S/n:
Ontem eu e o Sr Castor ficamos jogando xadrez até o sono vir. Estávamos mal pelo fauno Tumnus.Mas logo que amanheceu, fui acordada por um barulho de prato caindo no chão.
— O que aconteceu? — perguntei depois de ter me acordado.
— Que bom que já acordou. Só derrubei um pratinho sem querer. — disse a senhora Castor.
— Bom dia. Tudo bem, deixa eu ajudar a limpar essa sujeira. Onde está o Sr Castor? — falei e fui juntar os pedaços de prato que estavam pelo chão.
— Ele está dando um toque final nos túneis. Eles podem ser muito úteis se precisarmos fugir da polícia secreta.
— Ah sim. Pronto senhora Castor, acho que não tem mais nenhum pedacinho de porcelana no chão.
— Obrigada minha querida, agora sente-se para comer alguma coisa. Tem torradas com geleia e leite quente.
— Obrigada. Como será que o senhor Tumnus está?
— Não sei, mas espero que nada aconteça com ele.
— Eu também, ele é bom.
— É sim, mas agora pare de falar e coma um pouco. Daqui a pouco o senhor castor leva você pra sua casa.
— Tá bom.
Enquanto eu comia, passavam tantas coisas pela minha mente. Não sei se eu deveria contar sobre Edmundo. E se eu for dita como traidora e eu morra na mesa de pedra só por ocultar isso?
Quando terminei de comer, o Sr Castor já estava me esperando para me levar pra casa.
— Já terminou? É melhor eu te levar pra casa antes que fique mais tarde e consequentemente mais perigoso.
— Sim, já terminei.
— Venha.
Fui atrás dele, andando em passos silenciosos sobre a neve.
Quando estávamos passando pela casa de Tumnus, escutei passos e automaticamente me abaixei, ficando atrás de um monte de neve.
— Eu vou ver quem está andando, fique aqui. — sussurrou o castor.
Fiz sim com a cabeça e fiquei imóvel lá, apenas escutando as coisas.
— É um castor. — disse a voz de uma menina pequena, talvez Lúcia.
— Vem cá, tsc tsc tsc. Vem, vem cá. Tsc tsc tsc. — disse uma voz masculina, não era Edmundo.
— Eu não vou cheirar isso se é o que você quer. — disse o Sr Castor.
A menina pequena riu.
— Desculpe. — disse a voz masculina.
— Lúcia Pevensie? — perguntou o Sr Castor.
— Sim. — respondeu ela. Continuei escondida para não assustar eles e nem tirar a atenção deles no castor.
— É o lencinho que dei para o senhor Tumnus. — disse Lúcia.
— Tumnus. Ele me entregou antes que o levasssem. — disse o castor em seguida.
— Ele está bem? — perguntou Lúcia.
— Não. — falei saindo de trás do monte de neve.
Vi os quatro, entre eles estava um rapaz alto, loiro e bem bonito. Também estava uma outra moça, devia ter minha idade. Vi também Edmundo, que não estava nada contente.
— Sigam-me. — disse o Sr Castor vindo até mim.
Enquanto eu andava voltando, o castor parou e virou-se para os irmãos.
— Está tudo bem? — perguntou.
— Está! Só estamos conversando! — disse o loiro.
— É melhor conversar em um lugar seguro. — disse o Sr Castor.
Continuamos o caminho de volta.
Não pude parar de prestar atenção no loiro. Parecia tão compreensivo com Lúcia, julgo dizer que era um bom irmão.
— Venham, não é bom ficar aqui a noite. — disse o castor apressando nossos passos.
Por mais que ainda fosse cedo, demoraria o dia todo para chegarmos no dique de novo. Tivemos que seguir o caminho mais longo que tinha, pois era o mais seguro. Não era agradável alguém ver os quatro irmãos.
*Quebra de Tempo*
Quando finalmente chegamos perto do dique, o dia já estava no fim.— Ah que maravilha! Parece que minha esposa já esquentou a água para uma xícara de chá! — exclamou o castor.
— Que gracinha. — disse Lúcia vendo o dique.
— É um dique modesto. Há muito a fazer, ainda nem terminei. Vai dar um trabalho danado. — disse o castor.
Descemos a pequena montanha e finalmente já estávamos de volta.
— Castor? É você? Eu já estava preocupada. Se eu souber que saiu com o texugo outra vez eu... — dizia a senhora Castor até nos ver com os quatro irmãos — Ah, não são texugos. — disse aliviada — Eu nunca pensei que viveria para ver esta cena. Olha o meu pelo, deveria ter avisado para eu me arrumar. — disse repreendendo o Sr Castor.
— Avisaria uma semana antes se fosse adiantar. — brincou o ele e rimos, menos Edmundo que estava de cara fechada.
— Não vamos entrar? — perguntei.
— Vamos, vou ver se arrumo alguma comida. E uma companhia civilizada. — disse a senhora Castor.
O Sr Castor riu e nós entramos.
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Sempre eu demoro pra escrever, mas a culpa é da escola.
Se vocês puderem clicar na estrelinha, eu ficaria muito grata 💓
Desculpem qualquer erro de ortografia rsrs
Lembrando que PLÁGIO É CRIME 🚨
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𝗙𝘂𝗴𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝗿𝗻𝗶𝗮 |1
أدب الهواةS/n foi a única sobrevivente dos ataques da Feiticeira Branca em Nárnia. Por ainda não terem o domínio dos mares na época, ela foi obrigada a viver fugindo da Feiticeira em Nárnia. Sempre sonhou em poder ir para Tashbaan, onde viviam os nobres prí...