Vingança

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  Taehyung cruzou as pernas, colocando o notebook sob o joelho. O sinalizador em seu celular indicava uma coincidência que poderia ajuda-los. Dentro do iate de luxo, na suíte, ainda podia escutar as vozes de Namjoon e os capangas italianos conversarem do lado de fora, alguns deles próprios policiais.

Em sua cama, estava deitada uma mulher tão perfeita quanto um anjo, seus seios estavam descobertos e podiam acompanhar sua respiração. Dormia após uma noite de "crianças".

- O que temos aqui... – falou surpreso, consigo mesmo – Uma ligação para a Coreia... Jungkook não seria tão imprudente.

Na tela de seu computador estendia-se como um google maps escuro, cheios de informações particulares em um quadro negro: fotos, rostos, nomes e dados pessoais. O hotel estava em Roma, e não era luxuoso. Acessou os registros e não encontrou nenhum hospede asiático.

Sorriu, certamente estava no caminho certo.

Colocou o notebook de lado e esperou o download da ligação, observou a bela visão do mar de Roma nas paredes janelas, o sol brilhava no horizonte, um céu límpido e azul.

Colocou os fones de ouvido, se sentou e encaixou para escutar. Passaram-se um minuto, mas segundos foram o suficiente. Era Kang Emily que ligava para o CEO da EllenG, dando dados preciosos não só para a máfia, mas como também para a agência nacional de policia.

Como era ingênua.

A ligação cortou em um momento revelador, assim como tudo que escutou. Emily defendia Jungkook com unhas e dentes, certa de que ele a salvava de mafiosos cruéis... Escutar tudo o doeu o estomago, seu jogo era qual afinal? Por que a salvaria e por que mentiria?

Tirou o celular do bolso e acessou a localização no notebook, fez a anotação e fechou o aparelho, levantando-se.

Parou, observando a linha azul e infinita, mas seus pensamentos estavam longe.

Emily sabia da verdade? Por que se importava com um cão vira-lata como Jeon Jungkook? Qualquer vadia que se envolvesse com todos daquela máfia eram pagas, queriam dinheiro ou acabariam mortas – pois sentimentos eram desastrosos naquele inferno.

- Estou atrapalhando? – a voz grave cortou o silêncio – Tae, descobriu algo para mim?

Taehyung o olhou de canto, o chefe da máfia: Namjoon estava parado na porta de entrada, vestia uma regata branca, bermuda e chinelos.

- Algum registro que Jungkook deixou escapar?

Ele não deixaria escapar nada, pensou. Mas uma garotinha estupida está o fazendo de idiota, assim como ele a ela. E por que? Qual jogo era esse? Suspirou, virando-se para olha-lo.

- Não, chefe. – mentiu.

Continuou, com naturalidade:

- Mas acredito que estejamos na direção certa, qualquer coisa suspeita o deixarei informado.

- Ótimo. – disse, decepcionado.

Namjoon ia virar as costas para se retirar, porém, parou para deixar palavras:

- Não mantenha a formalidade quando estivermos a sós, tudo bem? Somos uma família. Eu, você e Jungkook.

Taehyung apenas assentiu com a cabeça, o assistindo se retirar. Fechou os olhos, controlando a fúria ao escutar aquelas palavras, em nenhuma família deveria existir injustiças como aquela. Desde o inicio em Seul, quando foram salvos da casa em chamas, Namjoon nunca o olhou diferente, o criou ou deixou de marcar reuniões quando estava doente.

Maldito Jungkook, como conseguia amor sendo o pior de todos? O assassino sem coração.

Tirou o celular do bolso e olhou a anotação na tela, o endereço em que seu irmão se encontrava. Um sorriso se estendeu no canto dos lábios, iria encontra-lo, Emily estaria nas mãos dele agora.

Três horas para chegarem em Roma.

Apenas três.


Vamos ver um pouco do sentimento de Taehyung e a história dele com Jungkook???

Continua >>

Nos braços do inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora