Capítulo 15 - Apenas um mensageiro

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Nova Delhi - IND, sábado, 14 de junho de 2014


Os outros seres ficaram pasmados com o que acabaram de presenciar. Sabiam que tal feito era impossível para qualquer um dos filhos de Adam.

Somente com algum tipo de alteração em sua estrutura genética tais habilidades poderiam ser adquiridas. E se tais habilidades foram adquiridas por meio de tais processos, o jovem humano poderia ser bem mais perigoso do que imaginavam.

- Não podemos participar disso! - disse o ser que segurava as argolas, receoso.

- E não iremos! - Garantiu o arqueiro.

E se preparam para batalha.

Zero, que caminhava na direção dos seres celestes, observou atentamente os movimentos de cada um deles.

- Hora de show!

O ser que segurava as argolas, soltou os artefatos e eles começaram a girar em altíssima velocidade e a acumular energia.

- Taí, que eu gostei! - exclamou Zero ao ver as argolas em ação.

Quando o ser abriu os braços, elas se dividiram em três, o que deixou Zero ainda mais encantado. Mas era apenas uma distração.

Zero viu o que parecia ser flechas de energia vermelha queimando o ar e vindo em sua direção. Se desviou de uma e de outra.

Zero os encarou e cheio de sarcasmo inquiriu:

- Qual é mano? Cês acham mesmo que é a primeira vez que enfrento alguém de outro mundo?

Um brilho iluminou o rosto do jovem humano enquanto um líquido negro começou a cobrir todo o corpo magrelo. O brilho deu lugar a uma máscara prateada, que deixavam seus olhos chamuscando com chamas azuis. O líquido negro se transformou em um traje perfeitamente ajudando ao corpo. Erguendo a mão direita, uma luz fugiu e dela surgiu um lindo bracelete prateado, de formas onduladas, como que modelado pelo vento, com fissuras que pareciam acompanhar as ondulações, preenchidas por minúsculas gemas azuis brilhante.

- Ikonstruktory?! - disse o ser das argolas, pasmo.

- Não pode ser! - o arqueiro o acompanhou em sua descrença.

- Proteja Ellihria! - ordenou o ser das argolas ao arqueiro e este saiu, ou melhor, tentou sair.

Em piscar de olhos, Zero o atingiu com um soco que o fez voar por uns duzentos metros antes parar debaixo de um carro.

O ser das argolas tentou revidar, mas também foi atingido com extrema violência.

- Mano, eu me garanto muito!

Zero olhou para trás, para ver onde os outros seres estavam quando viu um raio em forma de arco rasgando o asfalto vindo em sua direção. Os raios eram disparados pela mulher arco-íris, que se levantou e usava sua espada mágica para produzi-los.

Zero desviou com facilidade, mas os raios atingiram os imóveis e os levaram ao chão, fazendo uma nuvem de poeira subir.

- Ah, rapariga!

Em extrema velocista, Zero alcançou a mulher arco-íris e a golpeou várias vezes sem deixá-la cair no chão.

- Que idiota!

Zero jogou a mulher arco-íris em cima dele. Ambos saíram capotando pela rua.

O ser das argolas começava a se levantar quando recebeu um raio no peito, disparado por Zero.

- Fica na tua, mano!

Rebocando as esferas, Zero correu contra o tempo em extrema velocidade, deixando a Índia e o Sri Lanka para trás, sobre às águas do oceano Índico, contornando a ilha de Madagascar e a África do Sul, adentrando no atlântico e adiando o pôr-do-Sol em algumas horas, alcançando a costa do litoral nordestino.

Estava em casa.

O Vale de Refúgio já estava preparado para receber seus novos hóspedes. Doze pilares feitos de metal escuro estavam posicionados e divididos em três blocos, um para cada esfera. No meio dos blocos, uma plataforma elevada em forma de círculo, sustentado pelos pilares. Zero colocou as esferas em ordem. No bloco à sua esquerda, o carinha das argolas; no meio, a mulher arco-íris; e no seguinte, o arqueiro.

Zero tocou em um pequeno painel que ficava em um dos pilares, acionando-os, e esperou. As plataformas circulares puxaram as esferas, estabilizando-as, fazendo com que ficassem imóveis.

- Massa! - Zero exclamou.

Os medalhões dourados caíram quando as esferas foram recobertas pela energia dos pilares.

- Pelo ao menos aqui no Vale estarão seguros - disse enquanto apanhava os medalhões dourados e os guardava no bolso da jaqueta corintiana. - Agora, descansar. Meu dia ainda não acabou. Infelizmente.

A ORIGEM DA GUERRA - O MUNDO PERDIDO DOS FILHOS DE ADAM - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora