S/n:
Depois que jantamos, fomos dormir.Confesso que tive um sono meio conturbado. Algo de ruim estava acontecendo ou era só coisa da minha cabeça.
Acordei bem cedo com um barulho de espada. Pedro havia puxado ela após ser acordado por uma dríade.
— Trago más notícias das duas princesas. — disse a dríade.
— O que aconteceu? — perguntou Pedro.
— Elas estão bem? — perguntei.
— Elas estão, mas Aslam não. — respondeu a dríade.
— Sabia que ele estava estranho, mas o que aconteceu com ele? — perguntei.
— Aslam foi sacrificado no lugar de Edmundo. Está morto.
Como assim Aslam morto? Fiquei parada, em choque.
— O que? — perguntou Pedro. — Isso é impossível! Deve haver algum engano nessa história.
Pedro se levantou e foi em direção a saída da tenda.
— Pra onde você vai? — perguntei.
— Preciso conferir se é verdade o que ela disse. — disse Pedro e saiu.
Edmundo e eu nos levantamos.
— Vou atrás dele. — disse Ed.
— Vá, eu encontro vocês. — falei.
— Não demora.
Ed saiu dali correndo enquanto eu colocava meu cinto. Ninguém merece sair com um vestido frouxo parecendo um saco.
— Eu agradeço por ter nos avisado. — falei para a dríade que ainda estava ali.
— Não fiz mais do que o meu dever. — respondeu ela.
— É bom ver que voltaram. Agora eu preciso ir, até mais.
— Até.
Finalmente saí da tenda e fui atrás de Ed e Pedro.
Ed estava na frente da tenda de Aslam, já Pedro devia estar dentro dela.
Fiquei ali do lado do pirralho e logo Pedro saiu da tenda de Aslam.
— Ela tem razão. Ele morreu. — disse Pedro cabisbaixo.
Que clima pesado.
— Agora você é o líder. — disse Ed. — Pedro, tem um exército lá fora pronto a seguir você.
— Eu não posso. — disse ele.
— Aslam acreditava em você. — falei. — E eu também.
— E as nossas irmãs. E todos que estão aqui. — disse Ed.
— O exército dela se aproxima senhor, dê as ordens. — disse o centauro.
— Eu não sei por onde começar. — disse Pedro.
— Mas é bom que vá logo, não temos muito tempo. — disse Ed.
— Vamos Pedro, você consegue. — falei.
Ficamos um bom tempo ali discutindo sobre o posicionamento do exército e finalmente concluímos.
Depois os meninos foram se arrumar para a guerra.
Eu fui me arrumar na tenda de Lúcia e Susana. Lá tinha um espelho que refletia bem minha cara de pavor, principalmente porque Aslam não estaria na guerra conosco.
Quem conseguirá vencer a Feiticeira? Ela tem uma arma que ninguém tem e eu julgo dizer que ninguém conseguirá chegar perto dela. Apenas Aslam seria capaz.
E se alguém que eu amo tentar lutar com ela e morrer? E se eu morrer?
Eu nunca pensaria algo assim, mas estou sem chão agora.
Nem consegui fechar o corset, acho melhor eu ficar. Guerras não são lugares para mim. O melhor é esperar que tudo acabe, aqui, no acampamento.
— Eu posso entrar? — perguntou Pedro do lado de fora.
— Pode. — respondi.
— Já está pronta?
— Não. Olha Pedro, eu cheguei a conclusão de que não vou a guerra.
— Por que?
— Eu estou com medo do pior. Nem Aslam resistiu a Feiticeira, quanto mais a gente, meros mortais.
— Você me disse tantas vezes para acreditar em mim mesmo. Disse que acreditava em mim.
— Eu acredito em você, mas não em mim. Prefiro esperar vocês voltarem.
— Se eu ainda estou aqui é por você. Tudo que estou fazendo é por você. Ficou tão feliz com a chegada da primavera. Saber que eu fui um dos responsáveis da sua felicidade me deu força para continuar. Eu não te abandonei, então não me abandone agora, por favor. Se você não estiver lá comigo eu não vou conseguir.
— Nossa, falando assim eu até me sinto importante.
— Você é importante. Eu não vou sair do seu pé, porque você é a minha base, meu meu porto seguro. Se não estiver comigo nessa, vamos todos morrer.
— Nem fala isso. Tudo bem, me convenceu. Mas me prometa que não vai chegar perto da Feiticeira.
— Me prometa você que vai manter distância dela.
— Vou fazer o possível.
— Bom, então acho que você já pode fechar o seu cinto. Me desculpe eu não sei o nome certo disso.
— Corset. É só pra o vestido ficar mais firme. — falei e fiz força para puxar aquelas cordas. Não sei em que dia fiquei fraca daquele jeito.
— Quer ajuda?
— Aceito.
Voltei a arrumar meu cabelo enquanto Pedro ajeitava aquele negócio.
Essa minha fraqueza tem nome: Pedro Pevensie. Não consigo tirar a minha atenção dos seus olhos azuis. E ainda mais vestindo aquela armadura.
Quando finalmente eu estava pronta, me virei, ficando de frente para Pedro.
— Está ainda mais bonita. — disse ele.
— Igualmente majestade. Essa armadura caiu muito bem em você. — falei.
Pedro me deu um beijinho e segurou minhas duas mãos.
— É cedo para eu dizer que te amo, mas não posso evitar esse sentimento. — disse ele.
— Eu também não. Mas agora é melhor irmos logo antes que notem a nossa demora. — falei.
— Tem razão.
Peguei minha espada que estava no chão e fui com Pedro.
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Óóó, aonde nois chegou, valeu a pena esperar 💪Desculpem qualquer erro de ortografia rsrs
Lembrando que plágio é crime 🚨
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𝗙𝘂𝗴𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝗿𝗻𝗶𝗮 |1
FanfictionS/n foi a única sobrevivente dos ataques da Feiticeira Branca em Nárnia. Por ainda não terem o domínio dos mares na época, ela foi obrigada a viver fugindo da Feiticeira em Nárnia. Sempre sonhou em poder ir para Tashbaan, onde viviam os nobres prí...