Primeiros erros

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 Jungkook abriu os olhos, a claridade de sempre. Sentiu que o corpo todo doía, e quando levantou a cabeça notou que tinha dormido no sofá. Estranhou... Por que dormiria no sofá?

No chão estava uma panela velha cheia de água. Por que? Sentiu o molhado em sua testa, colocou depressa a mão e sentiu o pano sob ela, seu corpo estava suado, o braço dolorido... O tiro.

Emmy apareceu e ele fechou os olhos fingindo dormir, e como previsto ela não percebeu seu teatro.

Ela observou Jungkook deitado no sofá, uma perna para fora e a outra esticada, um braço atrás do pescoço e o outro descansando em seu corpo. Não ousou mexer em nada, mesmo sabendo que ficaria dolorido, queimava de febre meia hora atrás, o assistiu bater os dentes e resmungar alguns pesadelos, agora...

Parecia um menino adormecido.

Não! Longe disso, não existia nenhum traço de menino em Jungkook, estava vislumbrando um homem incrivelmente sedutor.

Tirou o pano de sua testa e espremeu para o suor sair na panela, estava muito melhor. Suspirou antes de sentar ao lado de seu tronco, no pequeno espacinho deixado pelo seu enorme corpo másculo.

Tocou em sua face com as costas da mão, estava melhor, tinha quase certeza disso... O problema era a falta de termômetro.

Riu com seu próprio pensamento, e então voltou a observa-lo. Uau, que rosto perfeito, deveria ser proibido tanta beleza, era muito injusto. Sem resistir, acariciou sua face com as pontas dos dedos, quando desenhou seus lábios as lembranças molhadas a dominaram, seus toques, seu beijo – o primeiro beijo de sua vida -, tinha sido tão agraciada.

Se surpreendeu quando Jungkook a agarrou o pulso a impedindo de tirar os dedos de seus lábios, abriu os olhos e então abriu a boca, os penetrando e deslizando a língua.

Emily tirou como se tomasse um choque, mas ele apenas deixou escapar uma risada divertida, e ao se sentar acabou grunhindo de dor.

Emmy abraçou a si própria, Jungkook a observou – ela usava sua camisa -, ergueu uma sobrancelha.

- Por que ganhou esse prêmio de graça? – perguntou, segurando a manga.

Estava enorme na garota. Emmy evitou olha-lo, queimava por dentro, por fora devia ser um pimentão humano.

- Q-que prêmio? – arfou.

- É a primeira que usa minha camisa... De graça. – disse, em seu sussurro sensual.

Emmy bufou, assim que compreendeu. Ergueu uma sobrancelha e o lançou um olhar irritado.

- Bom dia, Jungkook.

- Bom dia, Emily Kang. – o sorriso sapeca não saiu de sua boca.

Não conseguiu manter os olhos sob o dele, como sempre, ia se levantar mas ele a puxou.

- Tão cedo?

- Eu preciso... – ela precisava de alguma coisa?

Jungkook a soltou, e então levantou em seguida, ajeitando sua camisa, observou a panela e o pano novamente. Virou-se para Emily.

- O que houve?

- Estava queimando em febre por causa do tiro. – apontou para o seu braço.

Jungkook havia entendido, mas franziu o cenho, confuso. Olhou o braço, a vermelhidão ia além da faixa, o ferimento incomodava, era difícil ignorar a dor.

Nos braços do inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora