e mais uma vez nos beijamos.

— Eca! Então é isso que fazem quando estão sozinhos? Eu já devia suspeitar. — disse Edmundo e nos separamos imediatamente. Nunca passei por uma vergonha maior do que essa.

— Deveria ter avisado que ia entrar. — disse Pedro.

— Essa tenda também é minha, caso tenha esquecido. — disse Edmundo e se jogou na sua rede. — Mas tenha certeza de que na próxima vez vou pedir para entrar.

— E onde estão as meninas? — perguntei para disfarçar a vergonha.

— Foram dormir. — disse Edmundo.

— Ainda é tão cedo, nem jantamos. — disse Pedro.

— Já comemos. Inclusive acho que os dois deveriam fazer o mesmo.

— Tem razão, vem Pedro. — falei e puxei ele pra fora.

O dia em Nárnia já estava no fim, quase não se via raios de sol. Talvez nosso beijo tenha sido um pouco longo demais.

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Escrevendo enquanto instalo The Sims pirateado porque eu não sou rica 🤟😍🤟
40% ainda, que ódio

Não se esqueçam de clicar na estrelinha

Desculpem qualquer erro de ortografia rsrs

Lembrando que PLÁGIO É CRIME 🚨

𝗙𝘂𝗴𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝗿𝗻𝗶𝗮 |1Onde histórias criam vida. Descubra agora