Você e eu

436 30 13
                                    

Emily seguiu Jimin até o restaurante do hotel e, como todo aquele belo lugar, ali também não deixava de ser incrível. As mesas de vidros e cadeiras douradas, levemente arqueadas e rústicas. Se sentaram de frente um para o outro, e ela observou Jimin segurar o cardápio e folhear sozinho: o deixaria como sempre escolher por ela.

— Hmmm... Nakji Bokkeum e Bulgogi? — perguntou, erguendo uma sobrancelha.

Emmy assentiu com a cabeça.

— Perfeito. — Sorriu, e ele retribuiu um sorriso branco de imediato.

O garçom chegou e Jimin fez o pedido.

Enquanto aguardavam a chegada dos pratos, o vinho foi o primeiro. O jovem que trabalhava com seu uniforme branco e elegante colocou as taças sobre a mesa e em seguida as encheu da bebida com total cordialidade. Emily observou Jimin, que esperava seu copo se encher à metade, com um sorriso de canto.

— O que foi? No que está pensando? — ele perguntou assim que o garçom saiu.

Jimin não perdia um detalhe de Emily, principalmente quando era observado.

— Estou feliz por estar comigo — confessou. — Por se importar tanto.

— Eu sempre vou estar com você, mesmo querendo fugir de mim. — Tomou um gole. — O vinho aqui é bom!

— Você sempre pede vinho, Jimin — riu, achando graça, provando também em seguida. — É bom mesmo!

— Claro, adoro aprofundar meu paladar — riu. — Enfim, você está bem?

— Não sei dizer, Jimin... Hoje foi um pouco estranho.

— O que foi estranho? Eu te sequestrar do táxi?

— Não, mas quando entramos no hotel, eu jurei ter visto... — se calou por um momento, pensando se seria bom contar. — Bem, era muito familiar...

— Viu quem, Emmy?

— Sabe, eu vi um homem muito... — Bonito, intrigante, familiar?

Não iria dizer essas coisas para Jimin. Mesmo sabendo a lista de todas mulheres que ele saia, os detalhes dos encontros e até mais. A vida sexual dele era agitada.

— Viu que homem? — Franziu o cenho, curioso. — Pode falar.

— Não, eu não vi nada...

— Ah! Sério isso, Emmy? Se começou tem que terminar. É uma regra mundial!

Abaixou a cabeça e fechou os olhos, ponderando. Nesse momento Jimin se calou, a conhecia tão bem para saber que algo realmente a afligia.

Colocou a taça na mesa e se levantou, agachando em seguida ao seu lado e envolvendo suas mãos. Emily abriu os olhos e o observou.

— Jimiinn... — protestou baixinho, envergonhada. — As pessoas daqui vão achar que está me pedindo em casamento...

Seu cenho enrubesceu.

Infelizmente não é isso. — Revirou os olhos, e riu em seguida. — Ok, me conte o que houve?

— Nada, era... Hmmm...

— Está procurando desculpas! — Puxou a mão dela. — Não vou acreditar.

— Só foi um estranho Dejavú.

— Do quê, afinal?

Uma sombra os cobriu, e o garçom começou a tirar da bandeja e colocar na mesa.

— Nakji Bokkeum e Bulgogi. — exclamou alto.

Jimin esfregou o pescoço com a mão e se levantou, voltando a se sentar. A carne cheirava tão bem que seu estômago roncou, fazendo-a lembrar que estava com muita fome e, quando provou o doce molho a base de soja, o gosto estava delicioso, assim como o macarrão com polvo.

Nos braços do inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora