Fortaleza - BRA, sábado, 14 de junho de 2014
O som da forte explosão alertou os conselheiros da Ômega.Olhando de longe, viram vários carros em chamas no estacionamento.
Só então deram conta de que Gaia não estava entre eles.
- Mas onde será que essa maluca se meteu dessa vez? - Gênesis indagou preocupado. - Que droga!
- Temos que sair daqui! - exclamou Valquíria ao ver a multidão fugindo sem destino. - E tem que ser logo!
- Concordo plenamente! - Gênesis anuiu. - Vamos!
- Precisamos encontrar Gaia primeiro. - Domini contestou irritado.
- Até parece que ela não sabe se cuidar. - Valquíria falou.
- Não vou sair sem ela! - disse Domini, decidido.
As luzes dos giroflexes das várias viaturas da polícia militar, que invadiam o cemitério Memorial da Saudade, e dos policiais fortemente armados que saltavam de cada uma delas, deixaram os conselheiros ainda mais preocupados.
Domini chegou a imaginar que esses policiais vieram a mando do traficante Raiden, principal desafeto de Massami Nakamura, para eliminar seu rival de uma vez por todas, antes que este o fizesse.
Então viu as viaturas serem atingidas por flashs de luz e serem jogadas para os lados como bolas de papel. Nem os policiais entendiam o que estava acontecendo.
- Meu Deus! - Domini, com as mãos na cabeça, disse. - O que é que ela tá fazendo?
Os seguranças dos Nakamura, imaginando que o assalto era obra do traficante Raiden, deduziram que um dos Vigilantes, inimigos declarados do traficante, era quem estava por trás do contra-ataque, pois alguém, aparentemente invisível, estava atacando os policiais e defendendo o perímetro; e aproveitaram o momento propício para escoltar, em meio ao caos, os membros da poderosa família, conduzindo-os para a ala sul do cemitério, onde seus veículos blindados estavam.
- A gente têm que sair daqui! - Valquíria gritou puxando Gênesis e Domini pelos braços. - Precisamos acompanhar os Nakamura.
- Era isso o que essa maluca queria o tempo todo. - Gênesis falou ciente de quem estava destruindo tudo. - Meu Deus!
Domini parou para contemplar a ação furiosa e desastrosa de sua líder e se arrependeu amargamente de ter votado à favor da operação Despedida. Mas já era tarde.
- Dom, pelo amor de Deus! - Valquíria gritou de novo. - Temos que ir!
- Não podemos ir e deixar Gaia lutando sozinha. - disse ele em resposta. - Não é certo.
Em meio ao som dos disparos de fuzis e pistolas automáticas, Domini viu um policial se aproximando de onde estavam e mirando o fuzil em sua direção. Instintivamente ergueu o braço direito com a palma da mão aberta. Seus ouvidos captaram o som supersônico do disparo, enquanto seus olhos, o lampejo do projétil mortífero se colidindo contra algo que parecia ser uma espécie de parede invisível e impenetrável.
O conselheiro recuou assustado, dando leves passos para trás, empurrando Valquíria, que o puxava pela cintura, quando o segundo, o terceiro e o quarto projétil atingiram a parede invisível, librando ondas de energia vermelha, até que algo acertou o policial, arremessando-o para longe. Domini tropeçou em Valquíria e ambos caíram no chão.
- Mas que merda, Dom! - Valquíria reclamou com muita raiva. - Estão atirando na gente! Não percebeu ainda?! Que droga! Vê se acorda!
- Foi mal, foi mal... Eu... - Domini parou de falar quando viu Gaia bem na sua frente. - Gaia?
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A ORIGEM DA GUERRA - O MUNDO PERDIDO DOS FILHOS DE ADAM - Livro 1
FantasyQuando a arrogante Gaia de Magalhães assume a liderança da fragilizada equipe Ômega, não imagina que os alicerces de sua vida estão prestes a ruir em sucessivas tragédias. Os conselheiros remanescentes sabem que ela só aceitou o desafio porque estav...